Nossa Opinião

20 fev 19 | 12h51 Por Rádio Aliança

A Administração não pode passar a impressão de que está "sentando no dinheiro"

Falta ou pouca informação sobre o assunto e margens para interpretação fazem com que a versão da oposição se sobressaia.

A Administração não pode passar a impressão de que está "sentando no dinheiro"
Imprimir

A Prefeitura de Concórdia não pode passar a impressão de que está "sentando encima do dinheiro". Digo isso baseado no rodeio de informações que volta e meia travestem todos os discursos sobre o assunto e a pouca clareza em alguns casos por parte da Administração Municipal, que mais provocam dúvidas ou fazem com que a versão da oposição se sobressaia nesta guerra de interpretações sobre o caixa financeiro do Executivo.

 

Ontem, esses números foram mostrados durante Audiência Pública para apresentação e avaliação do cumprimento das metas fiscais da Lei de Responsabilidade Fiscal do município, relativas ao 3º quadrimestre do ano passado, ou seja, os últimos quatro meses de 2018. Pelas informações que vieram da Assessoria da Câmara de Vereadores de Concórdia, relativas a esse encontro, o Executivo tem no caixa R$ 62.239.720,42. Desse total, os recursos livres - que não estão empenhados - ultrapassa os R$ 19 milhões. Entende-se como recursos livres o dinheiro que está livre, leve e solto e pode ser utilizado para uma pavimentação asfáltica, por exemplo. 

 

Resgatando no site da Rádio Aliança, no dia dez de dezembro do ano passado, o vice-prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, também esteve na Câmara de Vereadores e fez um balanço sobre as finanças do município. Os números eram referentes  até 31 de outubro de 2018. Naquela ocasião, a Administração de Concórdia estava com R$ 68,6 milhões na conta. Conforme o próprio Edilson Massocco, desse montante, R$ 4,5 milhões, na época estavam disponíveis para investimentos.

 

Mas o objetivo não é estabelecer comparações entre o que foi dito no fim do ano passado com o que foi tabulado e mostrado ontem. A intenção é chamar a atenção de que o Executivo Municipal precisa melhorar e a aprimorar a informação sobre o que de fato será feito com esse dinheiro dito livre e que está no caixa. No pendor do meu parco conhecimento sobre números e finanças, R$ 19 milhões disponíveis e livres é um baita dinheiro. Dá para fazer muita coisa. Acredito que muita gente pensa da mesma forma!

 

Porém, a falta ou pouca informação e esclarecimento sobre esse balanço financeiro acaba gerando confusão e isso afeta a opinião pública. Afinal de contas, com esse montante disponível, não fica difícil perguntar o motivo do Executivo Municipal ter empenhado nos últimos meses junto a Câmara de Vereadores vários pedidos de financiamentos para obras e realizações. Embora a utilização desses financiamentos não seja obrigatória, mesmo depois de aprovados.

 

Além da confusão, a livre interpretação dos números também pode servir de combustível para discursos, como o que foi feito hoje pela parte da manhã pelo presidente da Câmara de Vereadores de Concórdia, Mauro Fretta, do PSB. Claro que a fala do Fretta também esteve carregada com resquícios de um recente e conturbado desembarque do seu partido da Administração Municipal. Mas nem por isso, ele deixou de ser pertinente ao questionar sobre onde a Prefeitura de Concórdia pretende aplicar esse recurso livre e disponível. Esse questionamento também é meu!

 

A discussão sobre o caixa da Prefeitura de Concórdia não é recente. Vem pautando os debates desde o fim da gestão passada, quando o Governo Girardi/Santhier disse que deixaria a Prefeitura com mais de R$ 30 milhões na conta e desse total, R$ 10 milhões estavam empenhados. De lá para cá, o dito caixa sempre foi pauta nos debates da Câmara de Vereadores. 

 

O discurso da oposição sobre o caixa no início desta legislatura vem na mesma toada. Porém, na minha opinião, nunca ficou bem claro para mim o que de fato é, na visão da Administração Municipal, esse tal de recurso disponível e onde pretende-se investi-lo. Seria interessante o Executivo tratar publicamente sobre essa questão em específico e tentar esclarecer a já confusa opinião pública.

