Opinião

25 fev 21 | 16h08

Extra, Extra, Extra, cientistas descobrem tinta que torna o coronavírus visível a olho nu

Extra, Extra, Extra, cientistas descobrem tinta que torna o coronavírus visível a olho nu
Imprimir


Imagine-se, logo depois de acordar, pegando seu celular pela manhã, ou ligando seu computador e dar de cara com essa manchete ecoando pelos rincões do planeta tomado pela pandemia. Em destaque em todas as redes sociais, sites de notícias e TVs


Vamos lá, imagine que o coronavírus, que é microscópio, imperceptível, invisível a olho nu, que diante dessa tinta, ao ser aplicada na atmosfera ou nos ambientes, enfim, tornasse o vírus visível. E como uso desse spray você pudesse ver uma nuvem de partículas coloridas cheia de vírus pairando, como gotículas de água, espalhadas por todos os lugares.


Suponha que agora ele possa ser visto orbitando as pessoas que estão infectadas e essas pessoas ao falarem, expelem o vírus que imediatamente se colore e fica pairando no ar como a fumaça de um cigarro, até se tornar mais denso que o ar e cair ao chão em algum momento. 

E essas partículas coloridas de vírus pudessem ser vistas, depositadas nas calçadas que você passa todos os dias, nas maçanetas das portas, nos botões do elevador, nas roupas das pessoas nas ruas, nos vidros dos carros, nas mãos, cabelos e rosto das pessoas, no celular, enfim, em todos os lugares que ele possa se depositar e sobreviver pelo tempo necessário até poder ser levado adiante por um vetor qualquer.


Depois desse exercício imaginativo, que certamente impactaria a forma de se portar diante do vírus, a questão é;

Ao ver uma nuvem colorida de vírus pairando no ar por onde você deve passar, você ousaria sair à rua sem máscara?


Aceitaria o convite para uma festinha clandestina, regada a muito álcool, cigarro, aglomeração e muitas partículas coloridas de coronavírus na roda? Colocando em jogo sua vida e a vida da sua família?


Como seria sua reação ao poder enxergar o inimigo diante dos olhos? Tarefa árdua, a qual hoje cabe somente aos profissionais da saúde, que diariamente se desdobram para tratar pacientes que chegam a rodo nas emergências hospitalares.


Depois dessa teoria especulativa, eu vou te dizer exatamente o que aconteceria. Sucederia que o pânico tomaria conta. As ruas ficariam desertas, os locais que costumeiramente geram aglomerações, ora estariam vazios e silenciosos. As pessoas se fechariam em suas casas, e somente em casos de extrema urgência.


É claro que estou sendo extremista, certamente nos adaptaríamos e continuaríamos com nossas rotinas, mas seguindo as regras de distanciamento e prevenção. No entanto, o simples fato de ver o vírus circulando por aí mudaria indubitavelmente o comportamento das pessoas. 

Não estou defendendo um lockdown, (embora ache que isso em um momento ou outro será em última estância a alternativa das autoridades competentes para frear essa onda) ou regras que fechem o comércio no geral, longe disso, porém, temos que ser realistas, não há consciência coletiva sobre a importância de manter os cuidados para que o vírus não se propague. 


O resultado está aí, os números não mentem, hospitais lotados, filas de espera por leitos, aumento do número de mortes. Na região, Chapecó já restringiu com regras expressivas, Xanxerê está com a saúde em colapso, outras cidades emitiram novos decretos com regras mais restritivas. O Estado de Santa Catarina, emitiu um documento orientando todos os prefeitos a endurecerem as regras, pois veem no afastamento social via decreto a saída para frear o contágio. Aqui em Concórdia é questão de tempo. Logo a falta de conscientização implica em aumento de casos, que reflete diretamente na economia, infelizmente são realidades opostas que precisam aprender a conviver dentro da mesma pandemia.


Mas como diria Immanuel Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Para uma convivência social desejável, precisamos deixar de ser egoístas e irresponsáveis, pois tudo que se refere a ética, torna a vida em sociedade mais fácil, se respeitarmos as regras de conduta, de convivência a fim de não ferirmos o bem estar e o direito do outro em detrimento do nosso. E se mesmo, moralmente, não é possível fazer com que as pessoas sejam conscientes e empáticas, para seguir os protocolos de segurança com relação ao coronavírus, então terminar esse texto citando o Imperativo categórico de Kant, talvez seja um devaneio da minha parte, ou um último clamor para conscientização coletiva, até que a vacina e a misericórdia de Deus nos salvem, pois basta visitar um hospital e vai constatar que precisamos das duas benevolências com urgência.

