Nossa Opinião

08 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Casan! Tese da privatização começa a ganhar força

Reunião realizada nesta semana demonstra que municipalização do serviço pode morrer na casca.

Casan! Tese da privatização começa a ganhar força
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A reunião sobre o futuro do sistema de água em Concórdia, promovida pela Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Concórdia, com a participação da Associação Empresarial, na noite de ontem, pode estar apontando mais um caminho para a concessão que hoje está sob responsabilidade da Casan, cujo contrato encerra no fim de 2020. A privatização!


Ou seja, sai a Casan e uma empresa assumiria a responsabilidade, tocando os trabalhos e fazendo os investimentos necessários. A julgar pelas manifestações durante a reunião de empresários e lideranças classistas pode estar havendo essa vontade de ver a coisa na mão da iniciativa privada! E o que é mais pontual, uma empresa ou consórcio de empresas de Concórdia poderia se habilitar quando houver um possível Edital para concorrer a licitação. Digo isso baseado na leitura feita das manifestações e opiniões de alguns participantes desse encontro. Pode estar havendo uma organização aqui para entrar nessa concorrência, se o caminho indicar para isso.


Vejo isso com naturalidade! Muito pelo contrário. O sistema de água e esgoto é um negócio que pode ser explorado. Se o serviço hoje deixa a desejar na esfera pública, então que se resolva na iniciativa privada, que é mais ágil, menos burocrática e célere em quase todos os processos. Ou seja, se há a necessidade de troca de equipamento, isso se resolve num curtíssimo espaço de tempo, sem passar por editais, licitações ou outros procedimentos administrativos, que tomam tempo e tiram a eficiência do público na direta resolução dos problemas. Isso já acontece em muitos locais. Presumo que seria uma saída viável.


Se num hipotético cenário em que não haja a renovação com a Casan, optando o Município em repassar a concessão do sistema de água e esgoto para a iniciativa privada e uma empresa ou consórcio formado por empresários de Concórdia venha a vencer pelo direito de explorar o serviço, o ganho seria maior para a cidade nessas condições. O dinheiro arrecadado ficaria em sua totalidade em Concórdia e o sistema seria gerido por pessoas daqui e que tem noção dos problemas que existem na cidade. Muitos dos trabalhadores que estão na agência local da Casan, ou que já se aposentaram, poderiam ser absorvidos pela nova estrutura que assumiria os trabalhos na maior cidade da Amauc. Portanto, não haveria nenhum prejuízo técnico em relação ao sistema.


Por outro lado, vejo que nesta situação seriam importantes algumas condicionantes para esse possível futuro do sistema de água e esgoto de Concórdia. Na minha visão, o grupo ou empresa interessado em assumir o serviço terá que comprovar através de demonstrativo capital que possuí reservas financeiras equivalentes aos investimentos necessários para minimizar ao máximo os problemas que hoje persistem no abastecimento de água. Pelas informações apuradas, é algo próximo dos R$ 200 milhões. Tem que primeiramente investir para depois arrecadar. Não arrecadar para depois investir!


Se haverá a renovação com a Casan ou repasse para a iniciativa privada, isso ainda não se sabe. Porém, o que é quase certo que a municipalização do sistema não irá acontecer, porque não será viável ao Município. É a minha opinião!


Em tempo, apesar da fala dos empresários, outro fator que reforça a minha leitura de que há interesse na privatização do sistema de abastecimento de água é o fato de que há empresas em Concórdia com expertise nesse tipo de serviço, o recado ostensivo em relação à Casan e o desjo subliminar em prol do nicho de mercado que estaria sendo oferecido com a saída da Casan.

08 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Casan! Tese da privatização começa a ganhar força

Reunião realizada nesta semana demonstra que municipalização do serviço pode morrer na casca.

Casan! Tese da privatização começa a ganhar força

A reunião sobre o futuro do sistema de água em Concórdia, promovida pela Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Concórdia, com a participação da Associação Empresarial, na noite de ontem, pode estar apontando mais um caminho para a concessão que hoje está sob responsabilidade da Casan, cujo contrato encerra no fim de 2020. A privatização!


Ou seja, sai a Casan e uma empresa assumiria a responsabilidade, tocando os trabalhos e fazendo os investimentos necessários. A julgar pelas manifestações durante a reunião de empresários e lideranças classistas pode estar havendo essa vontade de ver a coisa na mão da iniciativa privada! E o que é mais pontual, uma empresa ou consórcio de empresas de Concórdia poderia se habilitar quando houver um possível Edital para concorrer a licitação. Digo isso baseado na leitura feita das manifestações e opiniões de alguns participantes desse encontro. Pode estar havendo uma organização aqui para entrar nessa concorrência, se o caminho indicar para isso.


Vejo isso com naturalidade! Muito pelo contrário. O sistema de água e esgoto é um negócio que pode ser explorado. Se o serviço hoje deixa a desejar na esfera pública, então que se resolva na iniciativa privada, que é mais ágil, menos burocrática e célere em quase todos os processos. Ou seja, se há a necessidade de troca de equipamento, isso se resolve num curtíssimo espaço de tempo, sem passar por editais, licitações ou outros procedimentos administrativos, que tomam tempo e tiram a eficiência do público na direta resolução dos problemas. Isso já acontece em muitos locais. Presumo que seria uma saída viável.


Se num hipotético cenário em que não haja a renovação com a Casan, optando o Município em repassar a concessão do sistema de água e esgoto para a iniciativa privada e uma empresa ou consórcio formado por empresários de Concórdia venha a vencer pelo direito de explorar o serviço, o ganho seria maior para a cidade nessas condições. O dinheiro arrecadado ficaria em sua totalidade em Concórdia e o sistema seria gerido por pessoas daqui e que tem noção dos problemas que existem na cidade. Muitos dos trabalhadores que estão na agência local da Casan, ou que já se aposentaram, poderiam ser absorvidos pela nova estrutura que assumiria os trabalhos na maior cidade da Amauc. Portanto, não haveria nenhum prejuízo técnico em relação ao sistema.


Por outro lado, vejo que nesta situação seriam importantes algumas condicionantes para esse possível futuro do sistema de água e esgoto de Concórdia. Na minha visão, o grupo ou empresa interessado em assumir o serviço terá que comprovar através de demonstrativo capital que possuí reservas financeiras equivalentes aos investimentos necessários para minimizar ao máximo os problemas que hoje persistem no abastecimento de água. Pelas informações apuradas, é algo próximo dos R$ 200 milhões. Tem que primeiramente investir para depois arrecadar. Não arrecadar para depois investir!


Se haverá a renovação com a Casan ou repasse para a iniciativa privada, isso ainda não se sabe. Porém, o que é quase certo que a municipalização do sistema não irá acontecer, porque não será viável ao Município. É a minha opinião!


Em tempo, apesar da fala dos empresários, outro fator que reforça a minha leitura de que há interesse na privatização do sistema de abastecimento de água é o fato de que há empresas em Concórdia com expertise nesse tipo de serviço, o recado ostensivo em relação à Casan e o desjo subliminar em prol do nicho de mercado que estaria sendo oferecido com a saída da Casan.