Nossa Opinião

11 mar 19 | 12h47 Por Rádio Aliança

Violência doméstica: A solução passa pelo verdadeiro "empoderamento feminino"

Número de casos de violência doméstica em Concórdia está dentro da média nacional. O problema é que essa média é alta.

Violência doméstica: A solução passa pelo verdadeiro "empoderamento feminino"
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Mesmo estando dentro da média brasileira, o número de boletins de ocorrência de violência doméstica registrado em Concórdia somente neste ano é assustador e merece uma reflexão aprofundada sobre o assunto. 


A reportagem da Rádio Aliança levantou que, até a última semana, foram duzentos B.Os registrados na Polícia Civil de Concórdia de violência doméstica, a conhecida Maria da Penha. É uma média diária de três ocorrências que chegam até as autoridades. Porém, certamente esse número é maior, haja vista que muitas mulheres sofrem todo o tipo de violência no seio familiar e não comunicam às autoridades. Ficam quietas. 


Só para se ter uma ideia, a reportagem da Rádio Aliança fez um levantamento da região e neste mesmo período foram 250 casos de violência doméstica.


O objetivo desse comentário não é dissecar os motivos, razões e circunstâncias desses casos. Também não é estabelecer uma espécie de criminalização geral da figura masculina. Mas sim, chamar a atenção da mulher para o exercício do seu direito de resguardar e proteger a sua integridade física e moral.


Se você mulher, que está lendo esse comentário, por alguma razão, está se sentido vítima de violência doméstica, seja física, verbal ou moral, procure a Polícia Civil e reporte esta situação. Nesse momento, a melhor alternativa é essa iniciativa. Nem que para isso seja necessário superar obstáculos como o medo, a vergonha e o possível estigma social.


Fazendo isso, você mulher estará sendo precursora do tão falado "empoderamento feminino", que não tem nada a ver com política ou qualquer coisa do gênero que aparecem nas redes sociais. Empoderamento feminino é dar poder a si mesma para traçar o seu caminho e buscar os seus objetivos. Acredite! Ser feliz é o seu direito sagrado! Resguardar a sua integridade física e moral, também. Tudo depende de você.


Na última semana, abordamos esse assunto no Mesa Redonda. Recebemos vários testemunhos de violência doméstica ou de situações em que a mulher é colocada numa situação de inferiorização dentro do próprio lar. Em um dos casos, uma mulher, que não quis se identificar, disse que o marido cometeu adultério e, em função disso, ambos dormem em quartos separados e debaixo do mesmo teto. Só estão juntos por causa dos filhos. Não é um caso de violência explícita, mas vejo que esse casal está vivendo numa situação de um "suportar" o outro. Não é via de regra e em casos assim, a situação fica permanentemente nisso. Porém, a falta de sintonia e a falta de amor como neste caso pode ser um combustível para que haja um desfecho de violência, seja ela qual for.


Eu não sou o saudoso radialista Paulo Barboza, lá de São Paulo, morto no ano passado por causa de um ataque cardíaco. Em seus programas, ele servia de ombro amigo para o público feminino com seus diversos problemas e anseios. Era uma espécie de conselheiro das suas ouvintes. Ele ouvia e apontava possíves caminhos, tudo isso no microfone. Não quero esse papel! Porém, o conselho que fica nesse caso é, esgotada todas as possibilidades de reconciliação, o homem e a mulher devem procurar seguir o seu caminho, não mais como um casal! 


Se muitos dos pontos que compreendem a cultura patriarcal hoje são antiquadas para os tempos considerados modernos, cabe as mulheres estabelecerem a cultura do amor próprio, que também ajudará no processo de consolidação da ascensão social da figura feminina, dentro e fora do lar. Nessa escalada, o respeito virá na carona. 

 

11 mar 19 | 12h47 Por Rádio Aliança

Violência doméstica: A solução passa pelo verdadeiro "empoderamento feminino"

Número de casos de violência doméstica em Concórdia está dentro da média nacional. O problema é que essa média é alta.

Violência doméstica: A solução passa pelo verdadeiro "empoderamento feminino"

Mesmo estando dentro da média brasileira, o número de boletins de ocorrência de violência doméstica registrado em Concórdia somente neste ano é assustador e merece uma reflexão aprofundada sobre o assunto. 


A reportagem da Rádio Aliança levantou que, até a última semana, foram duzentos B.Os registrados na Polícia Civil de Concórdia de violência doméstica, a conhecida Maria da Penha. É uma média diária de três ocorrências que chegam até as autoridades. Porém, certamente esse número é maior, haja vista que muitas mulheres sofrem todo o tipo de violência no seio familiar e não comunicam às autoridades. Ficam quietas. 


Só para se ter uma ideia, a reportagem da Rádio Aliança fez um levantamento da região e neste mesmo período foram 250 casos de violência doméstica.


O objetivo desse comentário não é dissecar os motivos, razões e circunstâncias desses casos. Também não é estabelecer uma espécie de criminalização geral da figura masculina. Mas sim, chamar a atenção da mulher para o exercício do seu direito de resguardar e proteger a sua integridade física e moral.


Se você mulher, que está lendo esse comentário, por alguma razão, está se sentido vítima de violência doméstica, seja física, verbal ou moral, procure a Polícia Civil e reporte esta situação. Nesse momento, a melhor alternativa é essa iniciativa. Nem que para isso seja necessário superar obstáculos como o medo, a vergonha e o possível estigma social.


Fazendo isso, você mulher estará sendo precursora do tão falado "empoderamento feminino", que não tem nada a ver com política ou qualquer coisa do gênero que aparecem nas redes sociais. Empoderamento feminino é dar poder a si mesma para traçar o seu caminho e buscar os seus objetivos. Acredite! Ser feliz é o seu direito sagrado! Resguardar a sua integridade física e moral, também. Tudo depende de você.


Na última semana, abordamos esse assunto no Mesa Redonda. Recebemos vários testemunhos de violência doméstica ou de situações em que a mulher é colocada numa situação de inferiorização dentro do próprio lar. Em um dos casos, uma mulher, que não quis se identificar, disse que o marido cometeu adultério e, em função disso, ambos dormem em quartos separados e debaixo do mesmo teto. Só estão juntos por causa dos filhos. Não é um caso de violência explícita, mas vejo que esse casal está vivendo numa situação de um "suportar" o outro. Não é via de regra e em casos assim, a situação fica permanentemente nisso. Porém, a falta de sintonia e a falta de amor como neste caso pode ser um combustível para que haja um desfecho de violência, seja ela qual for.


Eu não sou o saudoso radialista Paulo Barboza, lá de São Paulo, morto no ano passado por causa de um ataque cardíaco. Em seus programas, ele servia de ombro amigo para o público feminino com seus diversos problemas e anseios. Era uma espécie de conselheiro das suas ouvintes. Ele ouvia e apontava possíves caminhos, tudo isso no microfone. Não quero esse papel! Porém, o conselho que fica nesse caso é, esgotada todas as possibilidades de reconciliação, o homem e a mulher devem procurar seguir o seu caminho, não mais como um casal! 


Se muitos dos pontos que compreendem a cultura patriarcal hoje são antiquadas para os tempos considerados modernos, cabe as mulheres estabelecerem a cultura do amor próprio, que também ajudará no processo de consolidação da ascensão social da figura feminina, dentro e fora do lar. Nessa escalada, o respeito virá na carona.