Opinião

16 mar 22 | 19h10

Moisés vai de Republicanos. E Dário abraça o projeto da esquerda catarinense!

Moisés vai de Republicanos. E Dário abraça o projeto da esquerda catarinense!
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O governador Carlos Moisés da Silva surpreendeu a todos do cenário político estadual e vai de Republicanos (número “10” na urna) em busca da tentativa de reeleição. Sem partido até então depois de vencer as Eleições de 2018 pelo PSL e, principalmente, surfar na “onda bolsonarista”, Moisés optou na última semana por se filiar a um partido sem expressão e deixou para trás convites do MDB, PSDB, Patriota, Podemos e até do Progressistas. Foi uma surpresa porque ele flertava muito proximamente do MDB e os emedebistas, em sua absoluta maioria, apostavam todas as fichas na filiação do atual mandatário da Casa D’Agronômica. Acabou sendo uma surpresa com gosto de “decepção” para eles!


O Republicanos é um partido sem muita representação em Santa Catarina. Possui 1 deputado federal (Hélio Costa) e 2 deputados estaduais: Coronel Mocellin (ex-PSL também) e Sérgio Motta, atual presidente estadual da legenda. Nas redes sociais, se apresenta como um partido que “valoriza a família, a vida, a liberdade de expressão, a saúde e a educação. Também se auto-proclama uma agremiação partidária conservadora nos costumes e liberal na economia”. Nesta semana, quem também filiou-se ao Republicanos foi o vice-presidente da República, Hamílton Mourão, que irá concorrer a senador pelo vizinho estado do Rio Grande do Sul.


Na outra ponta do tabuleiro político, nenhuma surpresa. Conforme amplamente especulado e divulgado nas últimas semanas, o senador Dário Berger caiu de “corpo e alma” no projeto da esquerda catarinense. Projeto que terá uma missão maior: fazer palanque no Estado para o pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva. Como a pré-candidatura do ex-deputado federal Décio Lima (Blumenau) não decolou – e não decolaria! -, o jeito foi aceitar a filiação de Dário, político da velha guarda mas, inegavelmente, um cara iluminado em pleitos. Senão, vejamos: foi duas vezes prefeito de São José, transferiu o título para Florianópolis e ganhou outras duas eleições derrotando duas vezes os Amin (Ângela e Esperidião) e, mais tarde, elegeu-se senador da República pelas mãos do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.


Em fim de mandato, Dário não tem nada a perder. Estava se aposentando mesmo até surgir essa oportunidade, a qual ele irá aproveitar dia e noite fazendo campanha. É um candidato forte e competitivo. Até 31 de março, teremos dias nervosos na política catarinense. Até o limite desta data, 2 prefeitos de cidades importantes podem acabar renunciando aos mandatos para participar da eleição estadual: Gean Loureiro, do União Brasil-Florianópolis, e João Rodrigues, do PSD-Chapecó. A se destacar que Rodrigues voltou ao cenário político nas últimas horas. Por tudo isso, março não é um mês recomendado para cardíacos quando o assunto em debate for política!!!


Lúcio Mauro
Passando a limpo

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16 mar 22 | 19h10 Por Lúcio Mauro

Moisés vai de Republicanos. E Dário abraça o projeto da esquerda catarinense!

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O governador Carlos Moisés da Silva surpreendeu a todos do cenário político estadual e vai de Republicanos (número “10” na urna) em busca da tentativa de reeleição. Sem partido até então depois de vencer as Eleições de 2018 pelo PSL e, principalmente, surfar na “onda bolsonarista”, Moisés optou na última semana por se filiar a um partido sem expressão e deixou para trás convites do MDB, PSDB, Patriota, Podemos e até do Progressistas. Foi uma surpresa porque ele flertava muito proximamente do MDB e os emedebistas, em sua absoluta maioria, apostavam todas as fichas na filiação do atual mandatário da Casa D’Agronômica. Acabou sendo uma surpresa com gosto de “decepção” para eles!


O Republicanos é um partido sem muita representação em Santa Catarina. Possui 1 deputado federal (Hélio Costa) e 2 deputados estaduais: Coronel Mocellin (ex-PSL também) e Sérgio Motta, atual presidente estadual da legenda. Nas redes sociais, se apresenta como um partido que “valoriza a família, a vida, a liberdade de expressão, a saúde e a educação. Também se auto-proclama uma agremiação partidária conservadora nos costumes e liberal na economia”. Nesta semana, quem também filiou-se ao Republicanos foi o vice-presidente da República, Hamílton Mourão, que irá concorrer a senador pelo vizinho estado do Rio Grande do Sul.


Na outra ponta do tabuleiro político, nenhuma surpresa. Conforme amplamente especulado e divulgado nas últimas semanas, o senador Dário Berger caiu de “corpo e alma” no projeto da esquerda catarinense. Projeto que terá uma missão maior: fazer palanque no Estado para o pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva. Como a pré-candidatura do ex-deputado federal Décio Lima (Blumenau) não decolou – e não decolaria! -, o jeito foi aceitar a filiação de Dário, político da velha guarda mas, inegavelmente, um cara iluminado em pleitos. Senão, vejamos: foi duas vezes prefeito de São José, transferiu o título para Florianópolis e ganhou outras duas eleições derrotando duas vezes os Amin (Ângela e Esperidião) e, mais tarde, elegeu-se senador da República pelas mãos do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.


Em fim de mandato, Dário não tem nada a perder. Estava se aposentando mesmo até surgir essa oportunidade, a qual ele irá aproveitar dia e noite fazendo campanha. É um candidato forte e competitivo. Até 31 de março, teremos dias nervosos na política catarinense. Até o limite desta data, 2 prefeitos de cidades importantes podem acabar renunciando aos mandatos para participar da eleição estadual: Gean Loureiro, do União Brasil-Florianópolis, e João Rodrigues, do PSD-Chapecó. A se destacar que Rodrigues voltou ao cenário político nas últimas horas. Por tudo isso, março não é um mês recomendado para cardíacos quando o assunto em debate for política!!!