Opinião

08 abr 21 | 16h24

Daniela completa uma semana como governadora. Em tudo, tenta fazer diferente do que fez Moisés!

Daniela completa uma semana como governadora. Em tudo, tenta fazer diferente do que fez Moisés!
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A segunda passagem de Daniela Reihner no cargo de governadora do Estado completou uma semana. Diferentemente do que fez na primeira oportunidade recebida, há seis meses, demonstra estar mais firme em todas as decisões que tomou nesse curto período e ainda busca ter em suas mãos as rédeas da gestão administrativa e da política estadual. E, nesse aspecto, precisamos efetivamente fazer uma separação entre a parte “administrativa” e o campo “político” que norteiam o governo do Estado.


Na esfera administrativa, as primeiras medidas anunciadas foram conservadoras: não a qualquer tentativa de lockdown, manutenção dos últimos decretos baixados pelo antecessor e discurso em defesa de união entre todos os setores/poderes do Estado no combate à pandemia. Na esfera política, mexeu em várias secretarias demonstrando uma postura mais arrojada. Para a pasta da Saúde, chamou a deputada federal Carmem Zanotto, ex-secretária estadual da Saúde no Governo de Luiz Henrique da Silveira (falecido). Carmem é política experiente e tem no currículo a marca de um ótimo trabalho realizado quando da primeira passagem pela secretaria.


Já na Secretaria de Infraestrutura do Estado, outro político experiente: Leodgar Tiscóscki, ex-deputado federal e ex-secretário da última gestão de Esperidião Amin (hoje senador) como governador, entre 1998 e 2002. Sua missão será a de dar andamento a todos os projetos de pavimentação asfáltica já anunciados pelo governador afastado Carlos Moisés, entre os quais a SC 283 (Concórdia a Chapecó). Penso que se conseguir fazer andar só o projeto de revitalização da 283, o Estado inteiro agradecerá!


Nos primeiros atos, percebe-se que Daniela está mais atenta a todos os movimentos necessários para alguém que exerce o cargo máximo na administração pública catarinense. Está totalmente focada na chamada nova política; porém, não deixou de dar atenção para a ala mais experiente e para os partidos tradicionais de Santa Catarina. Fatos que comprovam isso é a manutenção do deputado Altair Silva (PP) na Secretaria da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural. Igualmente manteve, pelo menos por enquanto, o deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) no comando da Secretaria Estadual da Educação.


São gestos de quem entrou não para ficar de forma provisória, mas acreditando que terá uma sequência definitiva. Moisés está enrolado. Se Daniela souber jogar bem o jogo – pesado, diga-se de passagem -, conseguirá aniquilar a tentativa de Moisés de retornar pela segunda vez e confirmará a posição de nova governadora do Estado. Essas primeiras semanas serão decisivas para isso se concretizar ou não!

Lúcio Mauro
Passando a limpo

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08 abr 21 | 16h24 Por Lúcio Mauro

Daniela completa uma semana como governadora. Em tudo, tenta fazer diferente do que fez Moisés!

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A segunda passagem de Daniela Reihner no cargo de governadora do Estado completou uma semana. Diferentemente do que fez na primeira oportunidade recebida, há seis meses, demonstra estar mais firme em todas as decisões que tomou nesse curto período e ainda busca ter em suas mãos as rédeas da gestão administrativa e da política estadual. E, nesse aspecto, precisamos efetivamente fazer uma separação entre a parte “administrativa” e o campo “político” que norteiam o governo do Estado.


Na esfera administrativa, as primeiras medidas anunciadas foram conservadoras: não a qualquer tentativa de lockdown, manutenção dos últimos decretos baixados pelo antecessor e discurso em defesa de união entre todos os setores/poderes do Estado no combate à pandemia. Na esfera política, mexeu em várias secretarias demonstrando uma postura mais arrojada. Para a pasta da Saúde, chamou a deputada federal Carmem Zanotto, ex-secretária estadual da Saúde no Governo de Luiz Henrique da Silveira (falecido). Carmem é política experiente e tem no currículo a marca de um ótimo trabalho realizado quando da primeira passagem pela secretaria.


Já na Secretaria de Infraestrutura do Estado, outro político experiente: Leodgar Tiscóscki, ex-deputado federal e ex-secretário da última gestão de Esperidião Amin (hoje senador) como governador, entre 1998 e 2002. Sua missão será a de dar andamento a todos os projetos de pavimentação asfáltica já anunciados pelo governador afastado Carlos Moisés, entre os quais a SC 283 (Concórdia a Chapecó). Penso que se conseguir fazer andar só o projeto de revitalização da 283, o Estado inteiro agradecerá!


Nos primeiros atos, percebe-se que Daniela está mais atenta a todos os movimentos necessários para alguém que exerce o cargo máximo na administração pública catarinense. Está totalmente focada na chamada nova política; porém, não deixou de dar atenção para a ala mais experiente e para os partidos tradicionais de Santa Catarina. Fatos que comprovam isso é a manutenção do deputado Altair Silva (PP) na Secretaria da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural. Igualmente manteve, pelo menos por enquanto, o deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) no comando da Secretaria Estadual da Educação.


São gestos de quem entrou não para ficar de forma provisória, mas acreditando que terá uma sequência definitiva. Moisés está enrolado. Se Daniela souber jogar bem o jogo – pesado, diga-se de passagem -, conseguirá aniquilar a tentativa de Moisés de retornar pela segunda vez e confirmará a posição de nova governadora do Estado. Essas primeiras semanas serão decisivas para isso se concretizar ou não!