Concórdia

11 dez 18 | 18h44 Por Rádio Aliança

Mulher diz que agrediu professora porque teria sido chamada de "vagabunda"

Mãe de aluna de cinco anos de idade, que agrediu professora dentro de escola, dá a sua versão dos fatos.

Mulher diz que agrediu professora porque teria sido chamada de "vagabunda"
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A reportagem da Rádio Aliança foi procurada pela mulher que é apontada com responsável pela agressão a uma professora da Rede Municipal de Ensino, cujo incidente aconteceu no último dia quatro. A mesma, que não quer que divulgue o nome e portando um direito de resposta elaborado com ajuda de assessoria jurídica, quis colocar a sua versão a cerca dos fatos.


Conforme informado pela Rádio Aliança, a agressão ocorreu no interior da sala de aula de um educandário da Rede Municipal de Ensino de Concórdia, na frente de uma turma de crianças com idade entre quatro e cinco anos. A confusão teria origem em uma denúncia anônima que chegou ao Conselho Tutelar contra essa mulher que é mãe de uma criança de cinco anos, que estuda nesta escola. O teor apontava para uma possível negligência para com essa criança.


Em sua manifestação por escrito, a mãe dessa aluna rebate as afirmações feitas pela professora, vítima da agressão. Sobre o fato da filha chegar à escola com sono, ela afirma que a filha saiu do CMEI neste ano de 2018, começando a ir na aula a tarde, já que na parte da manhã ela frequenta o CEBES. "Ela demorou muito para se adaptar, eis que ainda muito pequena e estava acostumada com o soninho a tarde", explica.


Ela afirma que soube da acusação de que estaria sendo negligente quando foi chamada pelo Conselho Tutelar, na semana passada. Conforme essa mãe, a denúncia dizia que a criança estaria indo suja, com fome e com sono para a sala de aula. Ela acredita que isso tenha partido provavelmente do educandário e, supostamente, por esta professora. Em relação a essas colocações, ela justifica o fato da "filha ter sido levada ao pronto socorro e o diagnóstico foi infecção na garganta, e não fome como foi afirmado pela professora". Ela completa que "a escola nunca me ligou para me alertar que minha filha vinha cansada ou que estava suja".

 

Explica que, pelo fato da filha estar em uma escola pela parte da manhã e em outra à tarde, "talvez algumas vezes ela tenha vindo suada, mas nunca suja a ponto de incomodar os professores e coleguinhas em sala de aula".


Sobre as ameaças, relatadas pela professora agredida, a mulher afirma que isso nunca aconteceu. "Eu nunca falei com a professora, a não ser naquele dia da agressão e um dia anterior que fui buscar minha filha que estava doente", completa.

 

A agressão


A mãe dessa aluna relata os momentos que antecederam a agressão. "Então fui levar minha pequena na escola e fui tentar conversar com a professora em sala de aula, sendo que a mesma não quis me receber e logo tentou me expulsar do local, dando a entender que ela seria autora da denúncia". Porém, o estopim, conforme a mulher, foi uma suposta agressão verbal, em que a professora teria a chamado de vagabunda. "Diante de tal difamação, não aguentei e acabei agredindo a mesma", relata.


Completa que "este foi meu único erro. Perder o controle! Peço desculpas a cada pai, a cada mãe e cada criança que estava lá. Peço desculpas, inclusive, para essa professora. Foi um descontrole emocional (...). Pelo meu excesso, vou pagar perante a Justiça e assumo toda a minha responsabilidade", concluí.

 

Reflexos


Por causa das supostas afirmações de que a criança sempre estava suja e com mau cheiro, que teriam sido colocadas para o Conselho Tutelar, ela afirma que a filha está sentindo os reflexos e acredita que a criança possa estar sofrendo buling. "Ocorre que durante este período, minha filha chegava em casa e somente queria tomar banho. Tomava até três banhos durante a noite por que dizia estar suja e com mau cheiro. Após a denúncia no Conselho Tutelar, entendi o motivo dos ditos banhos. Eis que minha filha vinha sofrendo humilhações e buling dentro da sala de aula. Eis que ela me contou que a professora havia pedido que ela ficasse afastada dos colegas devido ao mau cheiro. Ainda debochavam do cabela dela, que é enrolado (...). Portanto, minha filha possui cinco anos de idade e vinha sendo humilhada naquele educandário".


Por causa das agressores, a mulher irá responder a um Termo Circunstanciado. A Secretaria Municipal da Educação, até então, aguarda o desfecho das investigações para possivelmente depois se pronunciar. Boletins de Ocorrência sobre o episódio foram feitos na Central de Polícia Civil. 