20 fev 19 | 12h51 Por Rádio Aliança

A Administração não pode passar a impressão de que está "sentando no dinheiro"

Falta ou pouca informação sobre o assunto e margens para interpretação fazem com que a versão da oposição se sobressaia.

A Administração não pode passar a impressão de que está "sentando no dinheiro"

A Prefeitura de Concórdia não pode passar a impressão de que está "sentando encima do dinheiro". Digo isso baseado no rodeio de informações que volta e meia travestem todos os discursos sobre o assunto e a pouca clareza em alguns casos por parte da Administração Municipal, que mais provocam dúvidas ou fazem com que a versão da oposição se sobressaia nesta guerra de interpretações sobre o caixa financeiro do Executivo.

 

Ontem, esses números foram mostrados durante Audiência Pública para apresentação e avaliação do cumprimento das metas fiscais da Lei de Responsabilidade Fiscal do município, relativas ao 3º quadrimestre do ano passado, ou seja, os últimos quatro meses de 2018. Pelas informações que vieram da Assessoria da Câmara de Vereadores de Concórdia, relativas a esse encontro, o Executivo tem no caixa R$ 62.239.720,42. Desse total, os recursos livres - que não estão empenhados - ultrapassa os R$ 19 milhões. Entende-se como recursos livres o dinheiro que está livre, leve e solto e pode ser utilizado para uma pavimentação asfáltica, por exemplo. 

 

Resgatando no site da Rádio Aliança, no dia dez de dezembro do ano passado, o vice-prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, também esteve na Câmara de Vereadores e fez um balanço sobre as finanças do município. Os números eram referentes  até 31 de outubro de 2018. Naquela ocasião, a Administração de Concórdia estava com R$ 68,6 milhões na conta. Conforme o próprio Edilson Massocco, desse montante, R$ 4,5 milhões, na época estavam disponíveis para investimentos.

 

Mas o objetivo não é estabelecer comparações entre o que foi dito no fim do ano passado com o que foi tabulado e mostrado ontem. A intenção é chamar a atenção de que o Executivo Municipal precisa melhorar e a aprimorar a informação sobre o que de fato será feito com esse dinheiro dito livre e que está no caixa. No pendor do meu parco conhecimento sobre números e finanças, R$ 19 milhões disponíveis e livres é um baita dinheiro. Dá para fazer muita coisa. Acredito que muita gente pensa da mesma forma!

 

Porém, a falta ou pouca informação e esclarecimento sobre esse balanço financeiro acaba gerando confusão e isso afeta a opinião pública. Afinal de contas, com esse montante disponível, não fica difícil perguntar o motivo do Executivo Municipal ter empenhado nos últimos meses junto a Câmara de Vereadores vários pedidos de financiamentos para obras e realizações. Embora a utilização desses financiamentos não seja obrigatória, mesmo depois de aprovados.

 

Além da confusão, a livre interpretação dos números também pode servir de combustível para discursos, como o que foi feito hoje pela parte da manhã pelo presidente da Câmara de Vereadores de Concórdia, Mauro Fretta, do PSB. Claro que a fala do Fretta também esteve carregada com resquícios de um recente e conturbado desembarque do seu partido da Administração Municipal. Mas nem por isso, ele deixou de ser pertinente ao questionar sobre onde a Prefeitura de Concórdia pretende aplicar esse recurso livre e disponível. Esse questionamento também é meu!

 

A discussão sobre o caixa da Prefeitura de Concórdia não é recente. Vem pautando os debates desde o fim da gestão passada, quando o Governo Girardi/Santhier disse que deixaria a Prefeitura com mais de R$ 30 milhões na conta e desse total, R$ 10 milhões estavam empenhados. De lá para cá, o dito caixa sempre foi pauta nos debates da Câmara de Vereadores. 

 

O discurso da oposição sobre o caixa no início desta legislatura vem na mesma toada. Porém, na minha opinião, nunca ficou bem claro para mim o que de fato é, na visão da Administração Municipal, esse tal de recurso disponível e onde pretende-se investi-lo. Seria interessante o Executivo tratar publicamente sobre essa questão em específico e tentar esclarecer a já confusa opinião pública.