Nossa Opinião

25 out 18 | 17h49 Por Rádio Aliança

Demora do IGP! O ser humano merece dignidade, mesmo depois de sua morte

Inoperância do Estado faz com que a sociedade e os próprios servidores do IGP sejam vítimas do constrangimento.

Demora do IGP! O ser humano merece dignidade, mesmo depois de sua morte
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O Ser humano precisa de dignidade! Em qualquer momento. Até naqueles de consternação e dor e, acreditem, até mesmo após a sua morte. Porém, esse direito sagrado em algumas ocasiões não está sendo respeitado e tivemos um exemplo vivo disso aqui em Concórdia na manhã da quarta-feira. 

 

Imaginem a situação! Houve um acidente que vitimou um motociclista numa estrada secundária em São José. Isso por volta das 9h30. Aos poucos, o fato foi ganhando repercussão, passando pelo chamado ao Corpo de Bombeiros, que foi ao local, constatou o óbito e chamou a Polícia Militar; a PM por sua vez esteve lá, chamou o IGP e fez a guarda do local do acidente.

 

Aos poucos curiosos foram chegando. Os familiares também começaram a chegar e, claro, entra o momento crítico da triste descoberta, acompanhada pela consternação com a revelação da morte de um ente querido e o forte sentimento de perda inesperada.

 

Mesmo sem chão e procurando entender a situação, qualquer pessoa que perde alguém de forma trágica deseja dar o encaminhamento o mais rápido possível, como sair daquele local e desfazer a cena trágica. Porém, como o perito criminal do IGP veio de Chapecó, essa espera ontem foi de quase três horas. Pode parecer pouco no relógio, mas é uma eternidade para quem está vivendo momentos de tristeza e dor. Por aproximadamente três horas, o corpo da vítima, no caso Valdemar Barbieri, ficou embaixo de um trator, aguardando a chegada do perito criminalista que veio de Chapecó. Familiares, amigos e curiosos também ficaram todo esse período, inoperantes, apenas emoldurando o cenário de tristeza.

 

Tudo isso aconteceu porque Concórdia não tem disponível nesse momento um perito criminalista. Por isso, esse profissional tem que vir de outra região, neste caso de Chapecó.  Até quando? Não sei!

 

A única coisa que todo mundo sabe é que o Estado vai ter que resolver isso o mais rápido possível. Não dá para admitir uma resposta tão pífia para uma situação tão delicada como essa. Essa resposta não é para alimentar egos administrativos. É para atender bem a população, mesmo. É essa a função sagrada de um governo. 

 

Quero deixar bem claro que, além da sociedade, os próprios servidores, neste caso do IGP, também são vítimas dessa situação. É humanamente impossível estar ao mesmo tempo em vários lugares. Digo isso porque a informação que chegou até a Rádio Aliança era de que a demora na vinda do perito criminalista de Chapecó ocorreu porque ele estava atendendo outros três casos. Isso sem falar no deslocamento pela SC 283, 90 km de uma estrada velha e ultrapassada. Ou seja, os próprios trabalhadores são submetidos a uma condição de trabalho que no meu entendimento é precária.

 

Bem verdade que neste campo da perícia, Concórdia já teve outros problemas como falta de estrutura para a sede do IGP e falta de médico legista. Esses pontos já foram resolvidos. Com certa demora, mas foram! Agora falta a contratação de um perito criminalista, que hoje vem de outras regiões. Porém, essa resolução de problema não pode significar o nascimento de outros. O Estado precisa agir. Por enquanto, fica o desafio para o próximo governador, independente de quem for eleito no domingo.

 

25 out 18 | 17h49 Por Rádio Aliança

Demora do IGP! O ser humano merece dignidade, mesmo depois de sua morte

Inoperância do Estado faz com que a sociedade e os próprios servidores do IGP sejam vítimas do constrangimento.

Demora do IGP! O ser humano merece dignidade, mesmo depois de sua morte

O Ser humano precisa de dignidade! Em qualquer momento. Até naqueles de consternação e dor e, acreditem, até mesmo após a sua morte. Porém, esse direito sagrado em algumas ocasiões não está sendo respeitado e tivemos um exemplo vivo disso aqui em Concórdia na manhã da quarta-feira. 

 

Imaginem a situação! Houve um acidente que vitimou um motociclista numa estrada secundária em São José. Isso por volta das 9h30. Aos poucos, o fato foi ganhando repercussão, passando pelo chamado ao Corpo de Bombeiros, que foi ao local, constatou o óbito e chamou a Polícia Militar; a PM por sua vez esteve lá, chamou o IGP e fez a guarda do local do acidente.

 

Aos poucos curiosos foram chegando. Os familiares também começaram a chegar e, claro, entra o momento crítico da triste descoberta, acompanhada pela consternação com a revelação da morte de um ente querido e o forte sentimento de perda inesperada.

 

Mesmo sem chão e procurando entender a situação, qualquer pessoa que perde alguém de forma trágica deseja dar o encaminhamento o mais rápido possível, como sair daquele local e desfazer a cena trágica. Porém, como o perito criminal do IGP veio de Chapecó, essa espera ontem foi de quase três horas. Pode parecer pouco no relógio, mas é uma eternidade para quem está vivendo momentos de tristeza e dor. Por aproximadamente três horas, o corpo da vítima, no caso Valdemar Barbieri, ficou embaixo de um trator, aguardando a chegada do perito criminalista que veio de Chapecó. Familiares, amigos e curiosos também ficaram todo esse período, inoperantes, apenas emoldurando o cenário de tristeza.

 

Tudo isso aconteceu porque Concórdia não tem disponível nesse momento um perito criminalista. Por isso, esse profissional tem que vir de outra região, neste caso de Chapecó.  Até quando? Não sei!

 

A única coisa que todo mundo sabe é que o Estado vai ter que resolver isso o mais rápido possível. Não dá para admitir uma resposta tão pífia para uma situação tão delicada como essa. Essa resposta não é para alimentar egos administrativos. É para atender bem a população, mesmo. É essa a função sagrada de um governo. 

 

Quero deixar bem claro que, além da sociedade, os próprios servidores, neste caso do IGP, também são vítimas dessa situação. É humanamente impossível estar ao mesmo tempo em vários lugares. Digo isso porque a informação que chegou até a Rádio Aliança era de que a demora na vinda do perito criminalista de Chapecó ocorreu porque ele estava atendendo outros três casos. Isso sem falar no deslocamento pela SC 283, 90 km de uma estrada velha e ultrapassada. Ou seja, os próprios trabalhadores são submetidos a uma condição de trabalho que no meu entendimento é precária.

 

Bem verdade que neste campo da perícia, Concórdia já teve outros problemas como falta de estrutura para a sede do IGP e falta de médico legista. Esses pontos já foram resolvidos. Com certa demora, mas foram! Agora falta a contratação de um perito criminalista, que hoje vem de outras regiões. Porém, essa resolução de problema não pode significar o nascimento de outros. O Estado precisa agir. Por enquanto, fica o desafio para o próximo governador, independente de quem for eleito no domingo.