Opinião

02 set 21 | 6h30

A vergonha sobre o Censo Demográfico do IBGE

A vergonha sobre o Censo Demográfico do IBGE
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Virou e mexeu e, ao que tudo indica, o Censo Demográfico do IBGE efetivamente não sairá do papel, mais uma vez! Programado para ser realizado em 2020, 10 anos depois da última edição (2010), a importante – e necessária – pesquisa oficial não aconteceu por conta da pandemia, surgida no Brasil em março de 2020. Acabou sendo adiada para 2021 e a certeza de realização se transformou numa grande dúvida nas últimas semanas.


Acontece que o Governo Federal reduziu em 90% o orçamento previsto para o censo. De R$ 2 bilhões, caiu para “apenas” R$ 190,7 milhões, uma redução que, segundo a direção nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, inviabilizou por completo a execução da pesquisa nacional. Agora, diante do impacto, não há sequer previsão de data para um próximo censo.


Visando abrandar o vexame, o IBGE decidiu realizar uma “pesquisa estatística”, não-presencial e cujos critérios não foram revelados. Nesta tal pesquisa estatística, Concórdia foi classificada pelo órgão como tendo um dos menores crescimentos populacionais dos últimos anos. De acordo com o levantamento, o município teria ganho apenas 516 novos moradores em 12 meses: passou de 75.167 habitantes, em 2020, para 75.683 moradores em 2021, um crescimento de somente 0,9% de um ano para o outro.


Agora, se pegarmos os números oficiais do Censo Demográfico de 2010 em comparação com 2021, o resultado chama a atenção e gera, no mínimo, dúvidas. O resultado mostra que em 11 anos Concórdia teria conquistado apenas 7.062 novos habitantes, correspondendo a um percentual de crescimento de 9%.


Quem estava em Concórdia em 2010 e que está na cidade agora em 2021 percebe, clara e visualmente, que a Capital do Trabalho cresceu muito mais do que “apenas” 9% em 11 anos. Concórdia “explodiu” em desenvolvimento econômico, em desenvolvimento social e desenvolvimento humano. Basta ver a quantidade de empresas que abriram as portas, indústrias que se instalaram aqui, novas residências e prédios construídos, número de veículos emplacados... Só o IBGE não enxerga isso.


Lamentavelmente, sem o censo, vamos continuar tendo a “falsa ilusão” de que Concórdia não chegou ainda aos 90 mil habitantes, algo visível para quem já viveu ou estudou em outras cidades de porte médio para grande!

Lúcio Mauro
Passando a limpo

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02 set 21 | 6h30 Por Lúcio Mauro

A vergonha sobre o Censo Demográfico do IBGE

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Virou e mexeu e, ao que tudo indica, o Censo Demográfico do IBGE efetivamente não sairá do papel, mais uma vez! Programado para ser realizado em 2020, 10 anos depois da última edição (2010), a importante – e necessária – pesquisa oficial não aconteceu por conta da pandemia, surgida no Brasil em março de 2020. Acabou sendo adiada para 2021 e a certeza de realização se transformou numa grande dúvida nas últimas semanas.


Acontece que o Governo Federal reduziu em 90% o orçamento previsto para o censo. De R$ 2 bilhões, caiu para “apenas” R$ 190,7 milhões, uma redução que, segundo a direção nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, inviabilizou por completo a execução da pesquisa nacional. Agora, diante do impacto, não há sequer previsão de data para um próximo censo.


Visando abrandar o vexame, o IBGE decidiu realizar uma “pesquisa estatística”, não-presencial e cujos critérios não foram revelados. Nesta tal pesquisa estatística, Concórdia foi classificada pelo órgão como tendo um dos menores crescimentos populacionais dos últimos anos. De acordo com o levantamento, o município teria ganho apenas 516 novos moradores em 12 meses: passou de 75.167 habitantes, em 2020, para 75.683 moradores em 2021, um crescimento de somente 0,9% de um ano para o outro.


Agora, se pegarmos os números oficiais do Censo Demográfico de 2010 em comparação com 2021, o resultado chama a atenção e gera, no mínimo, dúvidas. O resultado mostra que em 11 anos Concórdia teria conquistado apenas 7.062 novos habitantes, correspondendo a um percentual de crescimento de 9%.


Quem estava em Concórdia em 2010 e que está na cidade agora em 2021 percebe, clara e visualmente, que a Capital do Trabalho cresceu muito mais do que “apenas” 9% em 11 anos. Concórdia “explodiu” em desenvolvimento econômico, em desenvolvimento social e desenvolvimento humano. Basta ver a quantidade de empresas que abriram as portas, indústrias que se instalaram aqui, novas residências e prédios construídos, número de veículos emplacados... Só o IBGE não enxerga isso.


Lamentavelmente, sem o censo, vamos continuar tendo a “falsa ilusão” de que Concórdia não chegou ainda aos 90 mil habitantes, algo visível para quem já viveu ou estudou em outras cidades de porte médio para grande!