Nossa Opinião

21 ago 18 | 15h37 Por Rádio Aliança

A mensagem subliminar das falas e dos comportamentos

A posição, ou ausência dela, de alguns parlamentares sobre assuntos recentes podem indicar pretensões maiores na câmara.

A mensagem subliminar das falas e dos comportamentos
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Tem chamado a atenção a fala ou comportamento de alguns parlamentares nos últimos dias na Câmara de Vereadores de Concórdia. Um deles é o vereador Anderson Guzzatto, do PR. Quem acompanhou as sessões do Legislativo local, ontem e hoje, percebeu que ele fez as manifestações mais contundentes em relação à qualidade do recapeamento dos buracos abertos pela Trix Infracon, no serviço de colocação da rede de esgotamento sanitário.


Ontem, o parlamentar levantou a voz sobre a qualidade do serviço e cobrou maior fiscalização do Executivo Municipal e da própria Casan. Também no dia de ontem, só que pela parte da tarde, o vice-prefeito Edilson Massocco, também em reunião, deu o ultimato à Casan e a Trix Infracon, também em relação a esses problemas.


Hoje, pela parte da manhã, Guzzatto voltou à tribuna e lamentou não ter sido convidado para essa reunião, liderada por Massocco. Ele justificou que o tema foi levantado pela Casa de Leis horas antes e nenhum vereador havia sido convidado para esse momento na sala de reuniões do gabinete do prefeito. O líder do governo da Câmara de Vereadores, Fabiano Caitano, do PSDB, por sua vez, usou a tribuna e disse que a reunião foi realizada de última hora, sem tempo hábil para comunicar os parlamentares. A crônica termina aqui!


Juntando os recortes, chama atenção o fato de Guzzatto ser do PR, partido da base do governo, já que o vice-prefeito, Edilson Massocco, que convocou a reunião da tarde de ontem, também é dessa mesma sigla partidária. 

 

Não estou insinuando que há um racha dentro do Partido da República! Quero deixar bem claro, também, que não existe nenhum impedimento para um vereador se posicionar dessa forma. Porém, esse episódio nos remete a leituras sobre outros fatos, totalmente diferentes, mas que podem ter ligações. E um deles pode ser a eleição para o novo presidente da Câmara de Vereadores.


Já é sabido que Guzzatto já demonstrou interesse, internamente, em ser o novo comandante da Casa de Leis de Concórdia para os próximos dois anos. Além de marcar posição, a postura de Anderson Guzzatto também é, de certa forma, para evidenciar a sua atuação parlamentar. Nem que para isso seja necessário "cobrar" o próprio governo, do qual ele é base.

 

Além de Anderson Guzzatto, há outros nomes que estariam sendo cotados para o lugar de Artêmio Ortigara no comando da mesa diretora. Tem Jaderson Miguel, do PSD, que não teria nesse momento o apoio de uma parte considerável de seus pares. Tem Fabiano Caitano, do PSDB, cuja saída da liderança da base aliada - a qual ele exerce muito bem - não seria um bom negócio para o Governo Municipal. Também tem Mauro Freta, do PSB, da base governista, que recentemente desistiu de concorrer a deputado federal, teve descartada a ida para a Secretaria Municipal da Saúde e teria, em tese e ao meu ver, o caminho mais aberto para ser o novo presidente da Câmara de Vereadores.


Porém, tem outro nome que começou a ganhar força nos bastidores. Trata-se de Closmar Zagonel, do MDB. No início dessa legislatura, Zagonel assumiu uma postura oposicionista na Câmara de Vereadores de Concórdia, sendo combativo e crítico em algumas ocasiões em relação ao governo Pacheco e Massocco. Ultimamente, Zagonel não tem sido tão ostensivo na oposição como outrora. Coincidência, ou não, isso pode significar, sim, uma aproximação com o Executivo Municipal e suas bases no Legislativo, o que em tese pavimentaria o caminho de Zagonel para esse objetivo. O tempo dirá!

 

Isso é apenas uma interpretação minha sobre os fatos.

