Nossa Opinião

11 jan 19 | 12h49 Por Rádio Aliança

Situação financeira do Estado pode fazer com que pleitos não saiam do papel

Pedidos como a revitalização da SC 283 e da construção de um hospital público fiquem relegados a ficarem no papel.

Situação financeira do Estado pode fazer com que pleitos não saiam do papel
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Mesmo provocando impressões positivas neste período inicial, estou tendo a convicção de que será muito difícil o governo Carlos Moisés da Silva ser uma gestão realizadora, isso em termos de obras. O motivo já foi explicitado nesse espaço nos últimos dias. O Governo de Santa Catarina tem dívidas, pouca capacidade de investimentos e o foco do atual mandatário do Executivo Municipal é justamente reequilibrar essas contas e tal tarefa pode levar um tempo maior do que o previsto.

 

Não se quer aqui criar uma falsa expectativa e tampouco alarmismos. Mas é preciso chamar a atenção agora para não haver qualquer manifestação inconveniente da opinião pública depois. Para mim, tal situação do caixa estadual nesse momento faz com que a revitalização da SC 283, entre Concórdia e Chapecó, dificilmente saia do papel. Pelo menos nesses quatro anos.

 

Embora já haja um projeto em andamento, a parte física dessa obra demandará um valor muito alto para reformar aproximadamente os 90 quilômetros de rodovia. Acredito que a situação das finanças do Estado iniba o Executivo em contrair financiamento para realizar essa e outras obras. Digo isso, baseado nas informações, ou nas primeiras informações, sobre o governo de Carlos Moisés da Silva. A tônica será de administrar o Estado e esse problema financeiro, que pode provocar um déficit que pode chegar a R$ 11,5 bilhões ao fim desses quatro anos.

 

A revitalização da SC 283 é um dos itens, talvez o mais solicitado pelas entidades da região da Amauc e que está no documento Caderno de Intenções da Região do Alto Uruguai Catarinense. Esse levantamento, capitaneado pela Rádio Aliança, formulado pela UnC e Amauc, com sugestões de mais de 30 entidades da região já está pronto.

 

Além da revitalização dessa estrada, o documento também solicita a implantação de um hospital público regional e uma instituição de ensino superior gratuita, que normalmente são públicas.

 

Com o Estado nessa dificuldade, analisando friamente, o hospital público regional também fica mais distante de ser uma realidade concreta. Talvez, uma instituição de ensino superior, quem sabe numa parceria com a UnC Concórdia, possa ser algo mais viável e que venha atender o pedido da região. É uma sugestão!

 

Por outro lado, outros pedidos que apenas necessitam de decisão de governo, sem montantes vultuosos de investimentos, também se tornam perfeitamente factíveis. Um deles é a liberação de crédito para o varejo e para pequena indústria,com juro zero e prazos baseados nos oferecidos aos agricultores. Ou seja, algo que apenas depende de uma decisão pura e simples.

 

O documento Prioridades Regionais do Alto Uruguai Catarinense já foi entregue para o comandante Moisés quando este era candidato. Porém, ainda não foi feita a entrega para ele depois de eleito e empossado. Carlos Moisés da Silva ainda não veio para a região e não há perspectiva de quando isso possa acontecer.

 

Salvo engano, em função da dinâmicas da política, não podemos descartar essas realizações ou o início delas nesse governo. É uma chance pequena, mas não dá para perder a esperança. Afinal de contas, o novo governador pode ter um coelho na cartola e fazer com que as obras saiam, apesar de toda essa dificuldade já mencionada. Também tem a hipótese da economia reagir acima do esperado e isso refletir na arrecadação dos caixas do governo. São situações pouco prováveis, mas que não podem ser ignoradas.

 

Enquanto aguarda-se para ver o que acontece, é importante que a região, entidades, autoridades ou outras representações não percam o foco e continuem cobrando a realização desses pedidos, que não são poucos. Se forem atendidos, ótimo! Caso não sejam, fica a impressão de que a região está falando a mesma língua e isso pode ser um poder de convencimento positivo sobre essas necessidades que não cessam.

