Economia

14 set 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

MPF diz que não há irregularidade no preço dos combustíveis

Levantamento mostra que Concórdia possui a gasolina mais cara de Santa Catarina

MPF diz que não há irregularidade no preço dos combustíveis
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Abastecer o veículo está pesando no bolso dos brasileiros e já faz bastante tempo. Em Concórdia esse assunto sempre rende polêmica, já que o município possui o preço médio da gasolina mais elevado de Santa Catarina.  O Procon chegou a fazer uma notificação sobre essa polêmica ao Ministério Público Federal (MPF), que em junho se manifestou pelo arquivamento da denúncia. O parecer do MPF aponta que “a simples constatação de que o preço encontra-se mais elevado em determinado local quando comparado a outro é insuficiente para caracterizar cartel”.

 

O chefe do Procon de Concórdia, Clademir Bee, conta que foi encaminhado ao MPF as notas de compra de combustíveis dos postos e também os cupons de venda. O parecer do Ministério Público detalha que em pesquisa realizada em outras cidades do Meio-Oeste Catarinense se verificou valores similares ou maiores que os praticados em Concórdia.

 

Clademir Bee esclarece que o que configura irregularidades não é o aumento de preços, mas a elevação arbitrária dos lucros. “Nós fizemos um monitoramento contínuo no preço dos combustíveis e não houve alteração na margem de lucro”, pontua. Na prática, há um aumento de preços repassados aos consumidores, mas isso não significa que os postos estão elevando a margem de lucratividade.

 

Outra dúvida que seguidamente vem à tona é sobre a fiscalização. Bee explica que cada distribuidora tem liberdade para definir a própria política de preços. “Ao Procon compete fiscalizar apenas se esses preços estão visíveis aos consumidores. Sobre o valor cobrado, não podemos interferir’, detalha.

 

Concórdia tem a gasolina mais cara

 

Nesta semana o Diário Catarinense fez uma reportagem mostrando que Concórdia possui o preço médio da gasolina mais alto de Santa Catarina, que era R$ 4,57. Os maiores preços, segundo os levantamentos da Agência Nacional de Petróleo (ANP), estão no Oeste do Estado. Xanxerê é o segundo, com média de R$ 4,36, e Chapecó o terceiro com R$ 4,25. Essas informações foram coletadas na semana passada.

 

Os números apurados pelo Jornalismo da Rádio Aliança nesta quinta-feira, 13 de setembro, mostram uma média ainda maior. O preço médio da gasolina comum nesta semana ficou de R$ 4,60, em pesquisa realizada em 11 postos de combustíveis de Concórdia. O preço mínimo é R$ 4,39 e o máximo chega a R$ 4,76, com variação de R$ 0,37.

 

O que influencia nos preços

 

Fatores como a cotação do barril de petróleo, taxa de câmbio, custo de frete e os impostos que são cobrados em cada Estado interferem diretamente nos preços dos combustíveis. Outro detalhe que influencia é a concorrência. O representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina, Reinaldo Geraldi, diz que quanto maior o número de postos no município, maior tende a ser a concorrência. “No Litoral estamos a 40 quilômetros das distribuidoras. Muitas vezes o custo para os donos de postos no aí Oeste acaba sendo maior do que valor que os consumidores pagam na bomba aqui em Joinville, por exemplo”, destaca.  

 

Geraldi pontua que no mês passado a Petrobrás repassou reajuste de 8% ao preço da gasolina e em setembro já está em 5%. “Temos mudanças nos preços praticamente todos os dias”, afirma. Outro fator que está influenciando agora é o período de entressafra da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima para a produção do etanol que representa 25% da composição da gasolina.

14 set 18 | 6h00 Por Rádio Aliança

MPF diz que não há irregularidade no preço dos combustíveis

Levantamento mostra que Concórdia possui a gasolina mais cara de Santa Catarina

MPF diz que não há irregularidade no preço dos combustíveis

Abastecer o veículo está pesando no bolso dos brasileiros e já faz bastante tempo. Em Concórdia esse assunto sempre rende polêmica, já que o município possui o preço médio da gasolina mais elevado de Santa Catarina.  O Procon chegou a fazer uma notificação sobre essa polêmica ao Ministério Público Federal (MPF), que em junho se manifestou pelo arquivamento da denúncia. O parecer do MPF aponta que “a simples constatação de que o preço encontra-se mais elevado em determinado local quando comparado a outro é insuficiente para caracterizar cartel”.

 

O chefe do Procon de Concórdia, Clademir Bee, conta que foi encaminhado ao MPF as notas de compra de combustíveis dos postos e também os cupons de venda. O parecer do Ministério Público detalha que em pesquisa realizada em outras cidades do Meio-Oeste Catarinense se verificou valores similares ou maiores que os praticados em Concórdia.

 

Clademir Bee esclarece que o que configura irregularidades não é o aumento de preços, mas a elevação arbitrária dos lucros. “Nós fizemos um monitoramento contínuo no preço dos combustíveis e não houve alteração na margem de lucro”, pontua. Na prática, há um aumento de preços repassados aos consumidores, mas isso não significa que os postos estão elevando a margem de lucratividade.

 

Outra dúvida que seguidamente vem à tona é sobre a fiscalização. Bee explica que cada distribuidora tem liberdade para definir a própria política de preços. “Ao Procon compete fiscalizar apenas se esses preços estão visíveis aos consumidores. Sobre o valor cobrado, não podemos interferir’, detalha.

 

Concórdia tem a gasolina mais cara

 

Nesta semana o Diário Catarinense fez uma reportagem mostrando que Concórdia possui o preço médio da gasolina mais alto de Santa Catarina, que era R$ 4,57. Os maiores preços, segundo os levantamentos da Agência Nacional de Petróleo (ANP), estão no Oeste do Estado. Xanxerê é o segundo, com média de R$ 4,36, e Chapecó o terceiro com R$ 4,25. Essas informações foram coletadas na semana passada.

 

Os números apurados pelo Jornalismo da Rádio Aliança nesta quinta-feira, 13 de setembro, mostram uma média ainda maior. O preço médio da gasolina comum nesta semana ficou de R$ 4,60, em pesquisa realizada em 11 postos de combustíveis de Concórdia. O preço mínimo é R$ 4,39 e o máximo chega a R$ 4,76, com variação de R$ 0,37.

 

O que influencia nos preços

 

Fatores como a cotação do barril de petróleo, taxa de câmbio, custo de frete e os impostos que são cobrados em cada Estado interferem diretamente nos preços dos combustíveis. Outro detalhe que influencia é a concorrência. O representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina, Reinaldo Geraldi, diz que quanto maior o número de postos no município, maior tende a ser a concorrência. “No Litoral estamos a 40 quilômetros das distribuidoras. Muitas vezes o custo para os donos de postos no aí Oeste acaba sendo maior do que valor que os consumidores pagam na bomba aqui em Joinville, por exemplo”, destaca.  

 

Geraldi pontua que no mês passado a Petrobrás repassou reajuste de 8% ao preço da gasolina e em setembro já está em 5%. “Temos mudanças nos preços praticamente todos os dias”, afirma. Outro fator que está influenciando agora é o período de entressafra da cana-de-açúcar, que é a matéria-prima para a produção do etanol que representa 25% da composição da gasolina.