Um grupo de lideranças de expressão em Concórdia, capitaneado por um respeitado empresário do ramo supermercadista, está pensando em agendar para breve um encontro entre o prefeito Rogério Pacheco (PSDB) e o deputado estadual Edílson Massocco (PL). A ideia é marcar um almoço ou jantar com os dois líderes políticos em busca de uma aproximação entre ambos, os quais se distanciaram após o episódio de janeiro deste ano na Câmara Municipal de Vereadores. A suspeita de que o PSDB não cumpriria o acordo com o PL e fecharia uma composição com o PT, visando conquistar a presidência da casa, provocou o rompimento da coligação entre tucanos e liberais, ferida que não cicatrizou até então!

A preocupação do grupo é uma só: mantendo-se o racha político entre PSDB e PL, a consequência natural seria um crescimento do PT dentro do cenário político atual. De primeiro de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2016, o Partido dos Trabalhadores comandou a maior prefeitura do Alto Uruguai Catarinense. Foram 4 mandatos consecutivos em que se revezaram, primeiramente, o ex-prefeito e atual deputado Neodi Saretta e, depois, o ex-prefeito João Girardi que pode, inclusive, aceitar o chamamento da militância petista e vir a ser o candidato a prefeito nas Eleições do ano que vem.

A reaproximação entre Pacheco e Massocco é vista pelo grupo de lideranças como algo “plenamente possível”, até em razão de acontecimentos recentes. Nos últimos eventos populares ocorridos em Concórdia, como por exemplo a Festa da Ovelha (sábado passado, 11 de março, no Centro Comunitário de Fragosos), foram flagradas várias conversas por parte de líderes políticos tucanos e liberais. Nesse sentido, as bases das duas siglas já têm atuado pela retomada do diálogo entre Massocco e Pacheco, que venceram com sobras as duas últimas eleições municipais em Concórdia. Ambos não têm conversado ou se ligado; entretanto, sempre mantiveram o respeito público mesmo após o rompimento político que mexeu com as estruturas da atual coligação. E sabem, perfeitamente, que uma coisa é estarem juntos, unidos, em mais uma eleição. Ao passo que, separados e distantes, correm o risco de dar margem para o principal adversário, neste caso o PT de Saretta e Girardi!