Nossa Opinião

27 ago 18 | 15h23 Por Rádio Aliança

Informação do tempo: A diferença entre alerta e alarmismo

Na última semana, informações de que um temporal poderia acontecer repercutiu e muito. Houve exagero!!

Informação do tempo: A diferença entre alerta e alarmismo
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Existe uma linha tênue entre o alerta e o alarmismo. O alerta é uma informação útil sobre algo que pode acontecer, remetendo para que o receptor observe tenha cuidados necessários, se antecipar e estar pronto se a previsão se confirmar. O alarmismo é uma informação exagerada, aumenta e potencializa algo que pode acontecer e, quando ocorre, fica bem aquém da expectativa gerada através de uma informação antecipada e dita de uma maneira, digamos assim, equivocada.


No que tange a previsão do tempo, tivemos na última semana, entre a quinta e a sexta-feira, dias 23 e 24, uma propagação de notícias acerca sobre a frente fria que já passou e cujos efeitos ficaram longe, mas muito longe de se confirmar. Sinceramente, houve até uma espécie de "bate-boca" entre alguns profissionais da meteorologia, que atuam no Sul do Brasil. O motivo foi a forma que certas notícias foram propagadas e viralizadas nas redes sociais.


Conforme informação divulgada pela maioria dos profissionais e institutos, dava a entender que teríamos uma espécie de catástrofe provocada pela chuva e pelo vento, que varreria boa parte do Sul do Brasil. Não foi dito com essas palavras, mas nesse caso o excesso de alerta virou alarmismo. O resultado, particularmente para nós aqui, foi bem diferente. A chuva veio, acompanhada de vento, mas não trouxe nenhum tipo de transtorno. Foi algo normal, assim como acontece em qualquer chuva forte. Houve sim estragos e transtornos em outras regiões mais pontuais do Sul do Brasil. Mas longe, muito longe de ser algo generalizado conforme as ilustrações feitas em mapas virtuais dos três estados.


O problema é que a previsão catastrófica, mesmo no campo da possibilidade, já estava sendo divulgada com dias de antecedência dos eventos previstos. Pela forma que houve a publicação, era algo certo. 

 

Na verdade, a meteorologia consegue sim prever quando haverá um temporal em uma dada localidade. Porém, esse tipo de informação é possível de confirmar com 100% de certeza horas ou minutos antes do evento. Além disso é só possibilidade, ou seja, o "pode acontecer".


A informação, do jeito que veio, foi comprada pelos meios de comunicação de toda a região que, diante de toda essa situação, publicou a notícia também num tom exagerado. Temos que fazer a mea culpa! Nós da Aliança também publicamos e replicamos essa informação que, felizmente, não se concretizou.


Nas redes sociais, muita gente comentava e demonstrava um certo temor em relação ao que estava por vir. Algumas pessoas, notoriamente, já tinham passado pelo trauma de ter a casa destelhada, destruída ou alagada por eventos climáticos anteriores e estavam lamentando o que para elas era iminente e iria acontecer de novo. Ou seja, essas pessoas passaram por uma espécie de pré-estresse à toa e foram forçadas a sair de suas rotinas. Trocando em miúdos, uma notícia exagerada provocou toda essa reação desnecessária.


Felizmente não aconteceu! Certamente não aconteceria, mesmo. Passou, foi embora. Foi mais do mesmo! Mas em uma coisa temos que admitir, a exemplo de outras ocasiões, a meteorologia das redes sociais acertou em cheio em outro ponto. O frio veio com tudo e estamos sentindo na pele.


Para finalizar, a frase “sou responsável pelo que eu escrevo e não pelo que você entende”, fruto de comentário em edições anteriores, se aplica à opinião. Informação, como a previsão do tempo não permite interpretações. Tem que ser reta e precisa. Sem ter o que tirar ou colocar.

 

27 ago 18 | 15h23 Por Rádio Aliança

Informação do tempo: A diferença entre alerta e alarmismo

Na última semana, informações de que um temporal poderia acontecer repercutiu e muito. Houve exagero!!

Informação do tempo: A diferença entre alerta e alarmismo

Existe uma linha tênue entre o alerta e o alarmismo. O alerta é uma informação útil sobre algo que pode acontecer, remetendo para que o receptor observe tenha cuidados necessários, se antecipar e estar pronto se a previsão se confirmar. O alarmismo é uma informação exagerada, aumenta e potencializa algo que pode acontecer e, quando ocorre, fica bem aquém da expectativa gerada através de uma informação antecipada e dita de uma maneira, digamos assim, equivocada.


No que tange a previsão do tempo, tivemos na última semana, entre a quinta e a sexta-feira, dias 23 e 24, uma propagação de notícias acerca sobre a frente fria que já passou e cujos efeitos ficaram longe, mas muito longe de se confirmar. Sinceramente, houve até uma espécie de "bate-boca" entre alguns profissionais da meteorologia, que atuam no Sul do Brasil. O motivo foi a forma que certas notícias foram propagadas e viralizadas nas redes sociais.


Conforme informação divulgada pela maioria dos profissionais e institutos, dava a entender que teríamos uma espécie de catástrofe provocada pela chuva e pelo vento, que varreria boa parte do Sul do Brasil. Não foi dito com essas palavras, mas nesse caso o excesso de alerta virou alarmismo. O resultado, particularmente para nós aqui, foi bem diferente. A chuva veio, acompanhada de vento, mas não trouxe nenhum tipo de transtorno. Foi algo normal, assim como acontece em qualquer chuva forte. Houve sim estragos e transtornos em outras regiões mais pontuais do Sul do Brasil. Mas longe, muito longe de ser algo generalizado conforme as ilustrações feitas em mapas virtuais dos três estados.


O problema é que a previsão catastrófica, mesmo no campo da possibilidade, já estava sendo divulgada com dias de antecedência dos eventos previstos. Pela forma que houve a publicação, era algo certo. 

 

Na verdade, a meteorologia consegue sim prever quando haverá um temporal em uma dada localidade. Porém, esse tipo de informação é possível de confirmar com 100% de certeza horas ou minutos antes do evento. Além disso é só possibilidade, ou seja, o "pode acontecer".


A informação, do jeito que veio, foi comprada pelos meios de comunicação de toda a região que, diante de toda essa situação, publicou a notícia também num tom exagerado. Temos que fazer a mea culpa! Nós da Aliança também publicamos e replicamos essa informação que, felizmente, não se concretizou.


Nas redes sociais, muita gente comentava e demonstrava um certo temor em relação ao que estava por vir. Algumas pessoas, notoriamente, já tinham passado pelo trauma de ter a casa destelhada, destruída ou alagada por eventos climáticos anteriores e estavam lamentando o que para elas era iminente e iria acontecer de novo. Ou seja, essas pessoas passaram por uma espécie de pré-estresse à toa e foram forçadas a sair de suas rotinas. Trocando em miúdos, uma notícia exagerada provocou toda essa reação desnecessária.


Felizmente não aconteceu! Certamente não aconteceria, mesmo. Passou, foi embora. Foi mais do mesmo! Mas em uma coisa temos que admitir, a exemplo de outras ocasiões, a meteorologia das redes sociais acertou em cheio em outro ponto. O frio veio com tudo e estamos sentindo na pele.


Para finalizar, a frase “sou responsável pelo que eu escrevo e não pelo que você entende”, fruto de comentário em edições anteriores, se aplica à opinião. Informação, como a previsão do tempo não permite interpretações. Tem que ser reta e precisa. Sem ter o que tirar ou colocar.