Nossa Opinião

02 nov 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

PT não reconhece os próprios erros e passa a ser isolado na esquerda

Depois de perder a eleição para Presidente da República, PT passa a ser isolado dentro da própria esquerda.

PT não reconhece os próprios erros e passa a ser isolado na esquerda
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Além de ter perdido a eleição para Presidente da República no segundo turno, o Partido dos Trabalhadores também deve registrar mais uma perda nos próximos dias. Trata-se de uma parte de seus aliados históricos que claramente estão em processo de afastamento da sigla da estrela solitária. Nesta semana, PDT, PCdoB e PSB passaram a discutir uma atuação conjunta como oposição ao Governo Bolsonaro. A aglutinação das três siglas também é uma espécie de frente às regras da esquerda, que sempre foram pautadas pelo PT. Ah! o PT não está neste tratado. Portanto, o partido do candidato derrotado no último domingo estará isolado de seus parceiros históricos. 


Esse distanciamento começou a ser verificado ainda no segundo turno. O PDT, de Ciro Gomes, para não dizer que ficou encima do muro, disse que fez um "apoio crítico" a Fernando Haddad, sem dizer o que é na prática um apoio crítico. Chama a atenção o PCdoB, que era unha e carne com o PT, inclusive tendo a candidata a vice na chapa de Haddad, seguir por esse caminho. A hegemonia petista na esquerda brasileira está sendo enfrentada pelos demais partidos dessa mesma vertente. Isso é fato!


Apesar de ter sido implodido nos últimos anos com a prisão de parte de suas lideranças, sob  acusação de envolvimento em corrupção, o PT até que não fez feio nas urnas no segundo turno. Para um partido que foi manchado moralmente, que teve que colocar um candidato a toque de caixa na campanha por conta do outro que está preso não poder concorrer, chegar no segundo turno, ainda fazer 47 milhões, o resultado do último domingo fez com que inexplicavelmente o Partido dos Trabalhadores caísse de pé.


O fato é que o PT errou e não reconheceu. Insistiu em situações que não tinham reviravolta, priorizou o retorno ao poder ao invés de um projeto para o país. Ou seja, o partido terá que se reinventar. Antes disso, terá que reconhecer, fazer mea culpa. Afinal de contas, a história recente que manchou o partido, respingou em muita gente inocente que está nas próprias fileiras. Sim! Foi isso mesmo que você ouviu, acredite! Tem gente no PT que não é corrupto!


No que se refere a continuidade do partido, o PT vai seguir existindo. Mais enfraquecido, mas vai ter continuidade. Outra coisa certa neste momento é que a sigla ainda não demonstra disposição de se retratar com a nação sobre tudo que aconteceu. Prefere passar a régua no passado, tentar construir o novo e fingir que nada aconteceu. Não é assim que as coisas funcionam! 

 

O partido, que já teve seus dias de glória, com Presidente da República, governadores em vários estados e prefeitos em boa parte dos mais de cinco mil municípios agora vive uma realidade diferente. Uma realidade indesejável em que o PT culpa os outros por estar inserido nela. A sigla aponta o dedo para tudo e continua a não fazer uma autoanálise. Certamente as causas desse desatino não estão com os outros.  E sim, no próprio PT.
 

 

02 nov 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

PT não reconhece os próprios erros e passa a ser isolado na esquerda

Depois de perder a eleição para Presidente da República, PT passa a ser isolado dentro da própria esquerda.

PT não reconhece os próprios erros e passa a ser isolado na esquerda

Além de ter perdido a eleição para Presidente da República no segundo turno, o Partido dos Trabalhadores também deve registrar mais uma perda nos próximos dias. Trata-se de uma parte de seus aliados históricos que claramente estão em processo de afastamento da sigla da estrela solitária. Nesta semana, PDT, PCdoB e PSB passaram a discutir uma atuação conjunta como oposição ao Governo Bolsonaro. A aglutinação das três siglas também é uma espécie de frente às regras da esquerda, que sempre foram pautadas pelo PT. Ah! o PT não está neste tratado. Portanto, o partido do candidato derrotado no último domingo estará isolado de seus parceiros históricos. 


Esse distanciamento começou a ser verificado ainda no segundo turno. O PDT, de Ciro Gomes, para não dizer que ficou encima do muro, disse que fez um "apoio crítico" a Fernando Haddad, sem dizer o que é na prática um apoio crítico. Chama a atenção o PCdoB, que era unha e carne com o PT, inclusive tendo a candidata a vice na chapa de Haddad, seguir por esse caminho. A hegemonia petista na esquerda brasileira está sendo enfrentada pelos demais partidos dessa mesma vertente. Isso é fato!


Apesar de ter sido implodido nos últimos anos com a prisão de parte de suas lideranças, sob  acusação de envolvimento em corrupção, o PT até que não fez feio nas urnas no segundo turno. Para um partido que foi manchado moralmente, que teve que colocar um candidato a toque de caixa na campanha por conta do outro que está preso não poder concorrer, chegar no segundo turno, ainda fazer 47 milhões, o resultado do último domingo fez com que inexplicavelmente o Partido dos Trabalhadores caísse de pé.


O fato é que o PT errou e não reconheceu. Insistiu em situações que não tinham reviravolta, priorizou o retorno ao poder ao invés de um projeto para o país. Ou seja, o partido terá que se reinventar. Antes disso, terá que reconhecer, fazer mea culpa. Afinal de contas, a história recente que manchou o partido, respingou em muita gente inocente que está nas próprias fileiras. Sim! Foi isso mesmo que você ouviu, acredite! Tem gente no PT que não é corrupto!


No que se refere a continuidade do partido, o PT vai seguir existindo. Mais enfraquecido, mas vai ter continuidade. Outra coisa certa neste momento é que a sigla ainda não demonstra disposição de se retratar com a nação sobre tudo que aconteceu. Prefere passar a régua no passado, tentar construir o novo e fingir que nada aconteceu. Não é assim que as coisas funcionam! 

 

O partido, que já teve seus dias de glória, com Presidente da República, governadores em vários estados e prefeitos em boa parte dos mais de cinco mil municípios agora vive uma realidade diferente. Uma realidade indesejável em que o PT culpa os outros por estar inserido nela. A sigla aponta o dedo para tudo e continua a não fazer uma autoanálise. Certamente as causas desse desatino não estão com os outros.  E sim, no próprio PT.