Nossa Opinião

Eleição da Câmara! Para Pacheco é preciso "muita calma nessa hora"

por: Rádio Aliança

É natural e perfeitamente compreensível a postura do prefeito Rogério Pacheco sobre o resultado da eleição que conduziu Mauro Fretta, do PSB, ao comando da Câmara de Vereadores de Concórdia, com o apoio da oposição. Em entrevista à Rádio Aliança hoje pela parte da manhã, Pacheco afirmou que qualquer decisão a partir de agora tem que ser tomada com calma e não deixa claro sobre o futuro do PSB no Governo Municipal.


Após o episódio que marcou a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, cujo resultado não foi aquilo costurado pela situação, em torno do nome de Jaderson Miguel, o prefeito Pacheco se manifestou pela primeira vez sobre o fato. Ele fez questão de ressaltar que os poderes são independentes e que, mesmo assim, torce para que fatores políticos não se sobreponham aos interesses de Concórdia. O recado foi claro, uma vez que, além do PSB, a nova composição conta com o MDB e o PT, partidos de oposição.


Se eu, Jocimar Soares, fosse apostar em um desfecho, apostaria minhas fichas na saída do PSB do governo num prazo máximo que vai até o fim do primeiro semestre do próximo ano. Já falei sobre isso e baseio esse meu ponto de vista no distanciamento que já vinha sendo percebido entre esse partido e o Governo Municipal, algo que até então vinha sendo administrado. E esse distanciamento, Pacheco também deixou escapar nas entrelinhas durante entrevista.


O prefeito de Concórdia também falou uma frase que deixa margens para interpretações, "agora quando se toma uma decisão, ele tem que saber quais são as consequências". Resta saber quais são as consequências, que Pacheco se refere. Ele também destacou que "nós temos que compartilhar e atender quem esteve apoiando os encaminhamentos dentro do grupo da situação". A minha leitura sobre essa fala é que, no mínimo, o distanciamento entre Executivo e PSB ficará maior a partir de agora!


Este espaço também ressaltou que uma posição do Executivo Municipal em relação ao assunto será tema de cobrança de parte dos vereadores da própria base e isso foi explicitado tão logo acabou a Sessão da Câmara de Vereadores da última terça-feira, dia 11. O fato do PSB, que está na base do Governo Municipal, compor com a oposição não foi bem digerida pela própria situação.


Como foi comentado ontem, a política também vive do seu "dia após dia"! O tempo é aliado para mostrar o que deve ser feito, para as melhores decisões a serem tomadas, para desacortinar um horizonte e para baixar a poeira e apaziguar os ânimos. Talvez a situação que se criou em face do resultado da eleição da Câmara de Vereadores tenha um desfecho positivo, o que não pode ser descartado, embora seja uma possibilidade remota nesse momento.

 

Mesmo tendo um parlamentar, o PSB também está sendo determinante para que o Governo Municipal tenha maioria no Legislativo Municipal. E um rompimento pode relegar o bloco governista ao papel de minoria, o que não seria interessante para o Governo Municipal, ainda mais neste momento.


Porém, neste caso, cabe a pergunta! Vale a pena ter a maioria no Legislativo e ter que enfrentar uma hipotética pressão interna da própria base?