Opinião

02 mai 22 | 9h20

A Polêmica do avião Arcanjo: MPE precisa investigar o Governador Carlos Moisés!

A Polêmica do avião Arcanjo: MPE precisa investigar o Governador Carlos Moisés!
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A polêmica do momento envolvendo o governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) não se trata de respiradores! Embora o escândalo que estourou na fase inicial da pandemia de Covid-19, em 2020, esteja mal esclarecido até hoje, agora a controvérsia é outra: o uso recorrente do avião Arcanjo 06 para agendas políticas e até particulares! O mais recente uso equivocado da aeronave foi para Concórdia no último dia 22 de abril, uma sexta-feira. Carlos Moisés e seus “convidados” pousaram no Aeroporto Municipal de Concórdia para cumprir uma agenda política em Piratuba e Ipira.


Ou seja, se naquela sexta-feira um paciente hospitalar precisasse ser transferido pela aeronave para qualquer cidade do Estado, não haveria disponibilidade do avião e a pessoa correria sério risco de morrer! Três dias depois, inclusive, uma criança recém-nascida em Concórdia necessitou de translado do Arcanjo 06 para Florianópolis. Ela nasceu no Hospital São Francisco e precisava ser transferida para o Hospital Joana de Gusmão, na Capital, haja vista que tinha que receber atendimento especializado neonatal por apresentar deformação na parede intestinal. Isto é, por um intervalo de 3 dias, a tragédia não aconteceu!


E assim tem sido bastante frequente nos últimos meses. A aeronave já foi utilizada pelo governador por 20 vezes somente em 2022. Pior ainda em 2021, quando o avião foi requisitado 52 vezes por Carlos Moisés e outras autoridades estaduais. Algo totalmente descabido e irresponsável, em razão de que o Arcanjo 06 está locado para servir aos bombeiros militares em operações de busca, resgate, salvamento, transportes de órgãos vitais, vacinas, ações de Defesa Civil e apoio aos órgãos públicos e dignitários. Pelo contrato firmado, está previsto o uso da aeronave por parte do governador; entretanto, somente para visitar cidades em situação de catástrofe e calamidades, por exemplo. Não para agendas políticas!


 Está mais do que na hora do Ministério Público Estadual (MPE) dar um basta à “farra” do avião Arcanjo 06. O assunto já está indo longe demais e é de grande interesse público. Por natureza, o MPE só age quando “invocado”. E já foi por inúmeras vezes, seja pelas constantes denúncias embasadas apresentadas pela imprensa catarinense ou pela própria Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), conforme aconteceu recentemente!




Lúcio Mauro Nedel
Passando a limpo

02 mai 22 | 9h20 Por Lúcio Mauro Nedel

A Polêmica do avião Arcanjo: MPE precisa investigar o Governador Carlos Moisés!

A Polêmica do avião Arcanjo: MPE precisa investigar o Governador Carlos Moisés!

A polêmica do momento envolvendo o governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) não se trata de respiradores! Embora o escândalo que estourou na fase inicial da pandemia de Covid-19, em 2020, esteja mal esclarecido até hoje, agora a controvérsia é outra: o uso recorrente do avião Arcanjo 06 para agendas políticas e até particulares! O mais recente uso equivocado da aeronave foi para Concórdia no último dia 22 de abril, uma sexta-feira. Carlos Moisés e seus “convidados” pousaram no Aeroporto Municipal de Concórdia para cumprir uma agenda política em Piratuba e Ipira.


Ou seja, se naquela sexta-feira um paciente hospitalar precisasse ser transferido pela aeronave para qualquer cidade do Estado, não haveria disponibilidade do avião e a pessoa correria sério risco de morrer! Três dias depois, inclusive, uma criança recém-nascida em Concórdia necessitou de translado do Arcanjo 06 para Florianópolis. Ela nasceu no Hospital São Francisco e precisava ser transferida para o Hospital Joana de Gusmão, na Capital, haja vista que tinha que receber atendimento especializado neonatal por apresentar deformação na parede intestinal. Isto é, por um intervalo de 3 dias, a tragédia não aconteceu!


E assim tem sido bastante frequente nos últimos meses. A aeronave já foi utilizada pelo governador por 20 vezes somente em 2022. Pior ainda em 2021, quando o avião foi requisitado 52 vezes por Carlos Moisés e outras autoridades estaduais. Algo totalmente descabido e irresponsável, em razão de que o Arcanjo 06 está locado para servir aos bombeiros militares em operações de busca, resgate, salvamento, transportes de órgãos vitais, vacinas, ações de Defesa Civil e apoio aos órgãos públicos e dignitários. Pelo contrato firmado, está previsto o uso da aeronave por parte do governador; entretanto, somente para visitar cidades em situação de catástrofe e calamidades, por exemplo. Não para agendas políticas!


 Está mais do que na hora do Ministério Público Estadual (MPE) dar um basta à “farra” do avião Arcanjo 06. O assunto já está indo longe demais e é de grande interesse público. Por natureza, o MPE só age quando “invocado”. E já foi por inúmeras vezes, seja pelas constantes denúncias embasadas apresentadas pela imprensa catarinense ou pela própria Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), conforme aconteceu recentemente!