Nossa Opinião

01 out 18 | 11h55 Por Rádio Aliança

O pecado da generalização

Em pleno ano de 2018 é inadmissível que ainda não saibamos separar o joio do trigo.

O pecado da generalização
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Em pleno ano de 2018, uma parte significativa da população continua incorrendo em um dos deslizes mais primitivos da sociedade: a generalização. E isso se torna mais evidente nesse período de campanha política. Apesar de toda evolução na área intelectual, ainda não aprendemos a separar o joio do trigo. E isso acaba sendo um combustível para conflitos desnecessários.

Se formos procurar no dicionário, o significado da palavra "generalização" ela quer dizer, em linhas gerais, extensão de um princípio, conceito, bem como de resultados ou de observações de ocorrências particulares, a todos os casos que se pode aplicá-los.

Em um exemplo mais tácito, trocando em miúdos, também pode ser atribuir adjetivos a um grupo em sua totalidade pelo comportamento de uma minoria pertencente a esse grupo.

Um dos exemplos mais clássicos e injustos da generalização é dizer que todo aquele que segue a religião islã é "terrorista", que todo o nordestino é "insolente", que todo o sulista é "racista" e que todo o brasileiro é "malandro". Ou seja, o comportamento de uma minoria acaba sendo notabilizada e os demais integrantes, que não tem esse comportamento, acabam sendo rotulados.

Em época de campanha política, o pecado da generalização acaba sendo usado para desconstruir discursos do candidato oponente ou desconstruir o próprio adversário, nem que isso tenha que atingir o todo, partido político e eleitores. Acho isso muito perigoso. Afinal de contas, se uma parcela de integrantes de um partido político se lambuzou na lama da corrupção, isso não quer dizer que todos os integrantes desse mesmo partido são corruptos.

Isso também se aplica à posição de um candidato sobre variados assuntos, que não se estende aos seus eleitores. Isso quer dizer se o referido postulante a um cargo eletivo defenda a liberação das armas, isso pode não ter a concordância de uma parcela de seus eleitores, que não deixarão de ser seus seguidores por causa disso. Isso não quer dizer que todos estão no mesmo balaio de gato no que uma parte da opinião pública considera o "discurso contra a vida".

Porém, a chaga da generalização é bastante notória nas redes sociais. O facebook é um lugar onde todos apontam o dedo para todos. Em época de campanha política, esse comportamento é uma coqueluche.

Primeiro lugar, os debatedores de política em redes sociais precisam entender que a generalização é algo atrasado, retrógado e sem sentido. Isso pode gerar conflitos desnecessários e, na maioria dos casos, dores de cabeça na esfera judicial.

Em segundo lugar, existem ferramentas e são inúmeras para pesquisas, para a busca de informações e para separar o joio do trigo. Estamos em 2018. Os tempos mudaram e a única situação em que o termo generalização se aplica é através do adjetivo burrice para quem costuma generalizar.

01 out 18 | 11h55 Por Rádio Aliança

O pecado da generalização

Em pleno ano de 2018 é inadmissível que ainda não saibamos separar o joio do trigo.

O pecado da generalização

Em pleno ano de 2018, uma parte significativa da população continua incorrendo em um dos deslizes mais primitivos da sociedade: a generalização. E isso se torna mais evidente nesse período de campanha política. Apesar de toda evolução na área intelectual, ainda não aprendemos a separar o joio do trigo. E isso acaba sendo um combustível para conflitos desnecessários.

Se formos procurar no dicionário, o significado da palavra "generalização" ela quer dizer, em linhas gerais, extensão de um princípio, conceito, bem como de resultados ou de observações de ocorrências particulares, a todos os casos que se pode aplicá-los.

Em um exemplo mais tácito, trocando em miúdos, também pode ser atribuir adjetivos a um grupo em sua totalidade pelo comportamento de uma minoria pertencente a esse grupo.

Um dos exemplos mais clássicos e injustos da generalização é dizer que todo aquele que segue a religião islã é "terrorista", que todo o nordestino é "insolente", que todo o sulista é "racista" e que todo o brasileiro é "malandro". Ou seja, o comportamento de uma minoria acaba sendo notabilizada e os demais integrantes, que não tem esse comportamento, acabam sendo rotulados.

Em época de campanha política, o pecado da generalização acaba sendo usado para desconstruir discursos do candidato oponente ou desconstruir o próprio adversário, nem que isso tenha que atingir o todo, partido político e eleitores. Acho isso muito perigoso. Afinal de contas, se uma parcela de integrantes de um partido político se lambuzou na lama da corrupção, isso não quer dizer que todos os integrantes desse mesmo partido são corruptos.

Isso também se aplica à posição de um candidato sobre variados assuntos, que não se estende aos seus eleitores. Isso quer dizer se o referido postulante a um cargo eletivo defenda a liberação das armas, isso pode não ter a concordância de uma parcela de seus eleitores, que não deixarão de ser seus seguidores por causa disso. Isso não quer dizer que todos estão no mesmo balaio de gato no que uma parte da opinião pública considera o "discurso contra a vida".

Porém, a chaga da generalização é bastante notória nas redes sociais. O facebook é um lugar onde todos apontam o dedo para todos. Em época de campanha política, esse comportamento é uma coqueluche.

Primeiro lugar, os debatedores de política em redes sociais precisam entender que a generalização é algo atrasado, retrógado e sem sentido. Isso pode gerar conflitos desnecessários e, na maioria dos casos, dores de cabeça na esfera judicial.

Em segundo lugar, existem ferramentas e são inúmeras para pesquisas, para a busca de informações e para separar o joio do trigo. Estamos em 2018. Os tempos mudaram e a única situação em que o termo generalização se aplica é através do adjetivo burrice para quem costuma generalizar.