Educação

05 dez 18 | 19h56 Por Rádio Aliança

“Foi bem triste, pensei que iria morrer”, diz professora agredida

Mãe bateu em educadora de Concórdia na presença de crianças com quatro anos de idade

“Foi bem triste, pensei que iria morrer”, diz professora agredida
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“Foi bem triste, nunca vivi um momento assim. Eu pensei que iria morrer”. A afirmação é da professora que foi agredida pela mãe de uma aluna em uma escola de Concórdia, na tarde da terça-feira, 4 de dezembro. A agressão ocorreu dentro da sala de aula e na presença de crianças na faixa etária dos quatro anos.

 

Emocionada, a professora que prefere não ter o nome divulgado, diz que está chocada e ainda sente dores pelo corpo. Em conversa com o Jornalismo da Rádio Aliança, ela relatou que a menina costumava chegar à escola com sono. “Teve um dia que ela chorava muito com dor de estômago e cabeça, e disse que não tinha comido. A menina gemia de dor”, conta a professora.  A conduta adotada pela direção da escola foi ligar para a mãe, que foi até o educandário. “Eu falei para a mãe que a criança estava com fome e fraca”, comenta.

 

Na última sexta-feira, 30 de novembro, a mãe da criança ligou para a escola fazendo ameaças à educadora. A mulher relatou à diretora da unidade que tinha recebido uma ligação do Conselho Tutelar e acusou a professora de ter feito a denúncia. “Ela disse que iria me pegar”, frisa a professora.

 

Na tarde da terça-feira, a mãe foi até a escola para conversar com a professora, que foi orientada a não recebê-la naquele momento e encaminhá-la à direção. A mulher invadiu a sala de aula aos gritos. “Ela disse que iria me fazer muito mal. Os aluninhos se assustaram e gritavam muito, alguns até fizeram xixi nas calças. Como a sala é mais afastada ninguém ouvia. As crianças gritavam desesperadamente”, afirma a professora.

 

A agressão ocorreu quando a educadora pegou o celular para chamar a polícia. “Ela me agarrou no pescoço e neste momento chegou um professor que a tirou da sala. Pensei que iria morrer. Imagina se ela tivesse uma arma ou algo assim?”, diz a professora, que está chocada com o fato e relata ainda sentir muitas dores. “Estou toda marcada e doída. Foi um terror”.

 

A professora destaca que não foi a responsável pela denúncia feita ao Conselho Tutelar. “Estou com a consciência tranquila e poderia ter morrido sem ter culpa de nada”.

 

A agressora relatou à polícia que foi até a escola para conversar com a professa, ficou nervosa e acabou agredindo a educadora. A Polícia Militar fez um Termo Circunstanciado e já está agendada uma audiência judicial para o mês de março. A professora também passou por exames no Instituto Geral de Perícias. Ela voltará ao trabalho nesta quinta-feira, 6 de dezembro.

 

A professora é servidora da rede municipal de ensino. O secretário de Educação, Neuri Comin, foi procurado pelo Jornalismo da Rádio Aliança e disse que prefere não se manifestar neste momento. Segundo ele, um boletim de ocorrência foi registrado e os fatos já estão sendo apurados.

 

05 dez 18 | 19h56 Por Rádio Aliança

“Foi bem triste, pensei que iria morrer”, diz professora agredida

Mãe bateu em educadora de Concórdia na presença de crianças com quatro anos de idade

“Foi bem triste, pensei que iria morrer”, diz professora agredida

“Foi bem triste, nunca vivi um momento assim. Eu pensei que iria morrer”. A afirmação é da professora que foi agredida pela mãe de uma aluna em uma escola de Concórdia, na tarde da terça-feira, 4 de dezembro. A agressão ocorreu dentro da sala de aula e na presença de crianças na faixa etária dos quatro anos.

 

Emocionada, a professora que prefere não ter o nome divulgado, diz que está chocada e ainda sente dores pelo corpo. Em conversa com o Jornalismo da Rádio Aliança, ela relatou que a menina costumava chegar à escola com sono. “Teve um dia que ela chorava muito com dor de estômago e cabeça, e disse que não tinha comido. A menina gemia de dor”, conta a professora.  A conduta adotada pela direção da escola foi ligar para a mãe, que foi até o educandário. “Eu falei para a mãe que a criança estava com fome e fraca”, comenta.

 

Na última sexta-feira, 30 de novembro, a mãe da criança ligou para a escola fazendo ameaças à educadora. A mulher relatou à diretora da unidade que tinha recebido uma ligação do Conselho Tutelar e acusou a professora de ter feito a denúncia. “Ela disse que iria me pegar”, frisa a professora.

 

Na tarde da terça-feira, a mãe foi até a escola para conversar com a professora, que foi orientada a não recebê-la naquele momento e encaminhá-la à direção. A mulher invadiu a sala de aula aos gritos. “Ela disse que iria me fazer muito mal. Os aluninhos se assustaram e gritavam muito, alguns até fizeram xixi nas calças. Como a sala é mais afastada ninguém ouvia. As crianças gritavam desesperadamente”, afirma a professora.

 

A agressão ocorreu quando a educadora pegou o celular para chamar a polícia. “Ela me agarrou no pescoço e neste momento chegou um professor que a tirou da sala. Pensei que iria morrer. Imagina se ela tivesse uma arma ou algo assim?”, diz a professora, que está chocada com o fato e relata ainda sentir muitas dores. “Estou toda marcada e doída. Foi um terror”.

 

A professora destaca que não foi a responsável pela denúncia feita ao Conselho Tutelar. “Estou com a consciência tranquila e poderia ter morrido sem ter culpa de nada”.

 

A agressora relatou à polícia que foi até a escola para conversar com a professa, ficou nervosa e acabou agredindo a educadora. A Polícia Militar fez um Termo Circunstanciado e já está agendada uma audiência judicial para o mês de março. A professora também passou por exames no Instituto Geral de Perícias. Ela voltará ao trabalho nesta quinta-feira, 6 de dezembro.

 

A professora é servidora da rede municipal de ensino. O secretário de Educação, Neuri Comin, foi procurado pelo Jornalismo da Rádio Aliança e disse que prefere não se manifestar neste momento. Segundo ele, um boletim de ocorrência foi registrado e os fatos já estão sendo apurados.