Nossa Opinião

04 set 18 | 11h50 Por Rádio Aliança

Fimusi: faltou entendimento e sobrou "mimimi"

Inclusão, ou não da música gospel, estabeleceu uma polêmica desnecessária em um dos principais festivais de SC.

Fimusi: faltou entendimento e sobrou "mimimi"
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Uma polêmica desnecessária! Assim dá para definir a história da inclusão, ou não, da categoria gospel no Festival da Música e Integração, Fimusi, que será nesta semana em Irani. Depois da bronca de alguns intérpretes, o assunto chegou na Câmara de Vereadores, sendo que alguns parlamentares fizeram uma nota de repúdio pelo fato da categoria não estar no festival.

 

Só para recordar, o assunto ganhou notoriedade nas redes sociais porque artistas de outros municípios teriam reclamado e alegado uma possível discriminação pelo fato do gênero gospel não ser aceito neste festival. A Prefeitura alega que já havia realizado um evento da canção voltado exclusivamente para o gospel, mas para artistas de Irani. Houve também quem reclamasse de que teria sido impedido de cantar "canções de louvor" no gênero popular que faz parte do Fimusi desse ano e por aí vai....


As categorias são popular, sertaneja e nativista, infantil, juvenil e adulto. Portanto não estão incluídas as categorias gospel, que já teve o seu festival, o funk,  o baião, o jazz e outros tantos gêneros existentes. Não vejo que haja uma espécie de inquisição cultural contra esses artistas como algumas reclamações sugeriram, apenas uma definição de categorias mediante critérios da própria organização. Algo natural. Se não fosse assim, os irmãos Casagrande, por exemplo, também poderiam reivindicar o direito de se apresentar num Rock in Rio.


Sobre a tentativa de inscrição de cantores de músicas de louvor no gênero popular, o que não foi aceita pela organização do evento, também tem explicação lógica. Gênero popular é uma coisa e gospel é outro gênero, simples! O gospel é composto por músicas de louvor, de cunho evangélico. Já o popular reúne primordialmente uma gama de artistas que continuam na boca do povo ao longo de várias gerações. Caetano Veloso e Gilberto Gil são alguns exemplos. Concordo que é um gênero que precisa de uma redefinição, afinal de contas a MPB deixou de ser "popular" há muito tempo e hoje o sertanejo universitário assumiu exponencialmente esse papel. Porém, esse rótulo ainda é aplicado aos cantores de MPB, estilo de música que teve o seu auge em outras épocas.


Sobre o fato dessa polêmica também reverberar na Câmara de Vereadores é a tal da história. Oposição boa é oposição que tira casquinha. Lógico que isso iria fomentar o discurso de alguns vereadores e foi o que aconteceu. Natural! 


Portanto a Prefeitura, ao tentar mudar o que já estava sendo feito, corre o risco de incorrer nesse tipo de situação que é imprevisível. Porém, concordo com o colega Cristiano Mortari, se fizesse o festival para cantores gospel uma noite antes do Fimusi, não teria essa polêmica toda. Aproveitaria a estrutura e o clima do festival para esses artistas também. Lembrando que o festival de música gospel aconteceu em junho.


Por fim, o que se instaurou foi uma polêmica desnecessária e desgastante tanto para a organização como o para os artistas que alegaram uma possível discriminação. Faltou entendimento e sobrou "mimimi".

 

04 set 18 | 11h50 Por Rádio Aliança

Fimusi: faltou entendimento e sobrou "mimimi"

Inclusão, ou não da música gospel, estabeleceu uma polêmica desnecessária em um dos principais festivais de SC.

Fimusi: faltou entendimento e sobrou "mimimi"

Uma polêmica desnecessária! Assim dá para definir a história da inclusão, ou não, da categoria gospel no Festival da Música e Integração, Fimusi, que será nesta semana em Irani. Depois da bronca de alguns intérpretes, o assunto chegou na Câmara de Vereadores, sendo que alguns parlamentares fizeram uma nota de repúdio pelo fato da categoria não estar no festival.

 

Só para recordar, o assunto ganhou notoriedade nas redes sociais porque artistas de outros municípios teriam reclamado e alegado uma possível discriminação pelo fato do gênero gospel não ser aceito neste festival. A Prefeitura alega que já havia realizado um evento da canção voltado exclusivamente para o gospel, mas para artistas de Irani. Houve também quem reclamasse de que teria sido impedido de cantar "canções de louvor" no gênero popular que faz parte do Fimusi desse ano e por aí vai....


As categorias são popular, sertaneja e nativista, infantil, juvenil e adulto. Portanto não estão incluídas as categorias gospel, que já teve o seu festival, o funk,  o baião, o jazz e outros tantos gêneros existentes. Não vejo que haja uma espécie de inquisição cultural contra esses artistas como algumas reclamações sugeriram, apenas uma definição de categorias mediante critérios da própria organização. Algo natural. Se não fosse assim, os irmãos Casagrande, por exemplo, também poderiam reivindicar o direito de se apresentar num Rock in Rio.


Sobre a tentativa de inscrição de cantores de músicas de louvor no gênero popular, o que não foi aceita pela organização do evento, também tem explicação lógica. Gênero popular é uma coisa e gospel é outro gênero, simples! O gospel é composto por músicas de louvor, de cunho evangélico. Já o popular reúne primordialmente uma gama de artistas que continuam na boca do povo ao longo de várias gerações. Caetano Veloso e Gilberto Gil são alguns exemplos. Concordo que é um gênero que precisa de uma redefinição, afinal de contas a MPB deixou de ser "popular" há muito tempo e hoje o sertanejo universitário assumiu exponencialmente esse papel. Porém, esse rótulo ainda é aplicado aos cantores de MPB, estilo de música que teve o seu auge em outras épocas.


Sobre o fato dessa polêmica também reverberar na Câmara de Vereadores é a tal da história. Oposição boa é oposição que tira casquinha. Lógico que isso iria fomentar o discurso de alguns vereadores e foi o que aconteceu. Natural! 


Portanto a Prefeitura, ao tentar mudar o que já estava sendo feito, corre o risco de incorrer nesse tipo de situação que é imprevisível. Porém, concordo com o colega Cristiano Mortari, se fizesse o festival para cantores gospel uma noite antes do Fimusi, não teria essa polêmica toda. Aproveitaria a estrutura e o clima do festival para esses artistas também. Lembrando que o festival de música gospel aconteceu em junho.


Por fim, o que se instaurou foi uma polêmica desnecessária e desgastante tanto para a organização como o para os artistas que alegaram uma possível discriminação. Faltou entendimento e sobrou "mimimi".