Brasil

16 nov 18 | 16h02 Por Rádio Aliança

Concórdia conta com três médicos cubanos

Ministério da Saúde pretende substituí-los por profissionais brasileiros ainda no decorrer de novembro

Concórdia conta com três médicos cubanos
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O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, 16 de novembro, que pretende selecionar médicos brasileiros para ocuparem as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos do programa Mais Médicos ainda neste mês. Em Concórdia são três que atuam nas Estratégias de Saúde da Família dos bairros São Cristóvão, Vila Jacob Biezus e Estados.

 

O secretário de Saúde de Concórdia, Pedro Sperandio, diz que ainda não recebeu nenhuma informação oficial do Ministério da Saúde. Segundo ele, os profissionais cubanos que atuam no município continuam trabalhando normalmente. “A população não precisa se preocupar que não ficará desassistida”, afirma Sperandio. Caso eles deixem o trabalho em breve, o plano “B” da Prefeitura de Concórdia será contratar mais médicos pelo processo seletivo que está em vigor.

 

Nesta sexta-feira o Ministério da Saúde enviou uma nota à imprensa informando que realizará  reunião com a Organização Pan-Americana de Saúde para a definição da saída dos médicos cubanos e entrada dos profissionais brasileiros que serão selecionados por edital. Também foi comunicado que será finalizada a proposta de edital para as 8.332 vagas que serão deixadas pelos médicos cubanos. O Ministério da Saúde pretende fazer uma coletiva de imprensa sobre este assunto no início da próxima semana.

 

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) publicou uma nota pedindo ao governo federal a manutenção do programa Mais Médicos. A nota descreve que “a presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública, e exige superação em curto prazo. Nesse sentido, a CNM aposta no diálogo entre as partes para os médicos cubanos permanecerem no país pelo menos até o final deste ano ou, se possível, por tempo maior a ser acordado entre os dois países”.

 

Atualmente são quase 8,5 mil médicos cubanos no Brasil, atuando na Estratégia Saúde da Família e na Saúde Indígena. Esses profissionais estão distribuídos em 2.885 municípios, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, como o Norte do país, Nordeste, terras indígenas as periferias de grandes centros urbanos. Segundo a CNM, 1.575 municípios possuem somente cubanos do Programa Mais Médicos e 80% possuem menos de 20 mil habitantes.

 

O fim da participação dos médicos cubanos no Brasil foi divulgado pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira, 14 de novembro. A decisão é atribuída a questionamentos feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), à qualificação dos profissionais de Cuba e ao projeto de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.

16 nov 18 | 16h02 Por Rádio Aliança

Concórdia conta com três médicos cubanos

Ministério da Saúde pretende substituí-los por profissionais brasileiros ainda no decorrer de novembro

Concórdia conta com três médicos cubanos

O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, 16 de novembro, que pretende selecionar médicos brasileiros para ocuparem as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos do programa Mais Médicos ainda neste mês. Em Concórdia são três que atuam nas Estratégias de Saúde da Família dos bairros São Cristóvão, Vila Jacob Biezus e Estados.

 

O secretário de Saúde de Concórdia, Pedro Sperandio, diz que ainda não recebeu nenhuma informação oficial do Ministério da Saúde. Segundo ele, os profissionais cubanos que atuam no município continuam trabalhando normalmente. “A população não precisa se preocupar que não ficará desassistida”, afirma Sperandio. Caso eles deixem o trabalho em breve, o plano “B” da Prefeitura de Concórdia será contratar mais médicos pelo processo seletivo que está em vigor.

 

Nesta sexta-feira o Ministério da Saúde enviou uma nota à imprensa informando que realizará  reunião com a Organização Pan-Americana de Saúde para a definição da saída dos médicos cubanos e entrada dos profissionais brasileiros que serão selecionados por edital. Também foi comunicado que será finalizada a proposta de edital para as 8.332 vagas que serão deixadas pelos médicos cubanos. O Ministério da Saúde pretende fazer uma coletiva de imprensa sobre este assunto no início da próxima semana.

 

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) publicou uma nota pedindo ao governo federal a manutenção do programa Mais Médicos. A nota descreve que “a presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública, e exige superação em curto prazo. Nesse sentido, a CNM aposta no diálogo entre as partes para os médicos cubanos permanecerem no país pelo menos até o final deste ano ou, se possível, por tempo maior a ser acordado entre os dois países”.

 

Atualmente são quase 8,5 mil médicos cubanos no Brasil, atuando na Estratégia Saúde da Família e na Saúde Indígena. Esses profissionais estão distribuídos em 2.885 municípios, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, como o Norte do país, Nordeste, terras indígenas as periferias de grandes centros urbanos. Segundo a CNM, 1.575 municípios possuem somente cubanos do Programa Mais Médicos e 80% possuem menos de 20 mil habitantes.

 

O fim da participação dos médicos cubanos no Brasil foi divulgado pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira, 14 de novembro. A decisão é atribuída a questionamentos feitos pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), à qualificação dos profissionais de Cuba e ao projeto de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.