Opinião

04 out 22 | 17h00

Vitoriosos x Perdedores

Vitoriosos x Perdedores
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As eleições gerais de 2022 terminaram; porém, somente no primeiro turno! Dito isso, não podemos ainda enrolar as bandeiras e guardá-las no armário. A jornada eleitoral prossegue na corrida para a Presidência da República e ao Centro Administrativo de Santa Catarina, lugar que não mais será habitado por Carlos Moisés da Silva.


É momento de avaliações. É momento de pesarmos na “surpreendente balança eleitoral” quem se deu bem e quem se deu mal nas urnas. Aqui, elegi as três grandes vitórias e as três maiores derrotas de 2022.


No terceiro lugar, entre os derrotados, coloquei o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Cabo eleitoral declarado do presidente Jair Bolsonaro, João não conseguiu sequer eleger o deputado estadual que apoiava (José Cláudio Caramori, seu ex-vice-prefeito) e, muito menos, a candidata a deputada federal Marlene Fengler, ambos do PSB. Os dois políticos ficaram longe de conquistar uma cadeira na ALESC e na Câmara dos Deputados, respectivamente. De quebra, João viu seu candidato a governador, Gean Loureiro (União Brasil), ficar apenas na terceira posição em Chapecó (27.827 votos), atrás de Jorginho Mello e Carlos Moisés da Silva.

No ranking das retumbantes derrotas desta eleição, o segundo lugar vai todo para a Família Amin. Esperidião Amin, Ângela Amin e João Paulo Amin foram “dizimados” nas urnas e deram adeus coletivamente da política catarinense. É bem verdade que Esperidião ainda tem 4 anos a cumprir como Senador da República, mas depois deverá “colocar o pijama”!


O primeiro lugar no “pódio dos derrotados” não poderia ser ocupado por outro, senão Carlos Moisés da Silva. Como se diz nos bastidores da política, ele foi o “abraço da morte” no MDB e na nominata de candidatos a deputado estadual e a federal do Republicamos. Deu, simplesmente, tudo errado para Moisés nestas eleições. Em 4 anos, ele conseguiu perder quase 2 milhões de votos. No segundo turno, em 2018, somou 2.644.179 votos. Quatro anos depois, deixa o governo catarinense com 693.426 votos. Um desempenho deplorável para quem entrou na política com o objetivo de ser o cara, o diferencial entre a velha e a nova política!

Do lado dos vencedores, o terceiro lugar no pódio vai para a atual vice-governadora Daniela Reinher (PL). Escanteada por Carlos Moisés, só restou concorrer a deputada federal. E não é que deu certo! Pontos para Daniela, que acaba de eleger-se com 84.631 votos, que assistiu de camarote a derrocada de Moisés e que vibrou com a ida de seu candidato a governador, Jorginho Mello, para o segundo turno. Por falar em Jorginho, o segundo lugar entre os grandes vencedores das eleições até aqui vai para ele. No primeiro turno, nenhum partido quis conversar e fechar coligação com Jorginho. Enquanto ficavam brigando entre si, Jorginho tratou de fechar a principal coligação: com o povo! E segue com muita força no segundo turno!


Mas o grande vencedor do processo eleitoral em 2022, a meu ver, tem nome e sobrenome: Edílson Massocco! Trabalhador, estrategista e muito articulado, Massocco semeou durante 8 anos e, como resultado final, colheu uma maiúscula – e retumbante - vitória à Assembleia Legislativa. Está eleito com 31.659 votos, foi o mais votado a deputado estadual por Concórdia nos últimos 20 anos e manteve a representatividade da grande região da Amauc na ALESC. De vendedor de livros a deputado estadual, Massocco chega ao Parlamento Catarinense com a perspectiva de ser um dos melhores discursos da tribuna da casa e com a promessa de ser um dos deputados mais atuantes da próxima Legislatura. Com poucos recursos financeiros, mas com muitos amigos, seguidores e apoiadores, a vitória de Massocco sobre o sistema imperante de nosso modelo de política foi histórica e a história estará aí para contar tal feito nos próximos anos! A vitória de Massocco simplesmente mudou o curso da história da nossa política local.                                             


Lúcio Mauro
Passando a limpo

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04 out 22 | 17h00 Por Lúcio Mauro

Vitoriosos x Perdedores

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As eleições gerais de 2022 terminaram; porém, somente no primeiro turno! Dito isso, não podemos ainda enrolar as bandeiras e guardá-las no armário. A jornada eleitoral prossegue na corrida para a Presidência da República e ao Centro Administrativo de Santa Catarina, lugar que não mais será habitado por Carlos Moisés da Silva.


