Nossa Opinião

01 nov 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Moisés terá que trabalhar muito para provar que não caiu de paraquedas

Novo governador terá um início de gestão que será marcado por dificuldade, de toda a ordem.

Moisés terá que trabalhar muito para provar que não caiu de paraquedas
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O comandante Carlos Moisés da Silva, do PSL, terá que trabalhar e muito para provar aos críticos de que não caiu de paraquedas no cargo de governador, para o qual ele foi eleito no último domingo com votação esmagadora. Sem sombra de dúvidas, é a maior surpresa da história da política barriga-verde, que sempre foi comandada por famílias tradicionais. 
O comandante é um sinal claro da vontade do eleitorado pela renovação. Há cinco meses, ele era desconhecido. Entrou como candidato, cresceu nas pesquisas, fez votação de respeito no primeiro turno desbancando Mariani e Décio Lima e atropelou Gelson Merísio, no segundo turno. A partir do dia primeiro de janeiro, estará nas mãos dele o destino dos catarinenses.


Por ter sido um ilustre desconhecido e conseguir um resultado, até então, tido como inimaginável, é natural que surjam questionamentos sobre a capacidade administrativa do gestor estadual recém-eleito. Por ele pertencer a um partido, composto em sua maioria por pessoas novatas, também é outro ponto de interrogação. Ainda mais quando se trata de formação de equipe de secretários, diretores e comandantes de estatais como Casan, Celesc, Epagri e Cidasc, que devem ser preenchidas. São situações que Moisés terá que saber lidar.


Outro ponto vital que exigirá jogo de cintura do novo comandante do Palácio Barriga Verde é a pressão, que irá refletir lá na frente a votação recorde que recebeu no último dia 28. Ou seja, com uma vitória gigantesca sobre Gelson Merísio, os olhos da opinião pública se voltarão com mais atenção para o governador eleito. Seus passos, suas decisões e medidas serão minunciosamente analisadas, discutidas e opinadas. O que é normal!


O que dá para dizer do novo governador eleito?! O comandante Carlos Moisés da Silva é um homem centrado, firme nas respostas e o mais importante, fala por si próprio. Certamente, ele foi beneficiado pela onda da mudança, puxada por Bolsonaro e seu PSL. Porém, o novo governador durante a campanha mencionou o maior nome do partido, mas não fez nenhuma reverência de idolatria ao líder máximo da sigla. O comandante Moisés incorporou e assumiu a sua condição de candidato. Digo isso porque eu o entrevistei aqui no estúdio da Rádio Aliança durante a campanha do primeiro turno e foram essas impressões que ele me deixou.


Por fim, além de lidar com essas situações que vão surgir em face dos resultados do segundo turno, o comandante Moisés também terá que passar por uma provação logo nos primeiros meses do governo. Trata-se das finanças do Estado de Santa Catarina. Conforme informações, o passivo hoje é de R$ 37 bilhões para serem administrados pelo próximo governo. Um senhor de um abacaxi.


O cenário será de dificuldade para o comandante Moisés. Portanto, em face de tudo que foi colocado, nesse momento, o desempenho do futuro Governo de Santa Catarina é considerado uma incógnita.

 

01 nov 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Moisés terá que trabalhar muito para provar que não caiu de paraquedas

Novo governador terá um início de gestão que será marcado por dificuldade, de toda a ordem.

Moisés terá que trabalhar muito para provar que não caiu de paraquedas

O comandante Carlos Moisés da Silva, do PSL, terá que trabalhar e muito para provar aos críticos de que não caiu de paraquedas no cargo de governador, para o qual ele foi eleito no último domingo com votação esmagadora. Sem sombra de dúvidas, é a maior surpresa da história da política barriga-verde, que sempre foi comandada por famílias tradicionais. 
O comandante é um sinal claro da vontade do eleitorado pela renovação. Há cinco meses, ele era desconhecido. Entrou como candidato, cresceu nas pesquisas, fez votação de respeito no primeiro turno desbancando Mariani e Décio Lima e atropelou Gelson Merísio, no segundo turno. A partir do dia primeiro de janeiro, estará nas mãos dele o destino dos catarinenses.


Por ter sido um ilustre desconhecido e conseguir um resultado, até então, tido como inimaginável, é natural que surjam questionamentos sobre a capacidade administrativa do gestor estadual recém-eleito. Por ele pertencer a um partido, composto em sua maioria por pessoas novatas, também é outro ponto de interrogação. Ainda mais quando se trata de formação de equipe de secretários, diretores e comandantes de estatais como Casan, Celesc, Epagri e Cidasc, que devem ser preenchidas. São situações que Moisés terá que saber lidar.


Outro ponto vital que exigirá jogo de cintura do novo comandante do Palácio Barriga Verde é a pressão, que irá refletir lá na frente a votação recorde que recebeu no último dia 28. Ou seja, com uma vitória gigantesca sobre Gelson Merísio, os olhos da opinião pública se voltarão com mais atenção para o governador eleito. Seus passos, suas decisões e medidas serão minunciosamente analisadas, discutidas e opinadas. O que é normal!


O que dá para dizer do novo governador eleito?! O comandante Carlos Moisés da Silva é um homem centrado, firme nas respostas e o mais importante, fala por si próprio. Certamente, ele foi beneficiado pela onda da mudança, puxada por Bolsonaro e seu PSL. Porém, o novo governador durante a campanha mencionou o maior nome do partido, mas não fez nenhuma reverência de idolatria ao líder máximo da sigla. O comandante Moisés incorporou e assumiu a sua condição de candidato. Digo isso porque eu o entrevistei aqui no estúdio da Rádio Aliança durante a campanha do primeiro turno e foram essas impressões que ele me deixou.


Por fim, além de lidar com essas situações que vão surgir em face dos resultados do segundo turno, o comandante Moisés também terá que passar por uma provação logo nos primeiros meses do governo. Trata-se das finanças do Estado de Santa Catarina. Conforme informações, o passivo hoje é de R$ 37 bilhões para serem administrados pelo próximo governo. Um senhor de um abacaxi.


O cenário será de dificuldade para o comandante Moisés. Portanto, em face de tudo que foi colocado, nesse momento, o desempenho do futuro Governo de Santa Catarina é considerado uma incógnita.