Brasil

24 jan 19 | 11h51 Por Rádio Aliança

Mesmo com energia elétrica sobrando, ela ainda "falta"

Quedas no fornecimento de eletricidade no interior provoca prejuízos e forçam produtores a fazer investimentos.

Mesmo com energia elétrica sobrando, ela ainda "falta"
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Depois da reclamação de um vereador de Lindóia do Sul sobre o que ele considera como constantes quedas de energia elétrica no interior do município e de uma perda de dois mil frangos em função do calor, acentuado pela interrupção no abastecimento de energia elétrica, em duas comunidades de Ipumirim, a Rádio Aliança fez o que preconiza o jornalismo! Ir atrás da informação. Esses assuntos foram abordados nesta semana na programação jornalística da emissora!

 

Esses casos não são os únicos! Houve relatos de desabastecimentos e cortes no fornecimento de energia elétrica em outros pontos da região. Um dos últimos que chegou para a redação foi em Linha Alto Periquito, interior de Concórdia e também em localidades de Irani.

 

Bem verdade que nos últimos dias, houve pancadas de chuva torrencial, acompanhadas de vento. Essa situação fez com que galhos de árvore fossem arremessados e se chocassem contra a rede de alta tensão, provocando a interrupção. Isso era registrado quase que diariamente, não de forma generalizada. Mas em locais específicos e diferentes a cada dia. Tal situação fez com que a Celesc tivesse muito trabalho!

 

A reportagem da Rádio Aliança manteve contato com a gerência local da Celesc durante a manhã de hoje. Ela confirma que teve muito serviço em função dos temporais, mas também aponta outro motivo para os desligamentos. Conforme Jairo da Silva, gerente da unidade, técnicos da estatal estão percorrendo praticamente todas as linhas do interior para fazer o trabalho de roçada nas proximidades da rede elétrica. Em algumas situações, a vegetação está muito próxima dos cabos e, em alguns casos, os galhos de árvores estão emaranhados na própria rede. Para fazer essa limpeza, a energia elétrica acaba sendo desligada para garantir a segurança dos trabalhadores. O sistema volta a ser restabelecido, tão logo o serviço é concluído. Em alguns casos, pode levar horas!

 

Por outro lado, o comando da Celesc local garante que não há deficiência na carga de energia elétrica para a região. Os municípios recebem além da capacidade, ou seja, há energia de sobra mesmo com o aumento no consumo em função do calor, para o funcionamento de aparelhos de ar condicionado.

 

Independente dos fatores, temos que admitir. Se a falta de energia elétrica é um transtorno para quem mora na cidade. Para o interior, a situação fica mais complicada. Muitas propriedades possuem equipamentos que dependem de eletricidade para a produção agrícola e criação de animais. Além de ficarem parados em função da falta de energia elétrica, provocarem a morte de animais em função do calor e da falta de refrigeração, além do descarte da produção de leite, uma queda abrupta de energia também pode provocar danos no próprio equipamento, potencializando o prejuízo para o produtor rural.

 

Nesse caso, a saída é a compra de um gerador. Mas não é qualquer gerador. Tem que ser um equipamento de grande porte para atender a demanda da propriedade em caso de falta de energia elétrica. O problema é que esse tipo de equipamento não é barato e o investimento do produtor para garantir esse insumo certamente entra no custo de produção, mas não de remuneração.

 

A energia elétrica é um insumo, cuja importância é percebida na medida que ela deixa de ser fornecida, por várias razões. Porém, para o setor produtivo ela não deveria faltar, deveria ser abundante. Por falar em abundância, em algumas localidades a energia ainda é monofásica, ou seja, a rede não comporta carga maior. Que tal pensarmos em ampliar a rede trifásica para o interior? Fica o desafio para o novo governo!

24 jan 19 | 11h51 Por Rádio Aliança

Mesmo com energia elétrica sobrando, ela ainda "falta"

Quedas no fornecimento de eletricidade no interior provoca prejuízos e forçam produtores a fazer investimentos.

Mesmo com energia elétrica sobrando, ela ainda "falta"

Depois da reclamação de um vereador de Lindóia do Sul sobre o que ele considera como constantes quedas de energia elétrica no interior do município e de uma perda de dois mil frangos em função do calor, acentuado pela interrupção no abastecimento de energia elétrica, em duas comunidades de Ipumirim, a Rádio Aliança fez o que preconiza o jornalismo! Ir atrás da informação. Esses assuntos foram abordados nesta semana na programação jornalística da emissora!

 

Esses casos não são os únicos! Houve relatos de desabastecimentos e cortes no fornecimento de energia elétrica em outros pontos da região. Um dos últimos que chegou para a redação foi em Linha Alto Periquito, interior de Concórdia e também em localidades de Irani.

 

Bem verdade que nos últimos dias, houve pancadas de chuva torrencial, acompanhadas de vento. Essa situação fez com que galhos de árvore fossem arremessados e se chocassem contra a rede de alta tensão, provocando a interrupção. Isso era registrado quase que diariamente, não de forma generalizada. Mas em locais específicos e diferentes a cada dia. Tal situação fez com que a Celesc tivesse muito trabalho!

 

A reportagem da Rádio Aliança manteve contato com a gerência local da Celesc durante a manhã de hoje. Ela confirma que teve muito serviço em função dos temporais, mas também aponta outro motivo para os desligamentos. Conforme Jairo da Silva, gerente da unidade, técnicos da estatal estão percorrendo praticamente todas as linhas do interior para fazer o trabalho de roçada nas proximidades da rede elétrica. Em algumas situações, a vegetação está muito próxima dos cabos e, em alguns casos, os galhos de árvores estão emaranhados na própria rede. Para fazer essa limpeza, a energia elétrica acaba sendo desligada para garantir a segurança dos trabalhadores. O sistema volta a ser restabelecido, tão logo o serviço é concluído. Em alguns casos, pode levar horas!

 

Por outro lado, o comando da Celesc local garante que não há deficiência na carga de energia elétrica para a região. Os municípios recebem além da capacidade, ou seja, há energia de sobra mesmo com o aumento no consumo em função do calor, para o funcionamento de aparelhos de ar condicionado.

 

Independente dos fatores, temos que admitir. Se a falta de energia elétrica é um transtorno para quem mora na cidade. Para o interior, a situação fica mais complicada. Muitas propriedades possuem equipamentos que dependem de eletricidade para a produção agrícola e criação de animais. Além de ficarem parados em função da falta de energia elétrica, provocarem a morte de animais em função do calor e da falta de refrigeração, além do descarte da produção de leite, uma queda abrupta de energia também pode provocar danos no próprio equipamento, potencializando o prejuízo para o produtor rural.

 

Nesse caso, a saída é a compra de um gerador. Mas não é qualquer gerador. Tem que ser um equipamento de grande porte para atender a demanda da propriedade em caso de falta de energia elétrica. O problema é que esse tipo de equipamento não é barato e o investimento do produtor para garantir esse insumo certamente entra no custo de produção, mas não de remuneração.

 

A energia elétrica é um insumo, cuja importância é percebida na medida que ela deixa de ser fornecida, por várias razões. Porém, para o setor produtivo ela não deveria faltar, deveria ser abundante. Por falar em abundância, em algumas localidades a energia ainda é monofásica, ou seja, a rede não comporta carga maior. Que tal pensarmos em ampliar a rede trifásica para o interior? Fica o desafio para o novo governo!