Alguém está tentando criar uma situação no mínimo exagerada para criar um fato novo neste período pré-eleitoral. Essa é a leitura que eu faço em relação a uma postagem em que aparecem os deputados Moacir Sopelsa e Neodi Saretta, que anda viralizando na rede social, especialmente o Whatsapp. Neste chamado card, os deputados que representam a região aparecem em uma montagem de outdoor, às margens de uma estrada esburacada, juntamente com uma mensagem que faz cobrança indireta sobre as melhorias na SC 283.

Sopelsa do MDB e Saretta, do PT, são os atuais deputados estaduais da região e, certamente, devem pleitear espaço em seus partidos para estarem novamente na corrida eleitoral deste ano de 2018. O momento é de proximidade do período de convenções e confirmação de candidaturas aos cargos eletivos disponíveis nestas proporcionais. É o período do "vai ou não vai" e de dirimir dúvidas particulares sobre o momento derradeiro do período pré-eleitoral. Esses itens tornam o momento propício para a difusão desse tipo de postagem.

Meu objetivo aqui não é defender os dois deputados da região. É tentar estabelecer uma leitura sobre a intenção de quem espalhou esse tipo de postagem. Na minha opinião, quem fez isso o fez por motivação do momento político, sim!. Para mim não é uma insatisfação de usuário da rodovia, morador da região ou algo do gênero./ É simplesmente um dos gestuais de plantar a semente do discurso do "fato novo". Por quem? Eu ainda não se! Ainda....não sei.

Porém, esse plantio, ao meu ver, tem que ser feito através do debate franco e aberto, do diálogo e de proposições. Não através desses artifícios que, além de denegrir a imagem do alvo em questão, também ofende a inteligência da opinião pública.

Aproveitando o adendo, nessas eleições, a Justiça Eleitoral está lançando uma cruzada contra as chamadas fake news. São notícias falsas  jogadas nas redes, especialmente as sociais, para difundir um fato negativo e atribuí-lo a uma determinada pessoa, normalmente inserida na política e candidata a um cargo eletivo, com o objetivo também de estabelecer uma rejeição popular.

Então, leve à risca a seguinte métrica. A mesma desconfiança que você tem de alguém que é exageradamente bajulado, deve ser usada em situações de massacres morais./ Neste período eleitoral e com o advento das redes sociais em que as informações chegam mais fáceis às pessoas, tudo pode acontecer. Tudo mesmo! Os abraçados e irmanados hoje, poderão estar em trincheiras opostas amanhã.