11 dez 18 | 18h44 Por Rádio Aliança

Mulher diz que agrediu professora porque teria sido chamada de "vagabunda"

Mãe de aluna de cinco anos de idade, que agrediu professora dentro de escola, dá a sua versão dos fatos.

Mulher diz que agrediu professora porque teria sido chamada de "vagabunda"

A reportagem da Rádio Aliança foi procurada pela mulher que é apontada com responsável pela agressão a uma professora da Rede Municipal de Ensino, cujo incidente aconteceu no último dia quatro. A mesma, que não quer que divulgue o nome e portando um direito de resposta elaborado com ajuda de assessoria jurídica, quis colocar a sua versão a cerca dos fatos.


Conforme informado pela Rádio Aliança, a agressão ocorreu no interior da sala de aula de um educandário da Rede Municipal de Ensino de Concórdia, na frente de uma turma de crianças com idade entre quatro e cinco anos. A confusão teria origem em uma denúncia anônima que chegou ao Conselho Tutelar contra essa mulher que é mãe de uma criança de cinco anos, que estuda nesta escola. O teor apontava para uma possível negligência para com essa criança.


Em sua manifestação por escrito, a mãe dessa aluna rebate as afirmações feitas pela professora, vítima da agressão. Sobre o fato da filha chegar à escola com sono, ela afirma que a filha saiu do CMEI neste ano de 2018, começando a ir na aula a tarde, já que na parte da manhã ela frequenta o CEBES. "Ela demorou muito para se adaptar, eis que ainda muito pequena e estava acostumada com o soninho a tarde", explica.


Ela afirma que soube da acusação de que estaria sendo negligente quando foi chamada pelo Conselho Tutelar, na semana passada. Conforme essa mãe, a denúncia dizia que a criança estaria indo suja, com fome e com sono para a sala de aula. Ela acredita que isso tenha partido provavelmente do educandário e, supostamente, por esta professora. Em relação a essas colocações, ela justifica o fato da "filha ter sido levada ao pronto socorro e o diagnóstico foi infecção na garganta, e não fome como foi afirmado pela professora". Ela completa que "a escola nunca me ligou para me alertar que minha filha vinha cansada ou que estava suja".

 

Explica que, pelo fato da filha estar em uma escola pela parte da manhã e em outra à tarde, "talvez algumas vezes ela tenha vindo suada, mas nunca suja a ponto de incomodar os professores e coleguinhas em sala de aula".


Sobre as ameaças, relatadas pela professora agredida, a mulher afirma que isso nunca aconteceu. "Eu nunca falei com a professora, a não ser naquele dia da agressão e um dia anterior que fui buscar minha filha que estava doente", completa.

 

A agressão


A mãe dessa aluna relata os momentos que antecederam a agressão. "Então fui levar minha pequena na escola e fui tentar conversar com a professora em sala de aula, sendo que a mesma não quis me receber e logo tentou me expulsar do local, dando a entender que ela seria autora da denúncia". Porém, o estopim, conforme a mulher, foi uma suposta agressão verbal, em que a professora teria a chamado de vagabunda. "Diante de tal difamação, não aguentei e acabei agredindo a mesma", relata.


Completa que "este foi meu único erro. Perder o controle! Peço desculpas a cada pai, a cada mãe e cada criança que estava lá. Peço desculpas, inclusive, para essa professora. Foi um descontrole emocional (...). Pelo meu excesso, vou pagar perante a Justiça e assumo toda a minha responsabilidade", concluí.

 

Reflexos


Por causa das supostas afirmações de que a criança sempre estava suja e com mau cheiro, que teriam sido colocadas para o Conselho Tutelar, ela afirma que a filha está sentindo os reflexos e acredita que a criança possa estar sofrendo buling. "Ocorre que durante este período, minha filha chegava em casa e somente queria tomar banho. Tomava até três banhos durante a noite por que dizia estar suja e com mau cheiro. Após a denúncia no Conselho Tutelar, entendi o motivo dos ditos banhos. Eis que minha filha vinha sofrendo humilhações e buling dentro da sala de aula. Eis que ela me contou que a professora havia pedido que ela ficasse afastada dos colegas devido ao mau cheiro. Ainda debochavam do cabela dela, que é enrolado (...). Portanto, minha filha possui cinco anos de idade e vinha sendo humilhada naquele educandário".


Por causa das agressores, a mulher irá responder a um Termo Circunstanciado. A Secretaria Municipal da Educação, até então, aguarda o desfecho das investigações para possivelmente depois se pronunciar. Boletins de Ocorrência sobre o episódio foram feitos na Central de Polícia Civil.