 

21 ago 18 | 15h37 Por Rádio Aliança

A mensagem subliminar das falas e dos comportamentos

A posição, ou ausência dela, de alguns parlamentares sobre assuntos recentes podem indicar pretensões maiores na câmara.

A mensagem subliminar das falas e dos comportamentos

Tem chamado a atenção a fala ou comportamento de alguns parlamentares nos últimos dias na Câmara de Vereadores de Concórdia. Um deles é o vereador Anderson Guzzatto, do PR. Quem acompanhou as sessões do Legislativo local, ontem e hoje, percebeu que ele fez as manifestações mais contundentes em relação à qualidade do recapeamento dos buracos abertos pela Trix Infracon, no serviço de colocação da rede de esgotamento sanitário.


Ontem, o parlamentar levantou a voz sobre a qualidade do serviço e cobrou maior fiscalização do Executivo Municipal e da própria Casan. Também no dia de ontem, só que pela parte da tarde, o vice-prefeito Edilson Massocco, também em reunião, deu o ultimato à Casan e a Trix Infracon, também em relação a esses problemas.


Hoje, pela parte da manhã, Guzzatto voltou à tribuna e lamentou não ter sido convidado para essa reunião, liderada por Massocco. Ele justificou que o tema foi levantado pela Casa de Leis horas antes e nenhum vereador havia sido convidado para esse momento na sala de reuniões do gabinete do prefeito. O líder do governo da Câmara de Vereadores, Fabiano Caitano, do PSDB, por sua vez, usou a tribuna e disse que a reunião foi realizada de última hora, sem tempo hábil para comunicar os parlamentares. A crônica termina aqui!


Juntando os recortes, chama atenção o fato de Guzzatto ser do PR, partido da base do governo, já que o vice-prefeito, Edilson Massocco, que convocou a reunião da tarde de ontem, também é dessa mesma sigla partidária. 

 

Não estou insinuando que há um racha dentro do Partido da República! Quero deixar bem claro, também, que não existe nenhum impedimento para um vereador se posicionar dessa forma. Porém, esse episódio nos remete a leituras sobre outros fatos, totalmente diferentes, mas que podem ter ligações. E um deles pode ser a eleição para o novo presidente da Câmara de Vereadores.


Já é sabido que Guzzatto já demonstrou interesse, internamente, em ser o novo comandante da Casa de Leis de Concórdia para os próximos dois anos. Além de marcar posição, a postura de Anderson Guzzatto também é, de certa forma, para evidenciar a sua atuação parlamentar. Nem que para isso seja necessário "cobrar" o próprio governo, do qual ele é base.

 

Além de Anderson Guzzatto, há outros nomes que estariam sendo cotados para o lugar de Artêmio Ortigara no comando da mesa diretora. Tem Jaderson Miguel, do PSD, que não teria nesse momento o apoio de uma parte considerável de seus pares. Tem Fabiano Caitano, do PSDB, cuja saída da liderança da base aliada - a qual ele exerce muito bem - não seria um bom negócio para o Governo Municipal. Também tem Mauro Freta, do PSB, da base governista, que recentemente desistiu de concorrer a deputado federal, teve descartada a ida para a Secretaria Municipal da Saúde e teria, em tese e ao meu ver, o caminho mais aberto para ser o novo presidente da Câmara de Vereadores.


Porém, tem outro nome que começou a ganhar força nos bastidores. Trata-se de Closmar Zagonel, do MDB. No início dessa legislatura, Zagonel assumiu uma postura oposicionista na Câmara de Vereadores de Concórdia, sendo combativo e crítico em algumas ocasiões em relação ao governo Pacheco e Massocco. Ultimamente, Zagonel não tem sido tão ostensivo na oposição como outrora. Coincidência, ou não, isso pode significar, sim, uma aproximação com o Executivo Municipal e suas bases no Legislativo, o que em tese pavimentaria o caminho de Zagonel para esse objetivo. O tempo dirá!

 

Isso é apenas uma interpretação minha sobre os fatos.