11 jan 19 | 12h49 Por Rádio Aliança

Situação financeira do Estado pode fazer com que pleitos não saiam do papel

Pedidos como a revitalização da SC 283 e da construção de um hospital público fiquem relegados a ficarem no papel.

Situação financeira do Estado pode fazer com que pleitos não saiam do papel

Mesmo provocando impressões positivas neste período inicial, estou tendo a convicção de que será muito difícil o governo Carlos Moisés da Silva ser uma gestão realizadora, isso em termos de obras. O motivo já foi explicitado nesse espaço nos últimos dias. O Governo de Santa Catarina tem dívidas, pouca capacidade de investimentos e o foco do atual mandatário do Executivo Municipal é justamente reequilibrar essas contas e tal tarefa pode levar um tempo maior do que o previsto.

 

Não se quer aqui criar uma falsa expectativa e tampouco alarmismos. Mas é preciso chamar a atenção agora para não haver qualquer manifestação inconveniente da opinião pública depois. Para mim, tal situação do caixa estadual nesse momento faz com que a revitalização da SC 283, entre Concórdia e Chapecó, dificilmente saia do papel. Pelo menos nesses quatro anos.

 

Embora já haja um projeto em andamento, a parte física dessa obra demandará um valor muito alto para reformar aproximadamente os 90 quilômetros de rodovia. Acredito que a situação das finanças do Estado iniba o Executivo em contrair financiamento para realizar essa e outras obras. Digo isso, baseado nas informações, ou nas primeiras informações, sobre o governo de Carlos Moisés da Silva. A tônica será de administrar o Estado e esse problema financeiro, que pode provocar um déficit que pode chegar a R$ 11,5 bilhões ao fim desses quatro anos.

 

A revitalização da SC 283 é um dos itens, talvez o mais solicitado pelas entidades da região da Amauc e que está no documento Caderno de Intenções da Região do Alto Uruguai Catarinense. Esse levantamento, capitaneado pela Rádio Aliança, formulado pela UnC e Amauc, com sugestões de mais de 30 entidades da região já está pronto.

 

Além da revitalização dessa estrada, o documento também solicita a implantação de um hospital público regional e uma instituição de ensino superior gratuita, que normalmente são públicas.

 

Com o Estado nessa dificuldade, analisando friamente, o hospital público regional também fica mais distante de ser uma realidade concreta. Talvez, uma instituição de ensino superior, quem sabe numa parceria com a UnC Concórdia, possa ser algo mais viável e que venha atender o pedido da região. É uma sugestão!

 

Por outro lado, outros pedidos que apenas necessitam de decisão de governo, sem montantes vultuosos de investimentos, também se tornam perfeitamente factíveis. Um deles é a liberação de crédito para o varejo e para pequena indústria,com juro zero e prazos baseados nos oferecidos aos agricultores. Ou seja, algo que apenas depende de uma decisão pura e simples.

 

O documento Prioridades Regionais do Alto Uruguai Catarinense já foi entregue para o comandante Moisés quando este era candidato. Porém, ainda não foi feita a entrega para ele depois de eleito e empossado. Carlos Moisés da Silva ainda não veio para a região e não há perspectiva de quando isso possa acontecer.

 

Salvo engano, em função da dinâmicas da política, não podemos descartar essas realizações ou o início delas nesse governo. É uma chance pequena, mas não dá para perder a esperança. Afinal de contas, o novo governador pode ter um coelho na cartola e fazer com que as obras saiam, apesar de toda essa dificuldade já mencionada. Também tem a hipótese da economia reagir acima do esperado e isso refletir na arrecadação dos caixas do governo. São situações pouco prováveis, mas que não podem ser ignoradas.

 

Enquanto aguarda-se para ver o que acontece, é importante que a região, entidades, autoridades ou outras representações não percam o foco e continuem cobrando a realização desses pedidos, que não são poucos. Se forem atendidos, ótimo! Caso não sejam, fica a impressão de que a região está falando a mesma língua e isso pode ser um poder de convencimento positivo sobre essas necessidades que não cessam.