É momento de avaliações. É momento de pesarmos na “surpreendente balança eleitoral” quem se deu bem e quem se deu mal nas urnas. Aqui, elegi as três grandes vitórias e as três maiores derrotas de 2022.


No terceiro lugar, entre os derrotados, coloquei o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Cabo eleitoral declarado do presidente Jair Bolsonaro, João não conseguiu sequer eleger o deputado estadual que apoiava (José Cláudio Caramori, seu ex-vice-prefeito) e, muito menos, a candidata a deputada federal Marlene Fengler, ambos do PSB. Os dois políticos ficaram longe de conquistar uma cadeira na ALESC e na Câmara dos Deputados, respectivamente. De quebra, João viu seu candidato a governador, Gean Loureiro (União Brasil), ficar apenas na terceira posição em Chapecó (27.827 votos), atrás de Jorginho Mello e Carlos Moisés da Silva.

No ranking das retumbantes derrotas desta eleição, o segundo lugar vai todo para a Família Amin. Esperidião Amin, Ângela Amin e João Paulo Amin foram “dizimados” nas urnas e deram adeus coletivamente da política catarinense. É bem verdade que Esperidião ainda tem 4 anos a cumprir como Senador da República, mas depois deverá “colocar o pijama”!


O primeiro lugar no “pódio dos derrotados” não poderia ser ocupado por outro, senão Carlos Moisés da Silva. Como se diz nos bastidores da política, ele foi o “abraço da morte” no MDB e na nominata de candidatos a deputado estadual e a federal do Republicamos. Deu, simplesmente, tudo errado para Moisés nestas eleições. Em 4 anos, ele conseguiu perder quase 2 milhões de votos. No segundo turno, em 2018, somou 2.644.179 votos. Quatro anos depois, deixa o governo catarinense com 693.426 votos. Um desempenho deplorável para quem entrou na política com o objetivo de ser o cara, o diferencial entre a velha e a nova política!

Do lado dos vencedores, o terceiro lugar no pódio vai para a atual vice-governadora Daniela Reinher (PL). Escanteada por Carlos Moisés, só restou concorrer a deputada federal. E não é que deu certo! Pontos para Daniela, que acaba de eleger-se com 84.631 votos, que assistiu de camarote a derrocada de Moisés e que vibrou com a ida de seu candidato a governador, Jorginho Mello, para o segundo turno. Por falar em Jorginho, o segundo lugar entre os grandes vencedores das eleições até aqui vai para ele. No primeiro turno, nenhum partido quis conversar e fechar coligação com Jorginho. Enquanto ficavam brigando entre si, Jorginho tratou de fechar a principal coligação: com o povo! E segue com muita força no segundo turno!


Mas o grande vencedor do processo eleitoral em 2022, a meu ver, tem nome e sobrenome: Edílson Massocco! Trabalhador, estrategista e muito articulado, Massocco semeou durante 8 anos e, como resultado final, colheu uma maiúscula – e retumbante - vitória à Assembleia Legislativa. Está eleito com 31.659 votos, foi o mais votado a deputado estadual por Concórdia nos últimos 20 anos e manteve a representatividade da grande região da Amauc na ALESC. De vendedor de livros a deputado estadual, Massocco chega ao Parlamento Catarinense com a perspectiva de ser um dos melhores discursos da tribuna da casa e com a promessa de ser um dos deputados mais atuantes da próxima Legislatura. Com poucos recursos financeiros, mas com muitos amigos, seguidores e apoiadores, a vitória de Massocco sobre o sistema imperante de nosso modelo de política foi histórica e a história estará aí para contar tal feito nos próximos anos! A vitória de Massocco simplesmente mudou o curso da história da nossa política local.