Em meio a novas exigências, os suinocultores catarinenses cobram apoio do governo e se preparam para enfrentar mudanças no setor
No último sábado, dia 26 de outubro, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) promoveu um importante encontro no seu auditório, em Concórdia, reunindo mais de 90 suinocultores independentes e mini-integradores. O evento, que contou com a parceria da Embrapa Suínos e Aves e da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, teve como objetivo discutir questões críticas para o setor, incluindo biosseguridade, pegada de carbono e as regulamentações ambientais.
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Segundo o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, a adesão dos produtores ao evento demonstrou a relevância das pautas discutidas. “Estamos passando por um momento de cobranças internacionais e nacionais, e é fundamental que o suinocultor esteja bem informado e preparado para essas mudanças. A biosseguridade é um ponto central, pois é preciso garantir que as propriedades rurais sigam protocolos rigorosos para evitar a introdução de doenças, protegendo tanto o mercado interno quanto as exportações,” enfatizou Losivanio.
Durante o encontro, foram abordadas também a outorga da água e as exigências do Conselho Regional de Medicina Veterinária para que todas as propriedades tenham um responsável técnico registrado. “É o momento de reorganizar as propriedades, fazer os ajustes necessários e assegurar que as legislações sejam cumpridas. Isso é fundamental para a sustentabilidade do setor,” destacou o presidente.
Pegada de carbono
Outro tema amplamente debatido foi a pegada de carbono, apresentado pelo chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. Ele explicou que esse conceito se refere à quantidade de carbono equivalente emitido para cada quilo de carne suína produzido. “A pegada de carbono pode parecer um termo complicado, mas trata-se de medir o impacto ambiental de toda a cadeia produtiva,” esclareceu Krabbe.
Segundo ele, o objetivo é tornar a produção mais eficiente e sustentável. “Nosso foco é reduzir as emissões de carbono sem comprometer a produtividade. Já fazemos muitas coisas bem feitas, mas precisamos mensurar esses resultados para comprovar a eficiência da nossa produção,” acrescentou Krabbe. Ele também explicou que a Embrapa está trabalhando em um protocolo de sustentabilidade para a carne suína brasileira, que incluirá práticas como o uso racional de água, manejo adequado de dejetos e bem-estar animal.
Os desafios do setor
Davi Spricigo, empresário rural e um dos participantes do encontro, destacou a importância do evento para os produtores entenderem as novas demandas e ações que precisam ser adotadas. “Tivemos um diálogo aberto, onde foi possível ouvir os desafios enfrentados por cada um. Hoje, discutimos ações fundamentais para a sustentabilidade da suinocultura, que está apoiada em um tripé social, econômico e ambiental,” explicou Davi. Ele também fez um apelo para que as autoridades considerem as dificuldades das pequenas propriedades na adequação às novas regras. “Precisamos de apoio e prazos adequados para que todos possam se ajustar,” pontuou.
Valdir Colatto, secretário da Agricultura e Pecuária, reforçou o compromisso do governo de Santa Catarina em apoiar os suinocultores no cumprimento das novas exigências. “O status sanitário de Santa Catarina é um patrimônio que precisamos manter, mas não podemos impor normas que sejam impossíveis de cumprir. É necessário buscar soluções viáveis e oferecer linhas de crédito para investimentos,” afirmou o secretário.
Conexão
O encontro também reforçou a importância dos produtores estarem conectados à ACCS para se manterem atualizados sobre as mudanças no setor e sobre as exigências que impactam diretamente as propriedades rurais. "A ACCS está aqui para apoiar e representar os suinocultores, garantindo que todos tenham acesso às informações necessárias para se adaptarem às novas regulamentações e manterem a competitividade de suas produções," concluiu Losivanio.
O evento foi avaliado como positivo por todos os presentes, mostrando a necessidade de união do setor em um momento de grandes transformações. "Estamos prontos para enfrentar os desafios, mas para isso precisamos caminhar juntos," sintetizou Everton Krabbe, da Embrapa.
Próxima reunião
Para continuar as discussões e expandir o alcance das informações, a ACCS já planeja um novo encontro na região sul de Santa Catarina nesta semana, levando os mesmos temas aos produtores da região.
