Nossa Opinião

21 fev 19 | 13h12 Por Rádio Aliança

Preço da gasolina: as justificativas vão muito além do que o senso comum imagina

A única alternativa para o consumidor é a famosa pesquisa para descobrir o estabelecimento mais em conta.

Preço da gasolina: as justificativas vão muito além do que o senso comum imagina
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Analisando as explanações dos responsáveis pelas agências do Procon de Concórdia e de Chapecó, dá para concluir que a questão do valor dos combustíveis que são praticados, no nosso caso em Concórdia, vai muito além do que o senso comum imagina e acaba sendo exprimido pelas redes sociais.

 

Nesta semana, o assunto foi debatido na Câmara de Vereadores. Na terça-feira, dia 19, esteve presente o chefe do órgão de Concórdia, Clademir Bee, que disse que ser prerrogativa do Procon "determinar preço de produtos”, neste caso, o combustível. 

 

E não é mesmo! A Constituição determina o livre comércio e isso também redunda na livre precificação, ou seja, o empresário coloca o preço que quiser, conforme a margem de lucro que ele deseja. Neste caso, a arma do consumidor é a pesquisa, cuja ferramenta possibilita a descoberta de estabelecimentos que vendam o mesmo produto ou similar com preço mais em conta. No caso da gasolina, a premissa é a mesma! No que pese o valor médio da gasolina, praticado pelos estabelecimentos em Concórdia, estar acima dos R$ 4,00, a diferença em centavos do estabelecimento mais caro para o mais barato é considerável. Então, o negócio é bater perna, comparar preços, optar pelo mais em conta e economizar.

 

Conforme o Procon de Concórdia, o "X" da questão está no valor que as distribuidoras de combustíveis aplicam para vender o produto aos postos da Capital do Trabalho. Conforme levantamento do próprio Procon, os estabelecimentos daqui já pagam o maior preço do estado pelo litro da gasolina junto às distribuidoras. O motivo disso não se sabe. O que se sabe é que a fiscalização do valor praticado pelas distribuidoras para os postos é incumbência da Agência Nacional do Petróleo, ANP, que é o órgão que deve responder essa pergunta. Os postos daqui apenas repassam esse valor para o consumidor, mantendo a sua margem de lucratividade. Quanto ao Procon, lhe compete somente fiscalizar se o valor da placa ou do cartaz é o mesmo que está na bomba.

 

Por outro lado cabe dizer que, conforme esse mesmo estudo, o valor que é cobrados pelas distribuidoras dos postos de Chapecó é mais barato do que Concórdia. Talvez (repito! Talvez) por isso que na maior cidade do Oeste ainda é possível encontrar a gasolina com valor inferior aos R$ 4,00 o litro. Realidade bem diferente daqui.

 

Por falar em Chapecó, o coordenador executivo do Procon de Chapecó, Paulo Luiz Balancelli, também esteve na Câmara de Vereadores de Concórdia na manhã desta quinta-feira, dia 21. Pela fala dele, no meu entendimento, a prerrogativa do Procon de lá é o mesmo do Procon de cá! Porém, o órgão de defesa do consumidor de Chapecó fez algo mais. Percebendo que os estabelecimentos da maior cidade do Oeste não estavam repassando para os consumidores a diminuição no valor do litro dos combustíveis, anunciada pela Petrobrás no fim do ano passado, o órgão resolveu agir. O Procon de Chapecó estabeleceu um diálogo com cada empresário e fez uma recomendação para que houvesse o repasse dessa diminuição no valor para os consumidores, na medida do possível. Tal recomendação foi acatada pelos empresários de lá também sob a argumentação de que se houvesse a prática de um valor elevado, sem justificativa, poderia implicar na prática de preço abusivo, o que é crime!

 

Tanto lá, como cá, conforme o Procon, não houve constatação de prática de preço abusivo. Todos os estabelecimentos justificaram o valor que estava ou está sendo cobrado na Bomba.

 

Em Concórdia, também houve essa redução! Talvez não na velocidade e na proporção imaginadas, mas houve! Lógico, que o amigo leitor não está feliz com o valor da gasolina nos postos da Capital do Trabalho. Eu também não estou! Mas é preciso conhecer a dinâmica do mercado para compreender que neste caso, motoristas e empresários estão no mesmo lado da trincheira. Diferente do processo de "vilanização" dos empresários, ou seja apontar possíveis vilões, que está ocorrendo especialmente nas redes sociais. Na medida que a gente fica insatisfeito com o preço, compete a nós mesmos mudar essa realidade ou diminuir o impacto. A ferramenta é a pesquisa! 

