Nossa Opinião

15 ago 18 | 5h00 Por Rádio Aliança

O Campeonato de Tênis de Mesa e a acessibilidade

Número insuficiente de leito de hospedagens com acessibilidade faz com que organização peça ajuda à comunidade.

O Campeonato de Tênis de Mesa e a acessibilidade
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Como informado na Rádio Aliança e no site www.radioalianca.com.br, a organização da 52ª Edição do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa está tendo dificuldade para encontrar leito de hospedagem com condições de acessibilidade para receber os atletas paraolímpicos, em Concórdia. Serão cerca de 70 cadeirantes que estarão participando do evento e cerca de 20 deles são tetraplégicos, o que exige mais condições de estrutura para recebê-los. O pedido é para que a comunidade dê a sua devida contribuição e acolha em sua própria casa, na medida do possível, esses atletas com necessidades especiais durante o torneio. A justificativa é que os hotéis ou pousadas de Concórdia e região têm poucos leitos com acessibilidade e esses já estão reservados para o período da competição, marcado para o fim de novembro e início de dezembro.


Acho válido o esforço da Associação Concordiense de Tênis de Mesa em trazer um evento dessa envergadura para o município de Concórdia. Serão mais de mil pessoas que estarão na cidade no período. Isso vai movimentar os hotéis, restaurantes, postos de gasolina. Isso proporciona a chegada de divisas, ou seja, dinheiro de outras cidades que passam a circular por aqui.


Porém, entendo que é necessário que a cidade esteja preparada e tenha condições de receber os visitantes. Por exemplo, no Brasileiro de Tênis de Mesa, serão 70 cadeirantes que estarão em Concórdia e vão com certeza circular também pela cidade em horários que não estejam em competição. Além dos poucos edifícios com acessibilidade, existentes na cidade, as vias públicas, em sua maioria também não estão preparadas para um cadeirante. Sem falar no relevo da cidade, que é acidentado.


Portanto, a dificuldade está aí! Não será superada com todos os esforços sendo empreendidos, porém será amenizada. Mas para os visitantes, a cidade não deixará boa impressão no quesito acessibilidade. Apesar desse problema existir em todo o país. Guardadas as devidas proporções, maior e menor.


Vale ressaltar que a cidade de Concórdia já sediou eventos nacionais, inclusive de tênis de mesa, com atletas paraolímpicos. Porém, eram campeonatos menores e que as dificuldades foram contornadas com mais facilidades e o número de participantes com necessidades especiais era reduzido. Como se trata de um campeonato de maior envergadura, as necessidades também passam a ser maiores, assim como a exigência e os esforços.


Porém, chama a atenção o fato desse debate e cobranças virem somente agora, meses depois da confirmação de Concórdia como sede do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa e com os trabalhos de organização em pleno vapor. Na minha opinião, isso deveria ter sido observado antes. Esse fato evitaria um certo desgaste, já que críticas do Sudeste do país já estão sendo proferidas contra a cidade de Concórdia em função desse número insuficiente de leitos com acessibilidade. O entendimento é de que a cidade não teria condições para receber esse campeonato. 


Acho injusto, a postura do dedo apontado neste caso. Porém, o problema encontrado também serve para nos remeter a uma reflexão sobre a importância de pensar a questão da acessibilidade. Isso é tema para outro comentário.

 

15 ago 18 | 5h00 Por Rádio Aliança

O Campeonato de Tênis de Mesa e a acessibilidade

Número insuficiente de leito de hospedagens com acessibilidade faz com que organização peça ajuda à comunidade.

O Campeonato de Tênis de Mesa e a acessibilidade

Como informado na Rádio Aliança e no site www.radioalianca.com.br, a organização da 52ª Edição do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa está tendo dificuldade para encontrar leito de hospedagem com condições de acessibilidade para receber os atletas paraolímpicos, em Concórdia. Serão cerca de 70 cadeirantes que estarão participando do evento e cerca de 20 deles são tetraplégicos, o que exige mais condições de estrutura para recebê-los. O pedido é para que a comunidade dê a sua devida contribuição e acolha em sua própria casa, na medida do possível, esses atletas com necessidades especiais durante o torneio. A justificativa é que os hotéis ou pousadas de Concórdia e região têm poucos leitos com acessibilidade e esses já estão reservados para o período da competição, marcado para o fim de novembro e início de dezembro.


Acho válido o esforço da Associação Concordiense de Tênis de Mesa em trazer um evento dessa envergadura para o município de Concórdia. Serão mais de mil pessoas que estarão na cidade no período. Isso vai movimentar os hotéis, restaurantes, postos de gasolina. Isso proporciona a chegada de divisas, ou seja, dinheiro de outras cidades que passam a circular por aqui.


Porém, entendo que é necessário que a cidade esteja preparada e tenha condições de receber os visitantes. Por exemplo, no Brasileiro de Tênis de Mesa, serão 70 cadeirantes que estarão em Concórdia e vão com certeza circular também pela cidade em horários que não estejam em competição. Além dos poucos edifícios com acessibilidade, existentes na cidade, as vias públicas, em sua maioria também não estão preparadas para um cadeirante. Sem falar no relevo da cidade, que é acidentado.


Portanto, a dificuldade está aí! Não será superada com todos os esforços sendo empreendidos, porém será amenizada. Mas para os visitantes, a cidade não deixará boa impressão no quesito acessibilidade. Apesar desse problema existir em todo o país. Guardadas as devidas proporções, maior e menor.


Vale ressaltar que a cidade de Concórdia já sediou eventos nacionais, inclusive de tênis de mesa, com atletas paraolímpicos. Porém, eram campeonatos menores e que as dificuldades foram contornadas com mais facilidades e o número de participantes com necessidades especiais era reduzido. Como se trata de um campeonato de maior envergadura, as necessidades também passam a ser maiores, assim como a exigência e os esforços.


Porém, chama a atenção o fato desse debate e cobranças virem somente agora, meses depois da confirmação de Concórdia como sede do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa e com os trabalhos de organização em pleno vapor. Na minha opinião, isso deveria ter sido observado antes. Esse fato evitaria um certo desgaste, já que críticas do Sudeste do país já estão sendo proferidas contra a cidade de Concórdia em função desse número insuficiente de leitos com acessibilidade. O entendimento é de que a cidade não teria condições para receber esse campeonato. 


Acho injusto, a postura do dedo apontado neste caso. Porém, o problema encontrado também serve para nos remeter a uma reflexão sobre a importância de pensar a questão da acessibilidade. Isso é tema para outro comentário.