ASCOM
Em meio a novas exigências, os suinocultores catarinenses cobram apoio do governo e se preparam para enfrentar mudanças no setor
No último sábado, dia 26 de outubro, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) promoveu um importante encontro no seu auditório, em Concórdia, reunindo mais de 90 suinocultores independentes e mini-integradores. O evento, que contou com a parceria da Embrapa Suínos e Aves e da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, teve como objetivo discutir questões críticas para o setor, incluindo biosseguridade, pegada de carbono e as regulamentações ambientais.
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Segundo o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, a adesão dos produtores ao evento demonstrou a relevância das pautas discutidas. “Estamos passando por um momento de cobranças internacionais e nacionais, e é fundamental que o suinocultor esteja bem informado e preparado para essas mudanças. A biosseguridade é um ponto central, pois é preciso garantir que as propriedades rurais sigam protocolos rigorosos para evitar a introdução de doenças, protegendo tanto o mercado interno quanto as exportações,” enfatizou Losivanio.
Durante o encontro, foram abordadas também a outorga da água e as exigências do Conselho Regional de Medicina Veterinária para que todas as propriedades tenham um responsável técnico registrado. “É o momento de reorganizar as propriedades, fazer os ajustes necessários e assegurar que as legislações sejam cumpridas. Isso é fundamental para a sustentabilidade do setor,” destacou o presidente.
Pegada de carbono
Outro tema amplamente debatido foi a pegada de carbono, apresentado pelo chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe. Ele explicou que esse conceito se refere à quantidade de carbono equivalente emitido para cada quilo de carne suína produzido. “A pegada de carbono pode parecer um termo complicado, mas trata-se de medir o impacto ambiental de toda a cadeia produtiva,” esclareceu Krabbe.
Segundo ele, o objetivo é tornar a produção mais eficiente e sustentável. “Nosso foco é reduzir as emissões de carbono sem comprometer a produtividade. Já fazemos muitas coisas bem feitas, mas precisamos mensurar esses resultados para comprovar a eficiência da nossa produção,” acrescentou Krabbe. Ele também explicou que a Embrapa está trabalhando em um protocolo de sustentabilidade para a carne suína brasileira, que incluirá práticas como o uso racional de água, manejo adequado de dejetos e bem-estar animal.
Os desafios do setor
Davi Spricigo, empresário rural e um dos participantes do encontro, destacou a importância do evento para os produtores entenderem as novas demandas e ações que precisam ser adotadas. “Tivemos um diálogo aberto, onde foi possível ouvir os desafios enfrentados por cada um. Hoje, discutimos ações fundamentais para a sustentabilidade da suinocultura, que está apoiada em um tripé social, econômico e ambiental,” explicou Davi. Ele também fez um apelo para que as autoridades considerem as dificuldades das pequenas propriedades na adequação às novas regras. “Precisamos de apoio e prazos adequados para que todos possam se ajustar,” pontuou.
Valdir Colatto, secretário da Agricultura e Pecuária, reforçou o compromisso do governo de Santa Catarina em apoiar os suinocultores no cumprimento das novas exigências. “O status sanitário de Santa Catarina é um patrimônio que precisamos manter, mas não podemos impor normas que sejam impossíveis de cumprir. É necessário buscar soluções viáveis e oferecer linhas de crédito para investimentos,” afirmou o secretário.
Conexão
O encontro também reforçou a importância dos produtores estarem conectados à ACCS para se manterem atualizados sobre as mudanças no setor e sobre as exigências que impactam diretamente as propriedades rurais. "A ACCS está aqui para apoiar e representar os suinocultores, garantindo que todos tenham acesso às informações necessárias para se adaptarem às novas regulamentações e manterem a competitividade de suas produções," concluiu Losivanio.
O evento foi avaliado como positivo por todos os presentes, mostrando a necessidade de união do setor em um momento de grandes transformações. "Estamos prontos para enfrentar os desafios, mas para isso precisamos caminhar juntos," sintetizou Everton Krabbe, da Embrapa.
Próxima reunião
Para continuar as discussões e expandir o alcance das informações, a ACCS já planeja um novo encontro na região sul de Santa Catarina nesta semana, levando os mesmos temas aos produtores da região.
ASCOM