Opinião

11 ago 21 | 15h00

A possível renúncia do vice-presidente Mourão

A possível renúncia do vice-presidente Mourão
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A briga pública entre os poderes em Brasília, fervendo nos últimos dias, fez com que um assunto importante esteja passando de forma batida: a possibilidade de renúncia do vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB)! Aos 67 anos de idade, com domicílio eleitoral em seu Estado natal, o Rio Grande do Sul, o general da reserva já foi informado de que não deverá reeditar a dupla com o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (sem partido). Diante deste cenário, a tendência é de que Mourão concorra a senador da República pelo Rio Grande do Sul.


Mas o motivo pelo qual cogita-se a renúncia é outro: Mourão não gostou nem um pouco das recentes declarações de Bolsonaro dirigidas a sua pessoa. Em manifestação nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que Mourão é que nem cunhado: “não serve para nada, mas está lá. É cunhado!”. A amigos mais próximos, o general teria considerado a manifestação presidencial uma grande afronta e, a partir de então, decidiu romper toda e qualquer relação com o mandatário do país. “Não quero mais saber. Nossa relação acabou”, desabafou ele a interlocutores.


Ainda segundo os “tais interlocutores”, a decisão da renúncia já estaria tomada. O que resta saber é em que momento ela irá acontecer, se mais próximo do final do ano ou em março do ano que vem. Com isso, Bolsonaro ficará livre para escolher um novo vice ou uma nova vice. Nas últimas semanas, cresceu muito o nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a qual faz um ótimo trabalho à frente da pasta. Ela comanda o setor que está participando decisivamente do ótimo momento do agronegócio brasileiro, segmento que está segurando as pontas na economia.


Resolvida a questão do vice, outra pergunta que se fará em breve é com quem Bolsonaro irá coligar em 2022. Em 2018, foi praticamente de chapa pura e levou as Eleições. Agora, para 2022, está com dificuldades para encontrar um partido que o receba. Para surpresa nossa, inclusive. A tendência é que retorne ao Partido Progressista, onde foi filiado por quase 20 anos. Precisa correr contra o tempo, pois março está logo ali! Entre aventurar-se em algo novo ou ingressar num partido consolidado, aposto que Bolsonaro optará pelo segundo caminho. A bem da verdade, bem menos espinhoso!

Lúcio Mauro
Passando a limpo

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11 ago 21 | 15h00 Por Lúcio Mauro

A possível renúncia do vice-presidente Mourão

A possível renúncia do vice-presidente Mourão

A briga pública entre os poderes em Brasília, fervendo nos últimos dias, fez com que um assunto importante esteja passando de forma batida: a possibilidade de renúncia do vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB)! Aos 67 anos de idade, com domicílio eleitoral em seu Estado natal, o Rio Grande do Sul, o general da reserva já foi informado de que não deverá reeditar a dupla com o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (sem partido). Diante deste cenário, a tendência é de que Mourão concorra a senador da República pelo Rio Grande do Sul.


Mas o motivo pelo qual cogita-se a renúncia é outro: Mourão não gostou nem um pouco das recentes declarações de Bolsonaro dirigidas a sua pessoa. Em manifestação nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que Mourão é que nem cunhado: “não serve para nada, mas está lá. É cunhado!”. A amigos mais próximos, o general teria considerado a manifestação presidencial uma grande afronta e, a partir de então, decidiu romper toda e qualquer relação com o mandatário do país. “Não quero mais saber. Nossa relação acabou”, desabafou ele a interlocutores.


Ainda segundo os “tais interlocutores”, a decisão da renúncia já estaria tomada. O que resta saber é em que momento ela irá acontecer, se mais próximo do final do ano ou em março do ano que vem. Com isso, Bolsonaro ficará livre para escolher um novo vice ou uma nova vice. Nas últimas semanas, cresceu muito o nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a qual faz um ótimo trabalho à frente da pasta. Ela comanda o setor que está participando decisivamente do ótimo momento do agronegócio brasileiro, segmento que está segurando as pontas na economia.


Resolvida a questão do vice, outra pergunta que se fará em breve é com quem Bolsonaro irá coligar em 2022. Em 2018, foi praticamente de chapa pura e levou as Eleições. Agora, para 2022, está com dificuldades para encontrar um partido que o receba. Para surpresa nossa, inclusive. A tendência é que retorne ao Partido Progressista, onde foi filiado por quase 20 anos. Precisa correr contra o tempo, pois março está logo ali! Entre aventurar-se em algo novo ou ingressar num partido consolidado, aposto que Bolsonaro optará pelo segundo caminho. A bem da verdade, bem menos espinhoso!