Nossa Opinião

17 out 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Estamos vivendo um período difícil

Todos os dias somos violentados, de todas as formas psicológicas. Só nos damos conta da violência quando há morte.

Estamos vivendo um período difícil
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A morte prematura de um jovem de 23 anos, em decorrência de espancamento sofido no fim de semana na área central de Concórdia, sendo que os agressores também são jovens, nos remete a uma reflexão simplista e ignorada no nosso dia a dia. Estamos vivendo um período difícil. O que aconteceu com Jorge Wendel certamente tem explicação, mas não uma justificativa. Cabe a Justiça apurar e punir os responsáveis dentro dos parâmetros da Lei.

 

O que aconteceu no fim de semana é um indício sintomático de que precisamos começar uma mudança, cujos reflexos práticos, talvez, não estejamos mais aqui neste plano para vê-los frutificar. A mudança que eu me refiro é resgatar valores internos de cada pessoa que sustentem a cultura da paz, da harmonia e da boa convivência. É difícil começar uma obra que certamente não iremos usufruir de seus resultados. Porém, é um legado que poderemos deixar para as futuras gerações. Compete a nós mudar esse comportamento e criar essa corrente.

 

O tipo de violência, registrado na Osvaldo Zandavalli, que ceifou a vida desse jovem choca. Porém, quero lembrar que no nosso dia a dia estamos susceptíveis a vários tipos de violência, que individualmente passam desapercebidas e quando acumuladas viram um fenômeno nefasto que compromete a nossa saúde física e mental. Muitas vezes chegam até a afetar e atingir as pessoas que estão no nosso convívio, que contaminadas iniciam um novo círculo vicioso com outros semelhantes.

 

Uma dessas violências está nas redes sociais, ainda mais agora em época de política. É difícil não entrar no facebook, por exemplo, e não ser bombardeado por uma gama de notícias falsas, escritas com o objetivo de difamar um candidato ou partido o qual ele representa, bem como também postagens que atingem os eleitores. Afirmações inconvenientes e desnecessárias, fruto de dedos raivosos e mentes manchadas pelo chamado "sangue nos olhos". Esse clima de animosidade também é potencializado pelos próprios candidatos, os personagens desse processo, que abrem mão do discurso edificante e propositivo para escambarem aos ataques verborrágicos, que tornam o processo que ainda é democrático em um ringue de uma luta suja e deprimente.

 

Claro que a violência sofrida pelo jovem Jorge Wendel e a violência que todos nós sofremos e praticamos no dia a dia na internet, a maioria agora por motivação política, são de origem totalmente diferentes. Porém ambas situações caminham para uma única conclusão, de que estamos vivendo tempos difíceis na condição de humanos e racionais.

17 out 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

Estamos vivendo um período difícil

Todos os dias somos violentados, de todas as formas psicológicas. Só nos damos conta da violência quando há morte.

Estamos vivendo um período difícil

A morte prematura de um jovem de 23 anos, em decorrência de espancamento sofido no fim de semana na área central de Concórdia, sendo que os agressores também são jovens, nos remete a uma reflexão simplista e ignorada no nosso dia a dia. Estamos vivendo um período difícil. O que aconteceu com Jorge Wendel certamente tem explicação, mas não uma justificativa. Cabe a Justiça apurar e punir os responsáveis dentro dos parâmetros da Lei.

 

O que aconteceu no fim de semana é um indício sintomático de que precisamos começar uma mudança, cujos reflexos práticos, talvez, não estejamos mais aqui neste plano para vê-los frutificar. A mudança que eu me refiro é resgatar valores internos de cada pessoa que sustentem a cultura da paz, da harmonia e da boa convivência. É difícil começar uma obra que certamente não iremos usufruir de seus resultados. Porém, é um legado que poderemos deixar para as futuras gerações. Compete a nós mudar esse comportamento e criar essa corrente.

 

O tipo de violência, registrado na Osvaldo Zandavalli, que ceifou a vida desse jovem choca. Porém, quero lembrar que no nosso dia a dia estamos susceptíveis a vários tipos de violência, que individualmente passam desapercebidas e quando acumuladas viram um fenômeno nefasto que compromete a nossa saúde física e mental. Muitas vezes chegam até a afetar e atingir as pessoas que estão no nosso convívio, que contaminadas iniciam um novo círculo vicioso com outros semelhantes.

 

Uma dessas violências está nas redes sociais, ainda mais agora em época de política. É difícil não entrar no facebook, por exemplo, e não ser bombardeado por uma gama de notícias falsas, escritas com o objetivo de difamar um candidato ou partido o qual ele representa, bem como também postagens que atingem os eleitores. Afirmações inconvenientes e desnecessárias, fruto de dedos raivosos e mentes manchadas pelo chamado "sangue nos olhos". Esse clima de animosidade também é potencializado pelos próprios candidatos, os personagens desse processo, que abrem mão do discurso edificante e propositivo para escambarem aos ataques verborrágicos, que tornam o processo que ainda é democrático em um ringue de uma luta suja e deprimente.

 

Claro que a violência sofrida pelo jovem Jorge Wendel e a violência que todos nós sofremos e praticamos no dia a dia na internet, a maioria agora por motivação política, são de origem totalmente diferentes. Porém ambas situações caminham para uma única conclusão, de que estamos vivendo tempos difíceis na condição de humanos e racionais.