Nossa Opinião

06 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

A mágica do "velho MDB de guerra"!

Mesmo não indo para o segundo turno, o MDB demonstra que, estando junto com Moisés, poderá dar a sua volta apoteótica.

A mágica do "velho MDB de guerra"!
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Qual é a mágica do MDB de Santa Catarina? Mesmo não conseguindo sequer passar para o segundo turno das eleições para o Governo do Estado, o "velho MDB de guerra", ao que tudo indica, poderá ter papel preponderante no governo de Carlos Moisés da Silva, do PSL, que inicia no próximo dia primeiro. Nesta semana, com o anúncio dos primeiros nomes do secretariado, dois deles Leandro Lima e Paulo Eli, já estão no atual quadro de secretários capitaneado por Eduardo Pinho Moreira, atual governador e do MDB.

 

Esse número pode aumentar, já que nos bastidores, o nome do atual deputado federal, Valdir Colatto, estaria sendo cogitado para ser o Secretário de Estado da Agricultura a partir de 2019.

 

A leitura que se faz é que nessas indicações há o dedo de Eduardo Pinho Moreira. Essa proximidade não é de agora, iniciou de forma velada no segundo turno do pleito, em que o PSL de Moisés enfrentou e venceu Gelson Merísio do PSD.

 

Para refrescar a memória, antes do pleito eleitoral desse ano, Gelson Merísio ensaiava sua candidatura ao Executivo Estadual pregando a separação do MDB, desfazendo uma parceria que sustentou o governo de Raimundo Colombo. Esse caminho também era compactuado por alguns caciques emedebistas, entre eles Mauro Mariani, presidente do partido e candidato derrotado. Com o desmanche da polialiança, MDB e PSD passaram a estar em trincheiras opostas e somente o PSD passou para o segundo turno para enfrentar a surpresa do PSL. E a partir daí, começa a proximidade entre os dois partidos, que ficou mais estreita com o início da transição.

 

Antes que me interpretem mal, quero dizer que o próximo governador não está agindo errado em manter alguns nomes do atual governo, cujo partido esteve em um dos lados opostos na corrida eleitoral. Afinal de contas, nem mesmo o próprio comandante, penso eu, esperava ter o sucesso obtido nas urnas. Por ser de um partido que até então era pequeno e em chapa pura, no caso o PSL, isso por si só acaba sendo um cenário limitado para encontrar nomes dispostos a assumir o desafio do novo secretariado.


Apesar de o eleitor ter adotado a tese do novo, da mudança ou qualquer outra ideia que possa significar o divisor de águas na política catarinense com Carlos Moisés da Silva, a manutenção de alguns nomes que hoje estão sob a batuta de Pinho Moreira pode cair como um banho de água fria. Mas nesse momento, a decisão de Moisés está sendo uma saída necessária para um governador recém-eleito, que demonstrou saber o tamanho do desafio, mas ainda não decorou o caminho das pedras.


Essa espécie de enlace político no pós-eleição não é natural, mas um caminho viável para o PSL de Santa Catarina. Pelo menos neste momento!


Para o MDB, o "velho MDB de guerra", é uma brecha para continuar indiretamente no poder. Se houver uma inserção maior do partido do atual governo no próximo governo, isso será uma volta apoteótica de quem não foi referendado nas urnas no primeiro turno.


Bem, respondendo a pergunta do início desse comentário. A mágica do MDB catarinense reside no poder de articulação de suas lideranças. Independente do conceito de "novo", de "ruptura com a velha política" e "de nova gestão", a articulação continuará sendo uma poderosa arma para o poder e para a governabilidade.

 

06 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

A mágica do "velho MDB de guerra"!

Mesmo não indo para o segundo turno, o MDB demonstra que, estando junto com Moisés, poderá dar a sua volta apoteótica.

A mágica do "velho MDB de guerra"!

Qual é a mágica do MDB de Santa Catarina? Mesmo não conseguindo sequer passar para o segundo turno das eleições para o Governo do Estado, o "velho MDB de guerra", ao que tudo indica, poderá ter papel preponderante no governo de Carlos Moisés da Silva, do PSL, que inicia no próximo dia primeiro. Nesta semana, com o anúncio dos primeiros nomes do secretariado, dois deles Leandro Lima e Paulo Eli, já estão no atual quadro de secretários capitaneado por Eduardo Pinho Moreira, atual governador e do MDB.

 

Esse número pode aumentar, já que nos bastidores, o nome do atual deputado federal, Valdir Colatto, estaria sendo cogitado para ser o Secretário de Estado da Agricultura a partir de 2019.

 

A leitura que se faz é que nessas indicações há o dedo de Eduardo Pinho Moreira. Essa proximidade não é de agora, iniciou de forma velada no segundo turno do pleito, em que o PSL de Moisés enfrentou e venceu Gelson Merísio do PSD.

 

Para refrescar a memória, antes do pleito eleitoral desse ano, Gelson Merísio ensaiava sua candidatura ao Executivo Estadual pregando a separação do MDB, desfazendo uma parceria que sustentou o governo de Raimundo Colombo. Esse caminho também era compactuado por alguns caciques emedebistas, entre eles Mauro Mariani, presidente do partido e candidato derrotado. Com o desmanche da polialiança, MDB e PSD passaram a estar em trincheiras opostas e somente o PSD passou para o segundo turno para enfrentar a surpresa do PSL. E a partir daí, começa a proximidade entre os dois partidos, que ficou mais estreita com o início da transição.

 

Antes que me interpretem mal, quero dizer que o próximo governador não está agindo errado em manter alguns nomes do atual governo, cujo partido esteve em um dos lados opostos na corrida eleitoral. Afinal de contas, nem mesmo o próprio comandante, penso eu, esperava ter o sucesso obtido nas urnas. Por ser de um partido que até então era pequeno e em chapa pura, no caso o PSL, isso por si só acaba sendo um cenário limitado para encontrar nomes dispostos a assumir o desafio do novo secretariado.


Apesar de o eleitor ter adotado a tese do novo, da mudança ou qualquer outra ideia que possa significar o divisor de águas na política catarinense com Carlos Moisés da Silva, a manutenção de alguns nomes que hoje estão sob a batuta de Pinho Moreira pode cair como um banho de água fria. Mas nesse momento, a decisão de Moisés está sendo uma saída necessária para um governador recém-eleito, que demonstrou saber o tamanho do desafio, mas ainda não decorou o caminho das pedras.


Essa espécie de enlace político no pós-eleição não é natural, mas um caminho viável para o PSL de Santa Catarina. Pelo menos neste momento!


Para o MDB, o "velho MDB de guerra", é uma brecha para continuar indiretamente no poder. Se houver uma inserção maior do partido do atual governo no próximo governo, isso será uma volta apoteótica de quem não foi referendado nas urnas no primeiro turno.


Bem, respondendo a pergunta do início desse comentário. A mágica do MDB catarinense reside no poder de articulação de suas lideranças. Independente do conceito de "novo", de "ruptura com a velha política" e "de nova gestão", a articulação continuará sendo uma poderosa arma para o poder e para a governabilidade.