Adriel Gonçalves
Cotidiano

Outras publicações

25 fev 21 | 16h08 Por Adriel Gonçalves

Extra, Extra, Extra, cientistas descobrem tinta que torna o coronavírus visível a olho nu

Extra, Extra, Extra, cientistas descobrem tinta que torna o coronavírus visível a olho nu


Imagine-se, logo depois de acordar, pegando seu celular pela manhã, ou ligando seu computador e dar de cara com essa manchete ecoando pelos rincões do planeta tomado pela pandemia. Em destaque em todas as redes sociais, sites de notícias e TVs


Vamos lá, imagine que o coronavírus, que é microscópio, imperceptível, invisível a olho nu, que diante dessa tinta, ao ser aplicada na atmosfera ou nos ambientes, enfim, tornasse o vírus visível. E como uso desse spray você pudesse ver uma nuvem de partículas coloridas cheia de vírus pairando, como gotículas de água, espalhadas por todos os lugares.


Suponha que agora ele possa ser visto orbitando as pessoas que estão infectadas e essas pessoas ao falarem, expelem o vírus que imediatamente se colore e fica pairando no ar como a fumaça de um cigarro, até se tornar mais denso que o ar e cair ao chão em algum momento. 

E essas partículas coloridas de vírus pudessem ser vistas, depositadas nas calçadas que você passa todos os dias, nas maçanetas das portas, nos botões do elevador, nas roupas das pessoas nas ruas, nos vidros dos carros, nas mãos, cabelos e rosto das pessoas, no celular, enfim, em todos os lugares que ele possa se depositar e sobreviver pelo tempo necessário até poder ser levado adiante por um vetor qualquer.


Depois desse exercício imaginativo, que certamente impactaria a forma de se portar diante do vírus, a questão é;

Ao ver uma nuvem colorida de vírus pairando no ar por onde você deve passar, você ousaria sair à rua sem máscara?


Aceitaria o convite para uma festinha clandestina, regada a muito álcool, cigarro, aglomeração e muitas partículas coloridas de coronavírus na roda? Colocando em jogo sua vida e a vida da sua família?


Como seria sua reação ao poder enxergar o inimigo diante dos olhos? Tarefa árdua, a qual hoje cabe somente aos profissionais da saúde, que diariamente se desdobram para tratar pacientes que chegam a rodo nas emergências hospitalares.


Depois dessa teoria especulativa, eu vou te dizer exatamente o que aconteceria. Sucederia que o pânico tomaria conta. As ruas ficariam desertas, os locais que costumeiramente geram aglomerações, ora estariam vazios e silenciosos. As pessoas se fechariam em suas casas, e somente em casos de extrema urgência.


É claro que estou sendo extremista, certamente nos adaptaríamos e continuaríamos com nossas rotinas, mas seguindo as regras de distanciamento e prevenção. No entanto, o simples fato de ver o vírus circulando por aí mudaria indubitavelmente o comportamento das pessoas. 

Não estou defendendo um lockdown, (embora ache que isso em um momento ou outro será em última estância a alternativa das autoridades competentes para frear essa onda) ou regras que fechem o comércio no geral, longe disso, porém, temos que ser realistas, não há consciência coletiva sobre a importância de manter os cuidados para que o vírus não se propague. 


O resultado está aí, os números não mentem, hospitais lotados, filas de espera por leitos, aumento do número de mortes. Na região, Chapecó já restringiu com regras expressivas, Xanxerê está com a saúde em colapso, outras cidades emitiram novos decretos com regras mais restritivas. O Estado de Santa Catarina, emitiu um documento orientando todos os prefeitos a endurecerem as regras, pois veem no afastamento social via decreto a saída para frear o contágio. Aqui em Concórdia é questão de tempo. Logo a falta de conscientização implica em aumento de casos, que reflete diretamente na economia, infelizmente são realidades opostas que precisam aprender a conviver dentro da mesma pandemia.


Mas como diria Immanuel Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Para uma convivência social desejável, precisamos deixar de ser egoístas e irresponsáveis, pois tudo que se refere a ética, torna a vida em sociedade mais fácil, se respeitarmos as regras de conduta, de convivência a fim de não ferirmos o bem estar e o direito do outro em detrimento do nosso. E se mesmo, moralmente, não é possível fazer com que as pessoas sejam conscientes e empáticas, para seguir os protocolos de segurança com relação ao coronavírus, então terminar esse texto citando o Imperativo categórico de Kant, talvez seja um devaneio da minha parte, ou um último clamor para conscientização coletiva, até que a vacina e a misericórdia de Deus nos salvem, pois basta visitar um hospital e vai constatar que precisamos das duas benevolências com urgência.