Opinião

08 jun 21 | 8h44

Doação, um gesto de amor

Doação, um gesto de amor
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Agora, especialmente no inverno é mais comum vermos campanhas de arrecadação de alimentos, roupas, agasalhos, cobertores e demais donativos, e que bom que assim o é. Porém é pouco, ainda mais em plena pandemia, todos sabemos da quantidade de pessoas que perderam seus empregos ou tiveram suas rendas achatadas durante a crise. Há milhões de brasileiros passando fome ou afundadas em dívidas e o pior, desenvolvendo outras patologias em decorrência dessa situação, como depressão. Sem falar de outras mazelas sociais que se elevaram durante a pandemia, como furtos e roubos.


A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso das crianças, trazem consequências irreparáveis, comprometendo o desenvolvimento e deixando – as em estado de vulnerabilidade. Crianças que vivem em extrema pobreza ou em ambientes de violência não conseguem crescer, estudar e se desenvolver.


A solidariedade é uma das características mais bonitas e inerentes do ser humano, é um ato de bondade, empatia e compreensão das necessidades do próximo. Embora sabemos que não é todo mundo que tem bons olhos para a doação, aliás, infelizmente em alguns casos os que mais têm são os que menos compartilham, mas a grande maioria entende que doar á aliviar a dor do outro.


Segundo a revista Isto é Dinheiro. “Mais de 116,8 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil, segundo pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Este número representa mais da metade do número de brasileiros, engloba pessoas que não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente. Desses 116 milhões, cerca de 43 milhões (20,5% dos brasileiros) não contavam com alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões da população (9%) estavam passando fome, maior taxa desde 2004. Além de ser o maior índice em 17 anos, é quase o dobro do registrado em 2018, quando o IBGE identificou 10 milhões de brasileiros nessa condição.”


Você já passou fome? A pior dor não é a da fome, mas a da falta de esperança, por não saber de onde virá uma salvação. Uma dor de impotência por não saber o que fazer para se alimentar, mas a pior situação é quando se tem filhos dividindo o mesmo dilema. Ver um filho chorando de fome, não é cena que um pai e uma mãe devam experenciar nessa vida.

Você já passou frio? Não o frio da toalha até o chuveiro, nem o frio de quem vai até a serra em busca de uma experiência ou de uma boa foto em lugares turísticos e nevados. Mas o frio que queima a pele e congela até não sentir mais as mãos nem os pês.


Essas palavras não traduzem o que um indivíduo sente quando passa fome, frio ou se vê as margens da dignidade humana, mas servem para tentar despertar em cada um de nós o senso de bondade e amor pelo outro. Vamos estender as mãos que podem levar um pouco de alento para essas pessoas que precisam tanto da nossa ajuda. Doe o que puder e saiba que vai aliviar o sofrimento de alguém mesmo que momentaneamente, e ainda que somaras muitos pontos com Deus, pois ele mesmo disse que o que fizeres a cada um dos meus pequeninos é a mim que fazes. Doe e saiba que quem recebe estará com um coração grato a abençoar-te.


Doe o que puder, alimentos, agasalhos, cobertores, itens de higiene e limpeza, dinheiro, serviços e tempo. As vezes um pouco de atenção, já traz estímulo de vida ao coração solitário. Doar é amar, doe mais, doe-se mais, ame mais.

Adriel Gonçalves
Cotidiano

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08 jun 21 | 8h44 Por Adriel Gonçalves

Doação, um gesto de amor

Doação, um gesto de amor

Agora, especialmente no inverno é mais comum vermos campanhas de arrecadação de alimentos, roupas, agasalhos, cobertores e demais donativos, e que bom que assim o é. Porém é pouco, ainda mais em plena pandemia, todos sabemos da quantidade de pessoas que perderam seus empregos ou tiveram suas rendas achatadas durante a crise. Há milhões de brasileiros passando fome ou afundadas em dívidas e o pior, desenvolvendo outras patologias em decorrência dessa situação, como depressão. Sem falar de outras mazelas sociais que se elevaram durante a pandemia, como furtos e roubos.


A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso das crianças, trazem consequências irreparáveis, comprometendo o desenvolvimento e deixando – as em estado de vulnerabilidade. Crianças que vivem em extrema pobreza ou em ambientes de violência não conseguem crescer, estudar e se desenvolver.


A solidariedade é uma das características mais bonitas e inerentes do ser humano, é um ato de bondade, empatia e compreensão das necessidades do próximo. Embora sabemos que não é todo mundo que tem bons olhos para a doação, aliás, infelizmente em alguns casos os que mais têm são os que menos compartilham, mas a grande maioria entende que doar á aliviar a dor do outro.


Segundo a revista Isto é Dinheiro. “Mais de 116,8 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil, segundo pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Este número representa mais da metade do número de brasileiros, engloba pessoas que não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente. Desses 116 milhões, cerca de 43 milhões (20,5% dos brasileiros) não contavam com alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões da população (9%) estavam passando fome, maior taxa desde 2004. Além de ser o maior índice em 17 anos, é quase o dobro do registrado em 2018, quando o IBGE identificou 10 milhões de brasileiros nessa condição.”


Você já passou fome? A pior dor não é a da fome, mas a da falta de esperança, por não saber de onde virá uma salvação. Uma dor de impotência por não saber o que fazer para se alimentar, mas a pior situação é quando se tem filhos dividindo o mesmo dilema. Ver um filho chorando de fome, não é cena que um pai e uma mãe devam experenciar nessa vida.

Você já passou frio? Não o frio da toalha até o chuveiro, nem o frio de quem vai até a serra em busca de uma experiência ou de uma boa foto em lugares turísticos e nevados. Mas o frio que queima a pele e congela até não sentir mais as mãos nem os pês.


Essas palavras não traduzem o que um indivíduo sente quando passa fome, frio ou se vê as margens da dignidade humana, mas servem para tentar despertar em cada um de nós o senso de bondade e amor pelo outro. Vamos estender as mãos que podem levar um pouco de alento para essas pessoas que precisam tanto da nossa ajuda. Doe o que puder e saiba que vai aliviar o sofrimento de alguém mesmo que momentaneamente, e ainda que somaras muitos pontos com Deus, pois ele mesmo disse que o que fizeres a cada um dos meus pequeninos é a mim que fazes. Doe e saiba que quem recebe estará com um coração grato a abençoar-te.


Doe o que puder, alimentos, agasalhos, cobertores, itens de higiene e limpeza, dinheiro, serviços e tempo. As vezes um pouco de atenção, já traz estímulo de vida ao coração solitário. Doar é amar, doe mais, doe-se mais, ame mais.