Nossa Opinião

08 ago 18 | 16h28 Por Rádio Aliança

As razões, ou prováveis razões, de Massocco

Edilson Massocco desiste da candidatura a deputado estadual. Apresenta justificativas, mas abre brechas para leituras.

As razões, ou prováveis razões, de Massocco
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A desistência de Edilson Massocco de concorrer a deputado estadual é o fato político desta quarta-feira, dia oito, na região. Ele fez uma via sacra em todos os veículos de comunicação nas últimas horas para informar sobre sua decisão e explicar os motivos. O fato chama atenção porque Massocco, hoje vice-prefeito de Concórdia e desde sempre estava na condição de pré-candidato a deputado estadual, inclusive com o nome homologado em convenção do PR no último fim de semana, teve o seu projeto cantado e decantado aos quatro ventos nos últimos meses. Digo isso porque pessoas próximas a ele afirmavam que o vice-prefeito iria ser candidato e isso não tinha volta. Tal afirmação também era compartilhada por pessoas do PR daqui e do estado. Essa condição de Massocco, volta e meia, era motivo de especulação nos meios de comunicação. Porém, o próprio Massocco nunca deixou bem clara essa intenção, pelo menos publicamente.

 

Dentre as razões apresentadas pelo próprio Massocco está o risco da região ficar sem representatividade na Assembleia Legislativa. Na visão dele seriam três candidatos com estrutura para disputar votos da região e isso poderia não ser o suficiente para viabilizar a eleição de todos. Ele afirma que, para evitar o risco de não ter a quem recorrer depois para buscar verbas parlamentares ou outro tipo de intervenção, teve que tomar essa decisão considerada difícil. Outro fator é um grupo de pessoas que teria lhe pedido para não deixar a prefeitura e cumprir os quatro anos de mandato como vice-prefeito.

 

Essas são as afirmações e justificativas de Edilson Massocco. São colocações inexoráveis e bem fundamentadas por quem está dentro do processo.

 

Porém, a leitura de quem está fora do processo, como este pretenso comentarista, abre possibilidades para outras análises. Uma delas é bem específica e diz respeito ao candidato a deputado estadual, Moacir Sopelsa, do MDB, que busca a reeleição para esse cargo. O PR de Massocco e o MDB de Sopelsa estão juntos na coligação que sustenta a candidatura de Mauro Mariani para o Governo de Santa Catarina. Logo, dois nomes com estrutura poderiam sim ser inviabilizados no processo de captação dos votos, pelo menos na Amauc. Porém, o estreitamento verificado nos últimos meses do atual deputado com o governo Municipal, em que Massocco faz parte, certamente pesou na decisão do atual vice-prefeito de Concórdia.

 

Outro fator é a possível neutralidade do próprio Governo Municipal em relação a candidatura de Massocco, a deputado estadual. Quero dizer que Massocco, talvez, não encontraria o apoio pleno do Executivo. Já que o PSDB, do prefeito Rogério Pacheco, também tem um alinhamento muito forte com o deputado estadual Marcos Vieira, também candidato ao legislativo catarinense.

 

Por fim, outra leitura possível de se fazer diz respeito ao conceito abaixo do esperado para um governo que está em vigor há pouco mais de um ano e sete meses. Se por excesso de expectativas ou por exigências, eu não sei! mas aos olhos de boa parte da sociedade, esse governo ainda não aconteceu plenamente. Isso por si só cria um ambiente desfavorável já na largada de qualquer corrida eleitoral. É a minha análise!!!

08 ago 18 | 16h28 Por Rádio Aliança

As razões, ou prováveis razões, de Massocco

Edilson Massocco desiste da candidatura a deputado estadual. Apresenta justificativas, mas abre brechas para leituras.

As razões, ou prováveis razões, de Massocco

A desistência de Edilson Massocco de concorrer a deputado estadual é o fato político desta quarta-feira, dia oito, na região. Ele fez uma via sacra em todos os veículos de comunicação nas últimas horas para informar sobre sua decisão e explicar os motivos. O fato chama atenção porque Massocco, hoje vice-prefeito de Concórdia e desde sempre estava na condição de pré-candidato a deputado estadual, inclusive com o nome homologado em convenção do PR no último fim de semana, teve o seu projeto cantado e decantado aos quatro ventos nos últimos meses. Digo isso porque pessoas próximas a ele afirmavam que o vice-prefeito iria ser candidato e isso não tinha volta. Tal afirmação também era compartilhada por pessoas do PR daqui e do estado. Essa condição de Massocco, volta e meia, era motivo de especulação nos meios de comunicação. Porém, o próprio Massocco nunca deixou bem clara essa intenção, pelo menos publicamente.

 

Dentre as razões apresentadas pelo próprio Massocco está o risco da região ficar sem representatividade na Assembleia Legislativa. Na visão dele seriam três candidatos com estrutura para disputar votos da região e isso poderia não ser o suficiente para viabilizar a eleição de todos. Ele afirma que, para evitar o risco de não ter a quem recorrer depois para buscar verbas parlamentares ou outro tipo de intervenção, teve que tomar essa decisão considerada difícil. Outro fator é um grupo de pessoas que teria lhe pedido para não deixar a prefeitura e cumprir os quatro anos de mandato como vice-prefeito.

 

Essas são as afirmações e justificativas de Edilson Massocco. São colocações inexoráveis e bem fundamentadas por quem está dentro do processo.

 

Porém, a leitura de quem está fora do processo, como este pretenso comentarista, abre possibilidades para outras análises. Uma delas é bem específica e diz respeito ao candidato a deputado estadual, Moacir Sopelsa, do MDB, que busca a reeleição para esse cargo. O PR de Massocco e o MDB de Sopelsa estão juntos na coligação que sustenta a candidatura de Mauro Mariani para o Governo de Santa Catarina. Logo, dois nomes com estrutura poderiam sim ser inviabilizados no processo de captação dos votos, pelo menos na Amauc. Porém, o estreitamento verificado nos últimos meses do atual deputado com o governo Municipal, em que Massocco faz parte, certamente pesou na decisão do atual vice-prefeito de Concórdia.

 

Outro fator é a possível neutralidade do próprio Governo Municipal em relação a candidatura de Massocco, a deputado estadual. Quero dizer que Massocco, talvez, não encontraria o apoio pleno do Executivo. Já que o PSDB, do prefeito Rogério Pacheco, também tem um alinhamento muito forte com o deputado estadual Marcos Vieira, também candidato ao legislativo catarinense.

 

Por fim, outra leitura possível de se fazer diz respeito ao conceito abaixo do esperado para um governo que está em vigor há pouco mais de um ano e sete meses. Se por excesso de expectativas ou por exigências, eu não sei! mas aos olhos de boa parte da sociedade, esse governo ainda não aconteceu plenamente. Isso por si só cria um ambiente desfavorável já na largada de qualquer corrida eleitoral. É a minha análise!!!