Nossa Opinião

24 dez 18 | 16h09 Por Rádio Aliança

Água na torneira, um presente de Natal

Casan admite que problemas ainda persistem e os problemas ainda não se esgotaram. O que se esgota é a paciência do povo.

Água na torneira, um presente de Natal
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Não é preciso fazer uma pesquisa de opinião pública para descobrir que o presente de Natal que uma parte dos concordienses gostaria de ganhar é água na torneira.

 

O assunto esgota a paciência do povo, mas não se esgota na mídia local. Tanto é que a problemática foi notória nos últimos dias, repercutida nos meios de comunicação e durante todo o fim de semana, várias reclamações continuaram chegando até o departamento de Jornalismo da Rádio Aliança relatando um único sintona: torneira seca.

 

Eram ouvintes ligando do Frei Lency, do Nações, do Guilherme Reich, da região da BR 153, todas relatando o problema que estaria persistindo há mais de um dia, no mínimo.

 

Em contato com a Casan nesta manhã, a estatal confirma que está com dificuldades para manter o abastecimento na cidade. Mas garante que está fazendo o possível para resolver a questão. Como já explanado por aqui, os problemas vão desde quedas de energia elétrica que desligam as bombas, passando por rede estourada e terminando no subdimensionamento das adutoras, que são antigas. Ou seja, os canos da rede têm uma bitola menor que o ideal para manter a vazão de água necessária para o abastecimento, em caso de restabelecimentos após interrupções.

 

Os problemas dos últimos dias no abastecimento de água mexeram com o humor até mesmo do prefeito Rogério Pacheco. Em coletiva de imprensa na última semana, ele falou que medidas serão tomadas para que a Casan providencie o mais rápido possível a resolução dos problemas.

 

Em entrevista hoje pela parte da manhã, o chefe do Executivo Municipal foi além. Dando a entender que a série de problemas nos últimos dias pode já estar interferindo para uma tomada de decisão do Executivo Municipal sobre o futuro do sistema de abastecimento de água em Concórdia. Ou seja, a renovação com a Casan, que poderia perfeitamente acontecer para 2020 sob o argumento da viabilidade financeira para a manutenção do sistema, pode estar se encaminhando para não se concretizar. Ainda é cedo para tecer esse prognóstico, mas é a situação de momento.

 

A cada dia e a cada problema que surge, a Casan perde pontos perante a opinião pública e isso pesa cada vez mais na análise do Executivo Municipal, que já se debruça sobre o que fazer ao fim do atual contrato de concessão.

 

Por outro lado, Pacheco também deixou claro que municipalizar o sistema é inviável. E eu concordo com isso! Por mais que as planilhas financeiras possam indicar a possibilidade de rentabilidade no sistema, é necessário que haja investimentos vultuosos já de cara para eliminar ou minorar ao máximo os problemas que hoje existem e que provocam dor de cabeça em todo mundo, população, Casan e Prefeitura. Não se sabe ao certo o montante, mas pessoas interessadas no assunto falam em algo próximo dos R$ 200 milhões. Nesse caso, o Município não teria condições de bancar. Então, deixe para a iniciativa privada!

 

Mas é como diz o ditado, "o futuro a Deus pertence". Enquanto se aguarda o que pode acontecer até 2020, com efeitos para o médio e longo prazo, nesta segunda-feira, dia 24 de dezembro, muita gente não vai querer o seu presente debaixo da árvore de Natal ou no meião a ser colocado sobre a lareira. Mas sim, na torneira da própria casa.

24 dez 18 | 16h09 Por Rádio Aliança

Água na torneira, um presente de Natal

Casan admite que problemas ainda persistem e os problemas ainda não se esgotaram. O que se esgota é a paciência do povo.

Água na torneira, um presente de Natal

Não é preciso fazer uma pesquisa de opinião pública para descobrir que o presente de Natal que uma parte dos concordienses gostaria de ganhar é água na torneira.

 

O assunto esgota a paciência do povo, mas não se esgota na mídia local. Tanto é que a problemática foi notória nos últimos dias, repercutida nos meios de comunicação e durante todo o fim de semana, várias reclamações continuaram chegando até o departamento de Jornalismo da Rádio Aliança relatando um único sintona: torneira seca.

 

Eram ouvintes ligando do Frei Lency, do Nações, do Guilherme Reich, da região da BR 153, todas relatando o problema que estaria persistindo há mais de um dia, no mínimo.

 

Em contato com a Casan nesta manhã, a estatal confirma que está com dificuldades para manter o abastecimento na cidade. Mas garante que está fazendo o possível para resolver a questão. Como já explanado por aqui, os problemas vão desde quedas de energia elétrica que desligam as bombas, passando por rede estourada e terminando no subdimensionamento das adutoras, que são antigas. Ou seja, os canos da rede têm uma bitola menor que o ideal para manter a vazão de água necessária para o abastecimento, em caso de restabelecimentos após interrupções.

 

Os problemas dos últimos dias no abastecimento de água mexeram com o humor até mesmo do prefeito Rogério Pacheco. Em coletiva de imprensa na última semana, ele falou que medidas serão tomadas para que a Casan providencie o mais rápido possível a resolução dos problemas.

 

Em entrevista hoje pela parte da manhã, o chefe do Executivo Municipal foi além. Dando a entender que a série de problemas nos últimos dias pode já estar interferindo para uma tomada de decisão do Executivo Municipal sobre o futuro do sistema de abastecimento de água em Concórdia. Ou seja, a renovação com a Casan, que poderia perfeitamente acontecer para 2020 sob o argumento da viabilidade financeira para a manutenção do sistema, pode estar se encaminhando para não se concretizar. Ainda é cedo para tecer esse prognóstico, mas é a situação de momento.

 

A cada dia e a cada problema que surge, a Casan perde pontos perante a opinião pública e isso pesa cada vez mais na análise do Executivo Municipal, que já se debruça sobre o que fazer ao fim do atual contrato de concessão.

 

Por outro lado, Pacheco também deixou claro que municipalizar o sistema é inviável. E eu concordo com isso! Por mais que as planilhas financeiras possam indicar a possibilidade de rentabilidade no sistema, é necessário que haja investimentos vultuosos já de cara para eliminar ou minorar ao máximo os problemas que hoje existem e que provocam dor de cabeça em todo mundo, população, Casan e Prefeitura. Não se sabe ao certo o montante, mas pessoas interessadas no assunto falam em algo próximo dos R$ 200 milhões. Nesse caso, o Município não teria condições de bancar. Então, deixe para a iniciativa privada!

 

Mas é como diz o ditado, "o futuro a Deus pertence". Enquanto se aguarda o que pode acontecer até 2020, com efeitos para o médio e longo prazo, nesta segunda-feira, dia 24 de dezembro, muita gente não vai querer o seu presente debaixo da árvore de Natal ou no meião a ser colocado sobre a lareira. Mas sim, na torneira da própria casa.