Economia

23 nov 18 | 14h39 Por Rádio Aliança

Nova rodada de negociação salarial do comércio no dia 28

Proposta em debate é repasse do INPC 4% e abono de R$ 50,00 aos associados no Sindicato dos Comerciários

Nova rodada de negociação salarial do comércio no dia 28
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O Sindicato dos Comerciários de Concórdia, que representa os trabalhadores, e o Sindilojas, da classe patronal, realizaram a quarta rodada de negociação salarial nesta sexta-feira, 23 de novembro. Sem acordo, uma nova reunião foi agendada para a quarta-feira, dia 28. A proposta que está em debate é o repasse da inflação do período (4%) e mais um abono de R$ 50,00 para os funcionários que são associados ao sindicato dos trabalhadores.

 

A data-base para a negociação salarial do comércio de Concórdia é 30 de outubro. Se essa proposta for aceita pelas categorias, o piso dos comerciários passará de R$ 1.250,00 para R$ 1,3 mil, bruto, mais o abono de R$ 50,00.

 

A presidente do Sindicato dos Comerciários, Janete Peccini, diz que a proposta do abono foi uma alternativa encontrada para um momento de dificuldades econômicas. “O abono é uma remuneração líquida para o trabalhador e não incide em encargos para os empresários. Preferíamos que o aumento fosse para o salário, mas em função da economia estar em uma fase delicada foi uma possibilidade analisada”, pontua.

 

O presidente do Sindilojas, Leocergio Sarturi, diz que há uma expectativa de fechar a negociação na quarta-feira e a dúvida está sobre a legalidade do abono. “Os empresários entendem que pode ser positivo esse abono, mas estamos buscando informações para saber se mais adiante não há risco de tributação sobre o salário”, afirma Sarturi.

 

Cláusulas sociais

 

O que também está gerando impasse na negociação são algumas cláusulas sociais. Atualmente, os comerciários de Concórdia que trabalham em funções de caixa recebem o salário e mais 25% sobre o piso como quebra de caixa. A proposta dos empresários é estabelecer um valor fixo.

 

Também está em discussão o pagamento do auxílio creche e o afastamento do trabalho para cuidar dos filhos em caso de doença. A convenção em vigor estabelece três dias de afastamento com compensação. Os dois sindicatos já acordaram em ampliar para 10 dias de afastamento, mas ainda não definiram se será obrigatório ou não repor essas horas.

 

 

Abono para os associados

 

Janete Peccini explica que antes da Reforma Trabalhista, o imposto sindical obrigava que os sindicatos defendessem a categoria em geral, mesmo aqueles que não são sindicalizados. Agora que os trabalhadores não têm mais esse valor descontado, a obrigação do sindicato é defender os interesses dos associados. “Não é justo quem não contribui com a entidade receber os mesmos benefícios. As pessoas que esperam que o sindicato faça a negociação devem contribuir, até mesmo para conseguirmos manter a entidade e a categoria fortalecida”, afirma a presidente.

 

 

 

 

23 nov 18 | 14h39 Por Rádio Aliança

Nova rodada de negociação salarial do comércio no dia 28

Proposta em debate é repasse do INPC 4% e abono de R$ 50,00 aos associados no Sindicato dos Comerciários

Nova rodada de negociação salarial do comércio no dia 28

O Sindicato dos Comerciários de Concórdia, que representa os trabalhadores, e o Sindilojas, da classe patronal, realizaram a quarta rodada de negociação salarial nesta sexta-feira, 23 de novembro. Sem acordo, uma nova reunião foi agendada para a quarta-feira, dia 28. A proposta que está em debate é o repasse da inflação do período (4%) e mais um abono de R$ 50,00 para os funcionários que são associados ao sindicato dos trabalhadores.

 

A data-base para a negociação salarial do comércio de Concórdia é 30 de outubro. Se essa proposta for aceita pelas categorias, o piso dos comerciários passará de R$ 1.250,00 para R$ 1,3 mil, bruto, mais o abono de R$ 50,00.

 

A presidente do Sindicato dos Comerciários, Janete Peccini, diz que a proposta do abono foi uma alternativa encontrada para um momento de dificuldades econômicas. “O abono é uma remuneração líquida para o trabalhador e não incide em encargos para os empresários. Preferíamos que o aumento fosse para o salário, mas em função da economia estar em uma fase delicada foi uma possibilidade analisada”, pontua.

 

O presidente do Sindilojas, Leocergio Sarturi, diz que há uma expectativa de fechar a negociação na quarta-feira e a dúvida está sobre a legalidade do abono. “Os empresários entendem que pode ser positivo esse abono, mas estamos buscando informações para saber se mais adiante não há risco de tributação sobre o salário”, afirma Sarturi.

 

Cláusulas sociais

 

O que também está gerando impasse na negociação são algumas cláusulas sociais. Atualmente, os comerciários de Concórdia que trabalham em funções de caixa recebem o salário e mais 25% sobre o piso como quebra de caixa. A proposta dos empresários é estabelecer um valor fixo.

 

Também está em discussão o pagamento do auxílio creche e o afastamento do trabalho para cuidar dos filhos em caso de doença. A convenção em vigor estabelece três dias de afastamento com compensação. Os dois sindicatos já acordaram em ampliar para 10 dias de afastamento, mas ainda não definiram se será obrigatório ou não repor essas horas.

 

 

Abono para os associados

 

Janete Peccini explica que antes da Reforma Trabalhista, o imposto sindical obrigava que os sindicatos defendessem a categoria em geral, mesmo aqueles que não são sindicalizados. Agora que os trabalhadores não têm mais esse valor descontado, a obrigação do sindicato é defender os interesses dos associados. “Não é justo quem não contribui com a entidade receber os mesmos benefícios. As pessoas que esperam que o sindicato faça a negociação devem contribuir, até mesmo para conseguirmos manter a entidade e a categoria fortalecida”, afirma a presidente.