Agronegócio

24 mar 17 | 6h50 Por Rádio Aliança

"Exagero na divulgação de informações", concluem representantes do agronegócio

Autoridades catarinenses repudiam a forma generalizada que a Polícia Federal tratou a Operação Carna Fraca

"Exagero na divulgação de informações", concluem representantes do agronegócio
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As autoridades afirmam que o impacto negativo já é uma realidade e criticam a generalização dos frigoríficos. A Operação Carne Fraca investiga indústrias que fraudavam licenças e o processamento de carnes. No Brasil, são mais de cinco mil unidades e apenas 21 estão sendo investigadas.

 

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, deputado Moacir Sopelsa, destaca que SC não tem indústrias diretamente envolvidas, mas infelizmente o mercado externo olha para o Brasil, sem fazer esta separação. “Nenhuma unidade frigorífica do nosso Estado tem envolvimento com essa questão. Nós estamos há mais de 30 anos produzindo carnes e nunca oferecemos riscos à saúde dos consumidores. Nosso controle, inspeção e fiscais, asseguram a qualidade, mas infelizmente, da forma com que esse processo veio à tona, o mercado não faz esta distinção, ele olha para a produção brasileira, não vai olhar de forma isolada para SC, infelizmente”, lamenta.

 

O presidente da CIDASC, Enori Barbieri, também mostrou indignação com a forma que a Operação foi divulgada. Ele destacou que o SC tem um controle de rebanho e fiscalização rigorosos e não poderia ser prejudicada, sendo que os casos são pontuais. “Nosso Estado é até rígido demais nas suas exigências e ver que casos pontuais foram tratados de forma generalizada, nos deixa muito triste. A população acabou ficando em dúvida do que pode consumir e até agora não há nada que prove que há algo errado no Estado. O prejuízo já aconteceu na área comercial e isso é delicado, nossas empresas já perderam bilhões em função dos fatos mal colocados e precisamos agir e mostrar quem somos e o que produzimos, afinal exportamos para 150 países e não poderíamos estar nesta turbulência, sendo que foram fatos isolados”, pontua Barbieri

 

Quem também se pronunciou e falou do exagero na divulgação, foi o presidente da Cooper Central e Aurora Alimentos, Mário Lanznaster. Ele afirmou que a produção de carne agora está em cheque e pediu atenção e cuidados dos produtores. “Houve um exagero na divulgação e alguns países já tomaram medidas, a China, por exemplo, não está permitindo que desembarquem carnes do Brasil. E aí, quem é que vai pagar a conta da estadia destes navios? Eles não querem saber se o produto é das empresas citadas no processo, eles barraram o Brasil”, constata Lanznaster. “O produtor deve ficar ainda mais atento, deve continuar atendendo às exigências e recomendações técnicas, pois é isso que o mercado internacional quer”, orienta o presidente.

 

Já o superintendente do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Jacir Massi, comenta que os fiscais envolvidos deverão ser punidos, caso fique provado que realmente fraudavam documentos de inspeção.  “A primeira medida foi afastar os servidores citados nas investigações. Se comprovada a culpa, processos administrativos serão iniciados e com certeza o Ministério vai tomar outras atitudes cabíveis”, garante.

 

24 mar 17 | 6h50 Por Rádio Aliança

"Exagero na divulgação de informações", concluem representantes do agronegócio

Autoridades catarinenses repudiam a forma generalizada que a Polícia Federal tratou a Operação Carna Fraca

"Exagero na divulgação de informações", concluem representantes do agronegócio

As autoridades afirmam que o impacto negativo já é uma realidade e criticam a generalização dos frigoríficos. A Operação Carne Fraca investiga indústrias que fraudavam licenças e o processamento de carnes. No Brasil, são mais de cinco mil unidades e apenas 21 estão sendo investigadas.

 

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, deputado Moacir Sopelsa, destaca que SC não tem indústrias diretamente envolvidas, mas infelizmente o mercado externo olha para o Brasil, sem fazer esta separação. “Nenhuma unidade frigorífica do nosso Estado tem envolvimento com essa questão. Nós estamos há mais de 30 anos produzindo carnes e nunca oferecemos riscos à saúde dos consumidores. Nosso controle, inspeção e fiscais, asseguram a qualidade, mas infelizmente, da forma com que esse processo veio à tona, o mercado não faz esta distinção, ele olha para a produção brasileira, não vai olhar de forma isolada para SC, infelizmente”, lamenta.

 

O presidente da CIDASC, Enori Barbieri, também mostrou indignação com a forma que a Operação foi divulgada. Ele destacou que o SC tem um controle de rebanho e fiscalização rigorosos e não poderia ser prejudicada, sendo que os casos são pontuais. “Nosso Estado é até rígido demais nas suas exigências e ver que casos pontuais foram tratados de forma generalizada, nos deixa muito triste. A população acabou ficando em dúvida do que pode consumir e até agora não há nada que prove que há algo errado no Estado. O prejuízo já aconteceu na área comercial e isso é delicado, nossas empresas já perderam bilhões em função dos fatos mal colocados e precisamos agir e mostrar quem somos e o que produzimos, afinal exportamos para 150 países e não poderíamos estar nesta turbulência, sendo que foram fatos isolados”, pontua Barbieri

 

Quem também se pronunciou e falou do exagero na divulgação, foi o presidente da Cooper Central e Aurora Alimentos, Mário Lanznaster. Ele afirmou que a produção de carne agora está em cheque e pediu atenção e cuidados dos produtores. “Houve um exagero na divulgação e alguns países já tomaram medidas, a China, por exemplo, não está permitindo que desembarquem carnes do Brasil. E aí, quem é que vai pagar a conta da estadia destes navios? Eles não querem saber se o produto é das empresas citadas no processo, eles barraram o Brasil”, constata Lanznaster. “O produtor deve ficar ainda mais atento, deve continuar atendendo às exigências e recomendações técnicas, pois é isso que o mercado internacional quer”, orienta o presidente.

 

Já o superintendente do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Jacir Massi, comenta que os fiscais envolvidos deverão ser punidos, caso fique provado que realmente fraudavam documentos de inspeção.  “A primeira medida foi afastar os servidores citados nas investigações. Se comprovada a culpa, processos administrativos serão iniciados e com certeza o Ministério vai tomar outras atitudes cabíveis”, garante.