Geral

02 mai 24 | 15h20 Por Luan De Bortoli

Confirmado o rompimento de barragem no Rio Grande do Sul

Governador Eduardo Leite fala em situação dramática e prevê impactos em cidades.

Confirmado o rompimento de barragem no Rio Grande do Sul
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A barragem 14 de julho, localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, não suportou o grande acúmulo de água das chuvas dos últimos quatro dias e acabou rompendo, de acordo com a prefeitura da cidade, na tarde desta quinta-feira (2). Houve ordem de evacuação das casas próximas ao local desde que o risco iminente de colapso havia sido detectado. Até agora, 24 pessoas já morreram em todo o estado por conta dos temporais.

— Nós recebemos há pouco a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho, que fica em Cotiporã, na Bacia do Taquari Antas. Acreditamos que o efeito não vá ser de uma enxurrada, mas vai seguir o curso livre do rio em direção a Santa Bárbara e Tereza. A gente buscou fazer todo o trabalho possível para evitar o rompimento, mas não conseguimos nem ter acesso com helicópteros. O efeito vai ser de elevação do Rio Taquari e Bacia do Taquari Antas — disse o governador. — Nós fizemos evacuação, com alertas desde ontem, e as comunidades que não conseguimos evacuar, nós entramos em contato com lideranças. Estamos trabalhando para mitigar os efeitos. É uma situação dramática no Rio Grande do Sul, absolutamente excepcional, pior do que qualquer quadro que pudéssemos ter previsto e é preciso que todos se coloquem em segurança.

A Companhia Energética do Rio Antas (Ceran) emitiu uma nota e afirma que detectou o rompimento por volta das 13h40 desta quinta-feira.

"A Ceran informa que detectou às 13h40, do dia 2 de maio, o rompimento parcial do trecho direito da barragem da usina 14 de Julho, devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde terça-feira (30). A Defesa Civil foi comunicada do ocorrido para tomadas de ações adicionais", diz o comunicado. "O Plano de Ação de Emergência foi colocado em prática no dia 1 de maio, às 13h50, em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança. As barragens de Monte Claro e Castro Alves encontram-se em estado de Atenção e seguem sendo monitoradas".

A Defesa Civil do RS emitiu um comunicado reforçando que a barragem 14 de julho, em Cotiporã, está em processo de colapso e trabalha junto às forças de resposta, retirando as famílias de áreas de risco que ainda permaneciam nesses locais. Reiterou ainda que há orientação expressa para que, além de Cotiporã e Bento Gonçalves, os moradores dos municípios de: Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Rio Taquari.

De acordo com o órgão, as pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas Prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.


O Globo

02 mai 24 | 15h20 Por Luan De Bortoli

Confirmado o rompimento de barragem no Rio Grande do Sul

Governador Eduardo Leite fala em situação dramática e prevê impactos em cidades.

Confirmado o rompimento de barragem no Rio Grande do Sul

A barragem 14 de julho, localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, não suportou o grande acúmulo de água das chuvas dos últimos quatro dias e acabou rompendo, de acordo com a prefeitura da cidade, na tarde desta quinta-feira (2). Houve ordem de evacuação das casas próximas ao local desde que o risco iminente de colapso havia sido detectado. Até agora, 24 pessoas já morreram em todo o estado por conta dos temporais.

— Nós recebemos há pouco a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho, que fica em Cotiporã, na Bacia do Taquari Antas. Acreditamos que o efeito não vá ser de uma enxurrada, mas vai seguir o curso livre do rio em direção a Santa Bárbara e Tereza. A gente buscou fazer todo o trabalho possível para evitar o rompimento, mas não conseguimos nem ter acesso com helicópteros. O efeito vai ser de elevação do Rio Taquari e Bacia do Taquari Antas — disse o governador. — Nós fizemos evacuação, com alertas desde ontem, e as comunidades que não conseguimos evacuar, nós entramos em contato com lideranças. Estamos trabalhando para mitigar os efeitos. É uma situação dramática no Rio Grande do Sul, absolutamente excepcional, pior do que qualquer quadro que pudéssemos ter previsto e é preciso que todos se coloquem em segurança.

A Companhia Energética do Rio Antas (Ceran) emitiu uma nota e afirma que detectou o rompimento por volta das 13h40 desta quinta-feira.

"A Ceran informa que detectou às 13h40, do dia 2 de maio, o rompimento parcial do trecho direito da barragem da usina 14 de Julho, devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde terça-feira (30). A Defesa Civil foi comunicada do ocorrido para tomadas de ações adicionais", diz o comunicado. "O Plano de Ação de Emergência foi colocado em prática no dia 1 de maio, às 13h50, em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança. As barragens de Monte Claro e Castro Alves encontram-se em estado de Atenção e seguem sendo monitoradas".

A Defesa Civil do RS emitiu um comunicado reforçando que a barragem 14 de julho, em Cotiporã, está em processo de colapso e trabalha junto às forças de resposta, retirando as famílias de áreas de risco que ainda permaneciam nesses locais. Reiterou ainda que há orientação expressa para que, além de Cotiporã e Bento Gonçalves, os moradores dos municípios de: Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Rio Taquari.

De acordo com o órgão, as pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas Prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.


O Globo