Nossa Opinião

16 nov 18 | 16h14 Por Rádio Aliança

A interferência externa no processo de eleição do Legislativo em Concórdia

Parte dos vereadores dizem que os vereadores conhecem a própria realidade para tomar essa decisão.

A interferência externa no processo de eleição do Legislativo em Concórdia
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Parte dos vereadores está se queixando de "interferência externa" para a definição do comando da mesa diretora da Câmara de Vereadores para os anos de 2019 e 2020. A Rádio Aliança ouviu parte dos vereadores que apresentou emendas a Lei Orçamentária Anual, a LOA, que já está em tramitação no Legislativo. A Rádio Aliança convidou para o Mesa Redonda desta sexta-feira, dia 16, todos os parlamentares que apresentaram emendas na Loa, mas somente três compareceram: Edno Gonçalves (PDT), Evandro Pegoraro (PT) e Anderson Guzzatto (PR).


Durante a abordagem sobre quem seria o novo presidente do Legislativo para o ano de 2019, todos afirmaram que ainda não há uma definição. Porém, houve menção sobre o que está sendo chamado de "interferência externa" na condução desse processo. O assunto foi levantado pelo vereador Anderson Guzzatto, do Partido da República. Para ele, os vereadores é que devem resolver isso. Uma vez que eles entendem a realidade da Câmara de Vereadores. Ele não citou nomes e tampouco ilustrou uma situação prática de como estaria havendo essa "interferência externa", mas a leitura que eu faço é que o alvo foi alguém do Executivo Municipal.


O que se sabe até aqui é que o próprio Guzzatto teria manifestado interesse no cargo de presidente da Câmara de Vereadores. Além dele, estão no jogo Mauro Fretta, Fabiano Caitano e Jaderson Miguel. Há quem diga que haveria um acordo para Jaderson assumir no próximo ano e Fabiano Caitano, no último dessa legislatura. Porém, não existe ainda algo que comprove esse acordo.


Embora não tivesse citado nomes, não me pegarei por surpresa se o alvo das colocações de Guzzatto, que tiveram a concordância dos demais participantes do Mesa Redonda, for o vice-prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, do Partido da República, o mesmo do vereador em questão. É público e notório que Massocco é um dos mais notáveis articuladores políticos da região. Deduzo que, mesmo na condição de vice-prefeito, ele tem também a prerrogativa de garantir a governabilidade. Para ter governabilidade, é preciso ter o apoio da Câmara de Vereadores. Para ter esse apoio, é preciso trabalhar para que a casa fique sob o comando de seus aliados. Desta forma, estará sendo pavimentado o caminho para a governabilidade. 

 

Se a minha tese estiver certa, restará saber o motivo dessa possível lacuna entre o vereador Guzzatto e o vice-prefeito. O tempo, talvez, dirá!


Para finalizar, não é novidade nenhuma interferências externas no processo de definição do presidente de uma Câmara de Vereadores. Mesmo que isso parte do Executivo. Isso sempre existiu e pelo jeito vai continuar existindo, de forma velada ou ostensiva. Penso que a  questão é a forma de como essa interferência estaria sendo feita. E qual ponto estaria deixando os vereadores incomodados.

 

16 nov 18 | 16h14 Por Rádio Aliança

A interferência externa no processo de eleição do Legislativo em Concórdia

Parte dos vereadores dizem que os vereadores conhecem a própria realidade para tomar essa decisão.

A interferência externa no processo de eleição do Legislativo em Concórdia

Parte dos vereadores está se queixando de "interferência externa" para a definição do comando da mesa diretora da Câmara de Vereadores para os anos de 2019 e 2020. A Rádio Aliança ouviu parte dos vereadores que apresentou emendas a Lei Orçamentária Anual, a LOA, que já está em tramitação no Legislativo. A Rádio Aliança convidou para o Mesa Redonda desta sexta-feira, dia 16, todos os parlamentares que apresentaram emendas na Loa, mas somente três compareceram: Edno Gonçalves (PDT), Evandro Pegoraro (PT) e Anderson Guzzatto (PR).


Durante a abordagem sobre quem seria o novo presidente do Legislativo para o ano de 2019, todos afirmaram que ainda não há uma definição. Porém, houve menção sobre o que está sendo chamado de "interferência externa" na condução desse processo. O assunto foi levantado pelo vereador Anderson Guzzatto, do Partido da República. Para ele, os vereadores é que devem resolver isso. Uma vez que eles entendem a realidade da Câmara de Vereadores. Ele não citou nomes e tampouco ilustrou uma situação prática de como estaria havendo essa "interferência externa", mas a leitura que eu faço é que o alvo foi alguém do Executivo Municipal.


O que se sabe até aqui é que o próprio Guzzatto teria manifestado interesse no cargo de presidente da Câmara de Vereadores. Além dele, estão no jogo Mauro Fretta, Fabiano Caitano e Jaderson Miguel. Há quem diga que haveria um acordo para Jaderson assumir no próximo ano e Fabiano Caitano, no último dessa legislatura. Porém, não existe ainda algo que comprove esse acordo.


Embora não tivesse citado nomes, não me pegarei por surpresa se o alvo das colocações de Guzzatto, que tiveram a concordância dos demais participantes do Mesa Redonda, for o vice-prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, do Partido da República, o mesmo do vereador em questão. É público e notório que Massocco é um dos mais notáveis articuladores políticos da região. Deduzo que, mesmo na condição de vice-prefeito, ele tem também a prerrogativa de garantir a governabilidade. Para ter governabilidade, é preciso ter o apoio da Câmara de Vereadores. Para ter esse apoio, é preciso trabalhar para que a casa fique sob o comando de seus aliados. Desta forma, estará sendo pavimentado o caminho para a governabilidade. 

 

Se a minha tese estiver certa, restará saber o motivo dessa possível lacuna entre o vereador Guzzatto e o vice-prefeito. O tempo, talvez, dirá!


Para finalizar, não é novidade nenhuma interferências externas no processo de definição do presidente de uma Câmara de Vereadores. Mesmo que isso parte do Executivo. Isso sempre existiu e pelo jeito vai continuar existindo, de forma velada ou ostensiva. Penso que a  questão é a forma de como essa interferência estaria sendo feita. E qual ponto estaria deixando os vereadores incomodados.