Nossa Opinião

05 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

O uso de dinheiro público para o evento Miss Concórdia

Não há nada de ilegal no investimento feito pelo Município para o concurso. O ideal seria deixar o evento para o privado

O uso de dinheiro público para o evento Miss Concórdia
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Pâmela Calderolli, dentro de suas possibilidades, representou bem a cidade de Concórdia no Miss Santa Catarina, realizado no último fim de semana em Balneário Camboriú. Ela conquistou um honroso segundo lugar, só não obtendo a coroa, na minha visão, em função da oratória que é um item observado pelos jurados, além da beleza.

 

Aliás, Concórdia é um celeiro de pessoas bonitas. Independente das origens, de etnias ou procedência, a beleza, em qualquer proporção, também é a marca registrada de sua gente. No que tange ao Concurso Miss Concórdia, a cidade sempre esteve muito bem representada.

 

Há quem concorde com a realização de concursos para eleger uma miss, por entender que a beleza da mulher precisa de sua representante, bem como a cidade ser referenciada em eventos pelo estado e pelo país.

 

Há também quem não concorde com isso. Por entender que a beleza é subjetiva, ou seja, o que é belo para mim, pode não ser belo para você, ou vice e versa. Também há quem enxergue nesse tipo de concurso uma espécie de "coisificação" da figura feminina. Ou seja, a mulher eleita poderia se limitar apenas a ser um objeto de divulgação ou prisioneira de padrões e conceitos pré-estabelecidos que não se aplicam a todas as mulheres. São opiniões!!!

 

Eu particularmente não vejo problemas nesse tipo de concurso. Por outro lado, reconheço que até hoje não compreendi o objetivo ou motivo da figura de uma miss para uma cidade, estado ou país. Não é crítica, ainda é algo que estou tentando assimilar e entender para depois formar um juízo de valor.

 

Entretanto, o único “porém” que eu observo e questiono é a aplicação de dinheiro público na realização e organização desse tipo de concurso. Quero deixar bem claro que isso é amparado por lei municipal, portanto não há ilegalidade nenhuma nisso. Embora esteja dentro da Lei, isso não excluí o questionamento! Por exemplo, para organizar e realizar o Concurso Miss Concórdia, que foi em maio desse ano, foram investidos R$ 43.805,19. O valor consta em documento, que foi obtido pela Rádio Aliança.

 

O objetivo desse comentário não é fazer discurso demagógico, mas penso que esse recurso poderia ser melhor aproveitado em outras atividades culturais que contemplem um número maior de pessoas, como nos festivais de música, de teatro, de dança e por aí vai. Mais pessoas seriam beneficiadas diretamente - no caso os artistas - e indiretamente como o público espectador.

 

Volto a frisar que não estou defendendo a extinção desse tipo de concurso, porém penso que caberia muito mais a iniciativa privada provê-lo financeiramente e organizá-lo do que o Poder Público. Para mim, faria mais sentido! 

05 dez 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

O uso de dinheiro público para o evento Miss Concórdia

Não há nada de ilegal no investimento feito pelo Município para o concurso. O ideal seria deixar o evento para o privado

O uso de dinheiro público para o evento Miss Concórdia

Pâmela Calderolli, dentro de suas possibilidades, representou bem a cidade de Concórdia no Miss Santa Catarina, realizado no último fim de semana em Balneário Camboriú. Ela conquistou um honroso segundo lugar, só não obtendo a coroa, na minha visão, em função da oratória que é um item observado pelos jurados, além da beleza.

 

Aliás, Concórdia é um celeiro de pessoas bonitas. Independente das origens, de etnias ou procedência, a beleza, em qualquer proporção, também é a marca registrada de sua gente. No que tange ao Concurso Miss Concórdia, a cidade sempre esteve muito bem representada.

 

Há quem concorde com a realização de concursos para eleger uma miss, por entender que a beleza da mulher precisa de sua representante, bem como a cidade ser referenciada em eventos pelo estado e pelo país.

 

Há também quem não concorde com isso. Por entender que a beleza é subjetiva, ou seja, o que é belo para mim, pode não ser belo para você, ou vice e versa. Também há quem enxergue nesse tipo de concurso uma espécie de "coisificação" da figura feminina. Ou seja, a mulher eleita poderia se limitar apenas a ser um objeto de divulgação ou prisioneira de padrões e conceitos pré-estabelecidos que não se aplicam a todas as mulheres. São opiniões!!!

 

Eu particularmente não vejo problemas nesse tipo de concurso. Por outro lado, reconheço que até hoje não compreendi o objetivo ou motivo da figura de uma miss para uma cidade, estado ou país. Não é crítica, ainda é algo que estou tentando assimilar e entender para depois formar um juízo de valor.

 

Entretanto, o único “porém” que eu observo e questiono é a aplicação de dinheiro público na realização e organização desse tipo de concurso. Quero deixar bem claro que isso é amparado por lei municipal, portanto não há ilegalidade nenhuma nisso. Embora esteja dentro da Lei, isso não excluí o questionamento! Por exemplo, para organizar e realizar o Concurso Miss Concórdia, que foi em maio desse ano, foram investidos R$ 43.805,19. O valor consta em documento, que foi obtido pela Rádio Aliança.

 

O objetivo desse comentário não é fazer discurso demagógico, mas penso que esse recurso poderia ser melhor aproveitado em outras atividades culturais que contemplem um número maior de pessoas, como nos festivais de música, de teatro, de dança e por aí vai. Mais pessoas seriam beneficiadas diretamente - no caso os artistas - e indiretamente como o público espectador.

 

Volto a frisar que não estou defendendo a extinção desse tipo de concurso, porém penso que caberia muito mais a iniciativa privada provê-lo financeiramente e organizá-lo do que o Poder Público. Para mim, faria mais sentido!