Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes no mês de julho segundo os estudos mensais da Central de Inteligência de Aves e Suínos, da Embrapa Suínos e Aves. O ICPSuíno subiu 1,66% no mês de julho em relação a junho, encerrando o período de quatro meses de queda consecutivas (desde março), e fechando em 335,03 pontos. Já o ICPFrango manteve a sequência mensal de queda desde março e encerrou julho com uma variação de -3,08% em relação ao mês anterior, registrando 335,17 pontos.

No caso do ICPSuíno, a maior influência foi a redução no item nutrição, com alta de 1,27% de variação e um peso de 73,24% na composição do custo total. Apesar disso, o ICPSuíno acumulado no ano é de -27,47% e, nos últimos 12 meses, de -22,40%. Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina em julho chegou a R$ 5,86, um aumento de R$ 0,10 por quilo vivo em relação a junho.

Em julho, o ICPFrango apresentou queda na maioria dos itens de custos, incluindo nutrição (-3,69% e um peso de 66,58% na composição do custo total), e aquisição dos pintos de um dia (-3,71%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva em julho foi de R$ 4,33, o que representa R$ 0,14 a menos que em comparação a junho. No ano, o ICPFrango acumula -21,78% e, nos últimos 12 meses, uma variação de -20,57%.

Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente. 

(Fonte: Lucas Scherer Cardoso/Ascom/Embrapa Suínos e Aves)