Opinião

03 mar 21 | 9h10

A Máfia do Apito voltou. E com um reforço importante!

A Máfia do Apito voltou. E com um reforço importante!
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Renato Gaúcho foi quem fez o primeiro alerta nacional: pouco depois da metade do Campeonato Brasileiro, passou a atacar a arbitragem da CBF por conta de sucessivos erros que, segundo o treinador, estariam prejudicando o Grêmio na competição e favorecendo outras equipes. Não demorou muito para o Inter aderir ao coro e fazer as mesmas reclamações públicas. Até então, ali por volta da rodada 28, a disputa pelo título do Brasileirão 20/21 ainda estava em aberto e até o Grêmio tinha chances matemáticas.


Na reta final do campeonato os escândalos de arbitragem foram sendo escancarados, especialmente contra a dupla Grenal. No fim da partida em Curitiba, Abner, lateral-direito do Atlético Paranaense, conduziu a bola com o braço direito no duelo contra o Inter. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro, de Minas Gerais, mandou seguir o lance e sequer consultou o VAR. O placar final foi 0 a 0 (menos 3 pontos, caso o pênalti fosse convertido).


Na rodada seguinte, contra o Sport Recife, no Beira Rio, mais um lance capital não invalidado pela arbitragem. No segundo gol do Sport, na vitória dos visitantes, a bola saiu pela linha de fundo, fez uma curva e voltou para dentro de campo. A defesa do Inter parou, percebendo que a bola havia feito a curva por fora. Entretanto, o árbitro Rodolpho Toski Marques, do Paraná, não teve o mesmo entendimento e considerou normal o lance: gol da vitória do Sport e zero de pontos para o Internacional na tabela.


Duas rodadas seguintes, o confronto do campeonato no Maracanã: Flamengo e Internacional. Logo nos primeiros minutos, pênalti para o Colorado (infantil, diga-se de passagem. O defensor do Flamengo puxou Yuri Alberto pela camisa, na pequena área) e 1 a 0 para os visitantes. O empate sairia ainda no final do primeiro tempo. E, já no início da etapa complementar, o grande erro do campeonato. O lateral-direito Rodinei comete falta dura, para cartão amarelo, só que o árbitro é chamado pelo VAR. Quatro minutos de muita divergência e discussão entre o árbitro de campo e o árbitro de vídeo até o árbitro de campo ser convencido a aplicar cartão vermelho direto. Onze contra 11 contra o bom time do Flamengo já seria difícil; imaginem agora 12 contra 10 (contei a arbitragem junto...rsrsrsrs)! O Flamengo viraria a partida e na última rodada seria campeão mesmo perdendo para o São Paulo, no Morumbi.


Sobre a última rodada, um pênalti legítimo não marcado a favor do Inter e três gols anulados, dos quais um legítimo e dois, realmente bem invalidados. Final de Brasileirão e o que todo mundo sabia que iria acontecer: do jeitinho brasileiro, Flamengo campeão! E, num passe de “mágica”, repetia-se o escândalo de 2005, ano em que a Máfia do Apito foi revelada ao Brasil.


Alguns gremistas entraram na onda da corneta, mas eu particularmente alertei que ainda teríamos a grande decisão da Copa do Brasil. No primeiro confronto, em Porto Alegre, 1 a 0 para o Palmeiras não fosse ignorada pelo árbitro uma penalidade legítima em cima de Pepê, no segundo tempo. Era a Máfia do Apito atuando mais uma vez contra o Grêmio. Aliás, a chamada Máfia do Apito agora está reforçada com a presença do VAR nos jogos. É impressionante a quantidade de erros – a maioria intencionais, a meu ver – registrados no ano de 2020 e não nos surpreendamos com o que virá pela frente agora em 2021. Está só começando. Desde a chegada do VAR, agora é roubo em dose dupla. Pelo árbitro de campo e pelo árbitro de vídeo!


Defendo para o futebol brasileiro o mesmo processo pelo qual nossa política passou: prisão para criminosos e fraudulentos, desde dirigentes – passando por técnicos - até jogadores! Nos últimos cinco anos, a política brasileira foi sacudida por prisões de ex-presidentes da República (Lula e Temer), ministros, senadores, deputados federais e deputados estaduais, principalmente. Se não fizermos essa limpeza no futebol, podem esquecer: os próximos títulos só ficarão no eixo Rio-São Paulo, tamanha é a corrupção vigente. Ou corta-se o mal pela raiz como cortamos na política, ou a roubalheira continuará firme e forte!


