O promotor de Justiça Fabrício Weiblen, da Comarca de Concórdia, esclarece que não houve nenhuma decisão pela inocência de D.S.F, 32 anos, que está respondendo o processo pelo assassinato de Gean Sbaraini, em 2014. Houve, sim, um pedindo pela impronúncia do acusado para que o mesmo não vá a Júri Popular, neste momento. A afirmação foi feita pelo próprio promotor em entrevista à Rádio Aliança, na tarde desta segunda-feira, dia 16. Até então, a Rádio Aliança havia informado durante o fim de semana que o fotógrafo havia sido inocentado pela Justiça por falta de provas.

Em entrevista a Rádio Aliança, Weiblen afirma que o que houve foi o pedido para que a Justiça não leve D.S.F à Júri Popular, neste momento, por inconsistência nas provas. "O Ministério Público não acusa por acusar! Acusa quando entende que há provas. Neste caso, entendemos que não há provas suficientes de que foi o acusado o autor do delito", completa o promotor. Destaca que o processo em questão está na fase final de alegações e a Justiça, conforme o promotor, decidiu acatar esse pedido pela impronúncia do acusado e o processo está parado. "Ela é uma decisão bem específica e não impede que o processo seja reaberto posteriormente contra o mesmo acusado ou outra pessoa, desde que haja provas suficientes que apontem a autoria", explica. "Se ele fosse inocentado, não seria mais necessário investigá-lo", arremata o promotor.

Conforme Fabrício Weiblen, o processo ficará parado até que surjam novos elementos ou provas para motivar uma investigação. Para isso, o promotor pede para que a comunidade colabore com a Polícia Civil, com o Ministério Público e com a Justiça sobre qualquer informação que possa ser útil para desvendar esse caso.

Gean Sbaraini foi achado morto no loteamento Morelatto, no dia quatro de agosto de 2014. O corpo do jovem apresentava quatro perfurações provocadas por arma de fogo. Após quase um ano de investigação, o fotógrafo D.S.F acabou sendo preso preventivamente, apontado como principal suspeito. Ele ficou detido no Presídio Regional de Concórdia por aproximadamente 30 dias. Desde então, ele vem respondendo o processo em liberdade