Agronegócio

31 out 18 | 21h55 Por Rádio Aliança

Reabertura de mercado russo para carne suína brasileira beneficia SC

Anúncio foi feito hoje pelo ministro Blairo Maggi.

Reabertura de mercado russo para carne suína brasileira beneficia SC
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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou nesta quarta-feira (31) que a Rússia vai retomar as importações de carnes do Brasil. As cargas brasileiras poderão ser embarcadas para o território russo a partir de 01 de novembro. Como maior exportador de carne suína do país, Santa Catarina comemora a novidade e aguarda a liberação de novas plantas.

 

Segundo o Serviço Federal para Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), foram reabilitadas algumas plantas localizadas no Rio Grande do Sul das empresas Alibem Alimentos, da Adele Indústria de Alimentos e da Cooperativa Central Aurora Alimentos. A expectativa do secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, porém, é de que a Rússia em breve volte a comprar carnes também dos frigoríficos localizados em Santa Catarina.

 

Spies explica ainda que, no contexto geral, haverá uma redistribuição da carne suína produzida no país e outras agroindústrias serão favorecidas com o possível aumento de preços, mesmo que ainda não habilitadas. “O retorno das vendas para Rússia irá desafogar a pressão de oferta e acabará também beneficiando outras empresas que, eventualmente, não estão habilitadas nesse primeiro momento, com a redistribuição da demanda”.

 

A Rússia é um importante mercado para a suinocultura catarinense. De janeiro a novembro de 2017, de toda carne suína exportada por Santa Catarina, 36,9% foram para a Rússia – 102 milhões de toneladas. “Esse é um fato extremamente relevante para Santa Catarina, importantíssimo porque o estado é o maior produtor de suínos do Brasil, e a Rússia já foi, por muitos anos, o mercado mais importante para nossas exportações de carne suína. A reabertura do mercado, mesmo que parcial, anima a cadeia produtiva, os produtores e as agroindústrias”, ressalta o secretário Airton Spies.

 

Há onze meses sem exportar para o país, Santa Catarina buscou outros mercados e segue com crescimento nas vendas internacionais de carne suína. “Nós exportamos boa parte da nossa produção e a China, de certa forma, compensou o cancelamento dos embarques para a Rússia. Mas a reabertura do mercado russo será uma notícia muito comemorada no estado. Por enquanto são quatro plantas habilitadas, mas a expectativa é de que a Rússia retome as importações normalmente”, afirma.

 

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), desde o embargo imposto em novembro do ano passado, a Rússia deixou de importar do Brasil o equivalente a 230,4 mil toneladas – em torno de 40% de tudo o que o país teria exportado no período, tomando como referência as exportações realizadas entre janeiro a outubro de 2017.

 

Embargo

 

Desde novembro de 2017, estão suspensos os embarques de carne suína produzida no Brasil para a Rússia, devido à presença de ractopamina em produtos de origem animal de plantas frigoríficas brasileiras.

 

O uso de ractopamina é permitido no Brasil e nos Estados Unidos, porém proibido na Europa e na Ásia. Para evitar qualquer tipo de contaminação, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para exportação de carne para a Rússia e Japão, por exemplo.  Ou seja, os suínos recebem outro tipo de ração e são criados em outros locais, não tendo contato com os animais que serão destinados para mercados que permitem o uso da substância.

 

(Fonte: Ana Ceron/Ascom/Secretaria de Estado da Agricultura)

31 out 18 | 21h55 Por Rádio Aliança

Reabertura de mercado russo para carne suína brasileira beneficia SC

Anúncio foi feito hoje pelo ministro Blairo Maggi.

Reabertura de mercado russo para carne suína brasileira beneficia SC

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou nesta quarta-feira (31) que a Rússia vai retomar as importações de carnes do Brasil. As cargas brasileiras poderão ser embarcadas para o território russo a partir de 01 de novembro. Como maior exportador de carne suína do país, Santa Catarina comemora a novidade e aguarda a liberação de novas plantas.

 

Segundo o Serviço Federal para Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), foram reabilitadas algumas plantas localizadas no Rio Grande do Sul das empresas Alibem Alimentos, da Adele Indústria de Alimentos e da Cooperativa Central Aurora Alimentos. A expectativa do secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, porém, é de que a Rússia em breve volte a comprar carnes também dos frigoríficos localizados em Santa Catarina.

 

Spies explica ainda que, no contexto geral, haverá uma redistribuição da carne suína produzida no país e outras agroindústrias serão favorecidas com o possível aumento de preços, mesmo que ainda não habilitadas. “O retorno das vendas para Rússia irá desafogar a pressão de oferta e acabará também beneficiando outras empresas que, eventualmente, não estão habilitadas nesse primeiro momento, com a redistribuição da demanda”.

 

A Rússia é um importante mercado para a suinocultura catarinense. De janeiro a novembro de 2017, de toda carne suína exportada por Santa Catarina, 36,9% foram para a Rússia – 102 milhões de toneladas. “Esse é um fato extremamente relevante para Santa Catarina, importantíssimo porque o estado é o maior produtor de suínos do Brasil, e a Rússia já foi, por muitos anos, o mercado mais importante para nossas exportações de carne suína. A reabertura do mercado, mesmo que parcial, anima a cadeia produtiva, os produtores e as agroindústrias”, ressalta o secretário Airton Spies.

 

Há onze meses sem exportar para o país, Santa Catarina buscou outros mercados e segue com crescimento nas vendas internacionais de carne suína. “Nós exportamos boa parte da nossa produção e a China, de certa forma, compensou o cancelamento dos embarques para a Rússia. Mas a reabertura do mercado russo será uma notícia muito comemorada no estado. Por enquanto são quatro plantas habilitadas, mas a expectativa é de que a Rússia retome as importações normalmente”, afirma.

 

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), desde o embargo imposto em novembro do ano passado, a Rússia deixou de importar do Brasil o equivalente a 230,4 mil toneladas – em torno de 40% de tudo o que o país teria exportado no período, tomando como referência as exportações realizadas entre janeiro a outubro de 2017.

 

Embargo

 

Desde novembro de 2017, estão suspensos os embarques de carne suína produzida no Brasil para a Rússia, devido à presença de ractopamina em produtos de origem animal de plantas frigoríficas brasileiras.

 

O uso de ractopamina é permitido no Brasil e nos Estados Unidos, porém proibido na Europa e na Ásia. Para evitar qualquer tipo de contaminação, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para exportação de carne para a Rússia e Japão, por exemplo.  Ou seja, os suínos recebem outro tipo de ração e são criados em outros locais, não tendo contato com os animais que serão destinados para mercados que permitem o uso da substância.

 

(Fonte: Ana Ceron/Ascom/Secretaria de Estado da Agricultura)