Lúcio Mauro
Passando a limpo

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03 mar 21 | 9h10 Por Lúcio Mauro

A Máfia do Apito voltou. E com um reforço importante!

A Máfia do Apito voltou. E com um reforço importante!

Renato Gaúcho foi quem fez o primeiro alerta nacional: pouco depois da metade do Campeonato Brasileiro, passou a atacar a arbitragem da CBF por conta de sucessivos erros que, segundo o treinador, estariam prejudicando o Grêmio na competição e favorecendo outras equipes. Não demorou muito para o Inter aderir ao coro e fazer as mesmas reclamações públicas. Até então, ali por volta da rodada 28, a disputa pelo título do Brasileirão 20/21 ainda estava em aberto e até o Grêmio tinha chances matemáticas.


Na reta final do campeonato os escândalos de arbitragem foram sendo escancarados, especialmente contra a dupla Grenal. No fim da partida em Curitiba, Abner, lateral-direito do Atlético Paranaense, conduziu a bola com o braço direito no duelo contra o Inter. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro, de Minas Gerais, mandou seguir o lance e sequer consultou o VAR. O placar final foi 0 a 0 (menos 3 pontos, caso o pênalti fosse convertido).


Na rodada seguinte, contra o Sport Recife, no Beira Rio, mais um lance capital não invalidado pela arbitragem. No segundo gol do Sport, na vitória dos visitantes, a bola saiu pela linha de fundo, fez uma curva e voltou para dentro de campo. A defesa do Inter parou, percebendo que a bola havia feito a curva por fora. Entretanto, o árbitro Rodolpho Toski Marques, do Paraná, não teve o mesmo entendimento e considerou normal o lance: gol da vitória do Sport e zero de pontos para o Internacional na tabela.


Duas rodadas seguintes, o confronto do campeonato no Maracanã: Flamengo e Internacional. Logo nos primeiros minutos, pênalti para o Colorado (infantil, diga-se de passagem. O defensor do Flamengo puxou Yuri Alberto pela camisa, na pequena área) e 1 a 0 para os visitantes. O empate sairia ainda no final do primeiro tempo. E, já no início da etapa complementar, o grande erro do campeonato. O lateral-direito Rodinei comete falta dura, para cartão amarelo, só que o árbitro é chamado pelo VAR. Quatro minutos de muita divergência e discussão entre o árbitro de campo e o árbitro de vídeo até o árbitro de campo ser convencido a aplicar cartão vermelho direto. Onze contra 11 contra o bom time do Flamengo já seria difícil; imaginem agora 12 contra 10 (contei a arbitragem junto...rsrsrsrs)! O Flamengo viraria a partida e na última rodada seria campeão mesmo perdendo para o São Paulo, no Morumbi.


Sobre a última rodada, um pênalti legítimo não marcado a favor do Inter e três gols anulados, dos quais um legítimo e dois, realmente bem invalidados. Final de Brasileirão e o que todo mundo sabia que iria acontecer: do jeitinho brasileiro, Flamengo campeão! E, num passe de “mágica”, repetia-se o escândalo de 2005, ano em que a Máfia do Apito foi revelada ao Brasil.


Alguns gremistas entraram na onda da corneta, mas eu particularmente alertei que ainda teríamos a grande decisão da Copa do Brasil. No primeiro confronto, em Porto Alegre, 1 a 0 para o Palmeiras não fosse ignorada pelo árbitro uma penalidade legítima em cima de Pepê, no segundo tempo. Era a Máfia do Apito atuando mais uma vez contra o Grêmio. Aliás, a chamada Máfia do Apito agora está reforçada com a presença do VAR nos jogos. É impressionante a quantidade de erros – a maioria intencionais, a meu ver – registrados no ano de 2020 e não nos surpreendamos com o que virá pela frente agora em 2021. Está só começando. Desde a chegada do VAR, agora é roubo em dose dupla. Pelo árbitro de campo e pelo árbitro de vídeo!


Defendo para o futebol brasileiro o mesmo processo pelo qual nossa política passou: prisão para criminosos e fraudulentos, desde dirigentes – passando por técnicos - até jogadores! Nos últimos cinco anos, a política brasileira foi sacudida por prisões de ex-presidentes da República (Lula e Temer), ministros, senadores, deputados federais e deputados estaduais, principalmente. Se não fizermos essa limpeza no futebol, podem esquecer: os próximos títulos só ficarão no eixo Rio-São Paulo, tamanha é a corrupção vigente. Ou corta-se o mal pela raiz como cortamos na política, ou a roubalheira continuará firme e forte!