Nossa Opinião

12 dez 18 | 15h41 Por Rádio Aliança

Derrota da situação do Legislativo também encontra explicações dentro dela mesma

Derrota de Jaderson Miguel e vitória de Mauro Fretta certamente foram reflexos do que aconteceu há dois anos.

Derrota da situação do Legislativo também encontra explicações dentro dela mesma
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Depois do leite derramado, fica cômodo fazer qualquer tipo de análise sobre os motivos, razões e circunstâncias que possibilitaram a vitória da oposição, que trabalhou para conduzir o vereador situacionista Mauro Fretta, do PSB, ao comando da Casa de Leis de Concórdia a partir de 2019.


Claro que a oposição teve méritos neste forte, aguerrido e intenso trabalho de bastidor que marcou os últimos dias que antecederam o pleito, na manhã da terça-feira, dia 11. Porém, a derrota do bloco de situação também encontra razões dentro dele mesmo.


Em uma delas, a falta de capacidade de articulação a longo prazo em torno de um nome e o devido preparo desse nome para esse momento. Através de conversas nos bastidores, ficou nítido que o nome de Jaderson Miguel não tinha a simpatia da maioria dos pares da casa, mesmo tendo o voto de quase a metade. Isso se comprova pelo fato de outros vereadores da situação também terem externado esse desejo de concorrer a esse cargo nas últimas semanas. Isso por si só, demonstra que não estava havendo o entendimento em torno de um nome, em especial o de Jaderson, dentro do bloco da situação. Por outro lado, um dos nomes da base aliada foi abraçado pela oposição e deu no que deu!


Por outro lado, o próprio Jaderson Miguel, do PSD, que sempre se intitulou independente - e não há nada que o desabone nesta afirmação - no que pese ter estado do lado do Governo Municipal na maioria das discussões, esteve um pouco discreto nas abordagens na tribuna da Casa de Leis e há quem diga que estaria vivendo um isolamento dentro do parlamento. O motivo, eu não sei! Só sei que nem a força de articulação do vice-prefeito Edilson Massocco foi o suficiente para reverter esse quadro internamente. Massocco que havia sido decisivo na eleição de Artêmio Ortigara para a presidência da Câmara de Vereadores há dois anos.


Fica a impressão de que ninguém percebeu esse cenário adverso para Jaderson Miguel a tempo de mudar as peças no tabuleiro e dar o esperado xeque-mate na última Sessão da Câmara de Vereadores desse ano. Esperado porque a situação é maioria numérica no Legislativo da Capital do Trabalho e mesmo assim foi desarticulada.


No frigir dos ovos, o vereador Mauro Fretta, do PSB, provou que seria a alternativa viável para o bloco governista continuar no comando da Casa de Leis. O próprio bloco, por alguma razão, teve que insistir na candidatura de Jaderson Miguel. Por outro lado, a oposição enxergou em Fretta uma alternativa para esse objetivo e deu no que deu! [


Mas a derrota da situação também encontra razões no passado não muito distante. Há quase dois anos, quando essa legislatura iniciou os trabalhos e fez a eleição da Mesa Diretora, Jaderson Miguel foi cortejado pela oposição para ser o candidato a presidente pelo bloco e com chances reais de ganhar naquela oportunidade. Porém o vereador do PSD declinou dessa oportunidade sob o argumento de não estar alinhado com os partidos de esquerda, seguindo orientação de seus eleitores. Em ato contínuo apoiou e votou em Artêmio Ortigara, do Partido da República, que venceu aquela contenda.

 

Naquela ocasião, a candidata derrotada foi a vereadora, Marilane Fiametti Stuani, do MDB, a mesma que ao meu ver deu o voto decisivo para Mauro Fretta, do PSB. Acredito que aquele episódio pesou para a decisão da parlamentar, na hora de de declarar o seu voto na manhã de ontem. Afinal de contas, a política também é feita de "dia após dia".

