Agronegócio

02 mai 19 | 6h00 Por Rádio Aliança

Crise do suíno na China pode ser benéfica para a BRF

Análise é de especialistas e acreditam que a empresa vá se valorizar ainda mais.

Crise do suíno na China pode ser benéfica para a BRF
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O surto de gripe suína na China foi o grande responsável pela disparada do frigoríco BRF até aqui. Só em abril, os papéis
da companhia (BRFS3) já subiram 34,66%. E, mesmo assim, analistas e gestores acreditam que a ação vai subir ainda mais.


Mais do que a crise na China em si, benéca para todas as empresas brasileiras desse setor, a explicação para o otimismo com a BRF está no momento em que a gripe surge: justamente


“A crise vem no momento em que a BRF mais precisa. Vai ajudar a companhia a gerar mais caixa, reduzir a dívida e retomar negociações para exportação”, arma Luiz Paulo Aranha, sócio e gestor da Moat Capital, que comentou sobre a empresa durante do podcast Stock Pickers (https://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/8258870/gestores-daalaska-moat-e-pern-discutem-acoes-em-novo-podcast-do-infomoney-ouca-), que reúne grandes gestores do mercado.

 

Na outra ponta, a companhia brasileira deve ser beneciada pelo aumento não apenas na demanda por suínos (que equivalem a 6% de sua receita e 10% das exportações), mas também pelo aumento na demanda por suas aves (como proteína substituta para a carne.

 

Essa expectativa beneciou tanto as ações da BRF (alta de 34,6% no mês e 39% no ano) quanto da JBS (alta de 21% no mês e 66,7% no ano). Mas após a escalada, bancos já começaram cortar a recomendação de JBS (JBSS3(https://www.infomoney.com.br/jbsfriboi-jbss3)). O Bradesco BBI rebaixou as ações para “neutra” e o Citi para “venda” — ressaltando que a crise na China estaria superestimada no preço atual dos papéis.


Na BRF, analistas acreditam que há potencial para uma maior valorização. Com as ações atualmente em R$ 30,50, o Bradesco BBI tem recomendação com preço alvo a R$ 35,00 e o Goldman Sachs, a R$ 32,00. “O momento exato e a magnitude desses impactos [da gripen suína na China] ainda é difícil de determinar (...). Dito isso, nós acreditamos que a
magnitude da febre suína deve ser positiva para o Brasil”, armam analistas do Goldman Sachs em relatório.

 

A melhora na BRF


Há pouco mais de um mês o mercado vinha aumentando as apostas de que a BRF teria que fazer uma oferta de ações para reduzir sua dívida. Isso porque a gestão Pedro Parente não conseguiu cumprir o plano de reforçar o caixa da empresa em R$ 5 bilhões com a venda de ativos.


O plano de reestruturação de Parente foi concluído em fevereiro deste ano e o total captado cou em R$ 4,06 bilhões. “A emissão de ações era a última alternativa para reduzir a dívida da companhia, mas, graças à crise na China, ela não será necessária”, arma Aranha.


Com o aumento da demanda por proteína e a queda nos preços dos insumos, o Goldman Sachs estima que a BRF deve atingir a sua meta de alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) de 3,65 vezes em 2019 e 3 vezes em 2020, ante as estimativas iniciais do banco de um alavancagem de 6,4 vezes em 2019 e 3,6 vezes em 2020.

 


Aranha, da Moat, acredita que a gripe suína deve gerar um Ebitda extra para a BRF pelos próximos dois anos — tempo suciente para ajudá-la a desalavancar e focar mais em seus outros problemas.

 


Reduzir a dívida era a principal meta da gestão Pedro Parente, que assumiu a companhia em junho do ano passado. O executivo deixará o cargo de diretor presidente global da 01/05/2019 “A crise dos porcos veio na hora certa e BRF vai subir ainda mais”, diz gestor - InfoMoney https://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/8263515/a-crise-dos-porcos-veio-na-hora-certa-e-brf-vai-subir-ainda-mais-di… 5/13 executivo global, ocupará a presidência da empresa e Parente seguirá como presidente do conselho da BRF. 

 


Caberá ao novo CEO a missão de renegociar contratos para a exportação de carnes da BRF, após os embargos desencadeados pela Operação Trapaça, e recuperar a rentabilidade das principais marcas da BRF, Sadia e Perdigão.

 


A nova gestão começará com uma baixa importante na equipe. Ivan Monteiro, que era vice-presidente nanceiro e de relações com investidores desde fevereiro, renunciou ao cargo na quinta-feira (25) por recomendação médica. Quem entrar em seu lugar deve pegar uma tarefa um pouco mais leve para resolver, garantem analistas.