21 fev 19 | 13h12 Por Rádio Aliança

Preço da gasolina: as justificativas vão muito além do que o senso comum imagina

A única alternativa para o consumidor é a famosa pesquisa para descobrir o estabelecimento mais em conta.

Preço da gasolina: as justificativas vão muito além do que o senso comum imagina

Analisando as explanações dos responsáveis pelas agências do Procon de Concórdia e de Chapecó, dá para concluir que a questão do valor dos combustíveis que são praticados, no nosso caso em Concórdia, vai muito além do que o senso comum imagina e acaba sendo exprimido pelas redes sociais.

 

Nesta semana, o assunto foi debatido na Câmara de Vereadores. Na terça-feira, dia 19, esteve presente o chefe do órgão de Concórdia, Clademir Bee, que disse que ser prerrogativa do Procon "determinar preço de produtos”, neste caso, o combustível. 

 

E não é mesmo! A Constituição determina o livre comércio e isso também redunda na livre precificação, ou seja, o empresário coloca o preço que quiser, conforme a margem de lucro que ele deseja. Neste caso, a arma do consumidor é a pesquisa, cuja ferramenta possibilita a descoberta de estabelecimentos que vendam o mesmo produto ou similar com preço mais em conta. No caso da gasolina, a premissa é a mesma! No que pese o valor médio da gasolina, praticado pelos estabelecimentos em Concórdia, estar acima dos R$ 4,00, a diferença em centavos do estabelecimento mais caro para o mais barato é considerável. Então, o negócio é bater perna, comparar preços, optar pelo mais em conta e economizar.

 

Conforme o Procon de Concórdia, o "X" da questão está no valor que as distribuidoras de combustíveis aplicam para vender o produto aos postos da Capital do Trabalho. Conforme levantamento do próprio Procon, os estabelecimentos daqui já pagam o maior preço do estado pelo litro da gasolina junto às distribuidoras. O motivo disso não se sabe. O que se sabe é que a fiscalização do valor praticado pelas distribuidoras para os postos é incumbência da Agência Nacional do Petróleo, ANP, que é o órgão que deve responder essa pergunta. Os postos daqui apenas repassam esse valor para o consumidor, mantendo a sua margem de lucratividade. Quanto ao Procon, lhe compete somente fiscalizar se o valor da placa ou do cartaz é o mesmo que está na bomba.

 

Por outro lado cabe dizer que, conforme esse mesmo estudo, o valor que é cobrados pelas distribuidoras dos postos de Chapecó é mais barato do que Concórdia. Talvez (repito! Talvez) por isso que na maior cidade do Oeste ainda é possível encontrar a gasolina com valor inferior aos R$ 4,00 o litro. Realidade bem diferente daqui.

 

Por falar em Chapecó, o coordenador executivo do Procon de Chapecó, Paulo Luiz Balancelli, também esteve na Câmara de Vereadores de Concórdia na manhã desta quinta-feira, dia 21. Pela fala dele, no meu entendimento, a prerrogativa do Procon de lá é o mesmo do Procon de cá! Porém, o órgão de defesa do consumidor de Chapecó fez algo mais. Percebendo que os estabelecimentos da maior cidade do Oeste não estavam repassando para os consumidores a diminuição no valor do litro dos combustíveis, anunciada pela Petrobrás no fim do ano passado, o órgão resolveu agir. O Procon de Chapecó estabeleceu um diálogo com cada empresário e fez uma recomendação para que houvesse o repasse dessa diminuição no valor para os consumidores, na medida do possível. Tal recomendação foi acatada pelos empresários de lá também sob a argumentação de que se houvesse a prática de um valor elevado, sem justificativa, poderia implicar na prática de preço abusivo, o que é crime!

 

Tanto lá, como cá, conforme o Procon, não houve constatação de prática de preço abusivo. Todos os estabelecimentos justificaram o valor que estava ou está sendo cobrado na Bomba.

 

Em Concórdia, também houve essa redução! Talvez não na velocidade e na proporção imaginadas, mas houve! Lógico, que o amigo leitor não está feliz com o valor da gasolina nos postos da Capital do Trabalho. Eu também não estou! Mas é preciso conhecer a dinâmica do mercado para compreender que neste caso, motoristas e empresários estão no mesmo lado da trincheira. Diferente do processo de "vilanização" dos empresários, ou seja apontar possíveis vilões, que está ocorrendo especialmente nas redes sociais. Na medida que a gente fica insatisfeito com o preço, compete a nós mesmos mudar essa realidade ou diminuir o impacto. A ferramenta é a pesquisa!