 

12 dez 18 | 15h41 Por Rádio Aliança

Derrota da situação do Legislativo também encontra explicações dentro dela mesma

Derrota de Jaderson Miguel e vitória de Mauro Fretta certamente foram reflexos do que aconteceu há dois anos.

Derrota da situação do Legislativo também encontra explicações dentro dela mesma

Depois do leite derramado, fica cômodo fazer qualquer tipo de análise sobre os motivos, razões e circunstâncias que possibilitaram a vitória da oposição, que trabalhou para conduzir o vereador situacionista Mauro Fretta, do PSB, ao comando da Casa de Leis de Concórdia a partir de 2019.


Claro que a oposição teve méritos neste forte, aguerrido e intenso trabalho de bastidor que marcou os últimos dias que antecederam o pleito, na manhã da terça-feira, dia 11. Porém, a derrota do bloco de situação também encontra razões dentro dele mesmo.


Em uma delas, a falta de capacidade de articulação a longo prazo em torno de um nome e o devido preparo desse nome para esse momento. Através de conversas nos bastidores, ficou nítido que o nome de Jaderson Miguel não tinha a simpatia da maioria dos pares da casa, mesmo tendo o voto de quase a metade. Isso se comprova pelo fato de outros vereadores da situação também terem externado esse desejo de concorrer a esse cargo nas últimas semanas. Isso por si só, demonstra que não estava havendo o entendimento em torno de um nome, em especial o de Jaderson, dentro do bloco da situação. Por outro lado, um dos nomes da base aliada foi abraçado pela oposição e deu no que deu!


Por outro lado, o próprio Jaderson Miguel, do PSD, que sempre se intitulou independente - e não há nada que o desabone nesta afirmação - no que pese ter estado do lado do Governo Municipal na maioria das discussões, esteve um pouco discreto nas abordagens na tribuna da Casa de Leis e há quem diga que estaria vivendo um isolamento dentro do parlamento. O motivo, eu não sei! Só sei que nem a força de articulação do vice-prefeito Edilson Massocco foi o suficiente para reverter esse quadro internamente. Massocco que havia sido decisivo na eleição de Artêmio Ortigara para a presidência da Câmara de Vereadores há dois anos.


Fica a impressão de que ninguém percebeu esse cenário adverso para Jaderson Miguel a tempo de mudar as peças no tabuleiro e dar o esperado xeque-mate na última Sessão da Câmara de Vereadores desse ano. Esperado porque a situação é maioria numérica no Legislativo da Capital do Trabalho e mesmo assim foi desarticulada.


No frigir dos ovos, o vereador Mauro Fretta, do PSB, provou que seria a alternativa viável para o bloco governista continuar no comando da Casa de Leis. O próprio bloco, por alguma razão, teve que insistir na candidatura de Jaderson Miguel. Por outro lado, a oposição enxergou em Fretta uma alternativa para esse objetivo e deu no que deu! [


Mas a derrota da situação também encontra razões no passado não muito distante. Há quase dois anos, quando essa legislatura iniciou os trabalhos e fez a eleição da Mesa Diretora, Jaderson Miguel foi cortejado pela oposição para ser o candidato a presidente pelo bloco e com chances reais de ganhar naquela oportunidade. Porém o vereador do PSD declinou dessa oportunidade sob o argumento de não estar alinhado com os partidos de esquerda, seguindo orientação de seus eleitores. Em ato contínuo apoiou e votou em Artêmio Ortigara, do Partido da República, que venceu aquela contenda.

 

Naquela ocasião, a candidata derrotada foi a vereadora, Marilane Fiametti Stuani, do MDB, a mesma que ao meu ver deu o voto decisivo para Mauro Fretta, do PSB. Acredito que aquele episódio pesou para a decisão da parlamentar, na hora de de declarar o seu voto na manhã de ontem. Afinal de contas, a política também é feita de "dia após dia".