 

(Fonte: Infomoney)

02 mai 19 | 6h00 Por Rádio Aliança

Crise do suíno na China pode ser benéfica para a BRF

Análise é de especialistas e acreditam que a empresa vá se valorizar ainda mais.

Crise do suíno na China pode ser benéfica para a BRF

O surto de gripe suína na China foi o grande responsável pela disparada do frigoríco BRF até aqui. Só em abril, os papéis
da companhia (BRFS3) já subiram 34,66%. E, mesmo assim, analistas e gestores acreditam que a ação vai subir ainda mais.


Mais do que a crise na China em si, benéca para todas as empresas brasileiras desse setor, a explicação para o otimismo com a BRF está no momento em que a gripe surge: justamente


“A crise vem no momento em que a BRF mais precisa. Vai ajudar a companhia a gerar mais caixa, reduzir a dívida e retomar negociações para exportação”, arma Luiz Paulo Aranha, sócio e gestor da Moat Capital, que comentou sobre a empresa durante do podcast Stock Pickers (https://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/8258870/gestores-daalaska-moat-e-pern-discutem-acoes-em-novo-podcast-do-infomoney-ouca-), que reúne grandes gestores do mercado.

 

Na outra ponta, a companhia brasileira deve ser beneciada pelo aumento não apenas na demanda por suínos (que equivalem a 6% de sua receita e 10% das exportações), mas também pelo aumento na demanda por suas aves (como proteína substituta para a carne.

 

Essa expectativa beneciou tanto as ações da BRF (alta de 34,6% no mês e 39% no ano) quanto da JBS (alta de 21% no mês e 66,7% no ano). Mas após a escalada, bancos já começaram cortar a recomendação de JBS (JBSS3(https://www.infomoney.com.br/jbsfriboi-jbss3)). O Bradesco BBI rebaixou as ações para “neutra” e o Citi para “venda” — ressaltando que a crise na China estaria superestimada no preço atual dos papéis.


Na BRF, analistas acreditam que há potencial para uma maior valorização. Com as ações atualmente em R$ 30,50, o Bradesco BBI tem recomendação com preço alvo a R$ 35,00 e o Goldman Sachs, a R$ 32,00. “O momento exato e a magnitude desses impactos [da gripen suína na China] ainda é difícil de determinar (...). Dito isso, nós acreditamos que a
magnitude da febre suína deve ser positiva para o Brasil”, armam analistas do Goldman Sachs em relatório.

 

A melhora na BRF


Há pouco mais de um mês o mercado vinha aumentando as apostas de que a BRF teria que fazer uma oferta de ações para reduzir sua dívida. Isso porque a gestão Pedro Parente não conseguiu cumprir o plano de reforçar o caixa da empresa em R$ 5 bilhões com a venda de ativos.


O plano de reestruturação de Parente foi concluído em fevereiro deste ano e o total captado cou em R$ 4,06 bilhões. “A emissão de ações era a última alternativa para reduzir a dívida da companhia, mas, graças à crise na China, ela não será necessária”, arma Aranha.


Com o aumento da demanda por proteína e a queda nos preços dos insumos, o Goldman Sachs estima que a BRF deve atingir a sua meta de alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) de 3,65 vezes em 2019 e 3 vezes em 2020, ante as estimativas iniciais do banco de um alavancagem de 6,4 vezes em 2019 e 3,6 vezes em 2020.

 


Aranha, da Moat, acredita que a gripe suína deve gerar um Ebitda extra para a BRF pelos próximos dois anos — tempo suciente para ajudá-la a desalavancar e focar mais em seus outros problemas.

 


Reduzir a dívida era a principal meta da gestão Pedro Parente, que assumiu a companhia em junho do ano passado. O executivo deixará o cargo de diretor presidente global da 01/05/2019 “A crise dos porcos veio na hora certa e BRF vai subir ainda mais”, diz gestor - InfoMoney https://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/8263515/a-crise-dos-porcos-veio-na-hora-certa-e-brf-vai-subir-ainda-mais-di… 5/13 executivo global, ocupará a presidência da empresa e Parente seguirá como presidente do conselho da BRF. 

 


Caberá ao novo CEO a missão de renegociar contratos para a exportação de carnes da BRF, após os embargos desencadeados pela Operação Trapaça, e recuperar a rentabilidade das principais marcas da BRF, Sadia e Perdigão.

 


A nova gestão começará com uma baixa importante na equipe. Ivan Monteiro, que era vice-presidente nanceiro e de relações com investidores desde fevereiro, renunciou ao cargo na quinta-feira (25) por recomendação médica. Quem entrar em seu lugar deve pegar uma tarefa um pouco mais leve para resolver, garantem analistas.

 

(Fonte: Infomoney)