Saúde

04 jul 18 | 13h50 Por Rádio Aliança

Sarampo e poliomielite podem voltar

Negligência com a vacinação preocupa as autoridades de saúde

Sarampo e poliomielite podem voltar
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Você já viu alguém com sarampo ou poliomietlite? Certamente se nasceu depois da década de 90 a resposta será não. Essas doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde nos últimos dias. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio Ministério da Saúde, acendem alerta no país. No Amazonas e em Roraima mais de 500 casos de sarampo já foram confirmados e 1,5 mil estão em investigação. O Rio Grande do Sul também confirmou sete casos neste ano.

 

A gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), Vanessa Vieira da Silva, diz que a situação é bastante preocupante. “As coberturas vacinais tiveram quedas importantes e isso pode fazer com que tenhamos a reintrodução dessas doenças aqui no nosso Estado também”, destaca.

 

Vanessa ressalta que para todas essas doenças há vacinas gratuitas disponíveis na rede pública. Os pais mais jovens nunca viram crianças com sequelas de poliomielite ou morrendo por sarampo e isso causa uma falsa segurança de que essas doenças não existem ou que a vacina não é tão importante. “Deixando de lado a vacinação, podemos abrir espaço para que essas doenças voltem. Já temos pólio na Venezuela e sarampo no Brasil. É um cenário que pode voltar se não exercermos o papel de levar nossos filhos para fazer a vacina”, alerta a gerente da Dive.

 

A recomendação é que se verifique a carteira de vacinas de adultos e crianças. O grupo de doenças pode voltar a circular no Brasil caso a cobertura vacinal, sobretudo entre crianças, não aumente. O alerta é da Sociedade Brasileira de Imunizações, que defende uma taxa de imunização de 95% do público-alvo. Em Santa Catarina a cobertura para a vacina contra o sarampo em 2017 foi de 54,9% e pólio 83,1%.

 

Sarampo

 

A vacina tríplice viral é a maneira mais eficaz de prevenção ao sarampo, além de proteger também contra rubéola e caxumba. Ela é administrada a partir dos 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses. Todo indivíduo com até 29 anos deve receber duas doses de vacina. Dos 30 anos em diante, se não vacinado anteriormente, deve receber uma dose.

 

O Brasil recebeu o registro de eliminação do sarampo pela Organização Mundial da Saúde em 2016. Agora novos casos foram introduzidos no Norte do país por uma combinação de não-imunizados brasileiros e infecções vindas da Venezuela. O Rio Grande do Sul também registra casos.

 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e os sintomas começam com febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, corrimento no nariz e manchas vermelhas na pele. Pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia e convulsões. A evolução da doença provoca lesão cerebral e morte.

 

Poliomielite

 

O último caso de pólio registrado no Brasil ocorreu em 1990. A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Normalmente atinge os membros inferiores de forma assimétrica. A pólio foi de alta incidência no Brasil em outras épocas e deixou centenas de pessoas com deficiência física.

 

A vacina contra a paralisia infantil deve ser feita a partir das seis semanas de vida e até os cinco anos de idade. No entanto, pessoas que não fizeram esta vacina podem fazer a vacinação, mesmo na idade adulto.

04 jul 18 | 13h50 Por Rádio Aliança

Sarampo e poliomielite podem voltar

Negligência com a vacinação preocupa as autoridades de saúde

Sarampo e poliomielite podem voltar

Você já viu alguém com sarampo ou poliomietlite? Certamente se nasceu depois da década de 90 a resposta será não. Essas doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde nos últimos dias. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio Ministério da Saúde, acendem alerta no país. No Amazonas e em Roraima mais de 500 casos de sarampo já foram confirmados e 1,5 mil estão em investigação. O Rio Grande do Sul também confirmou sete casos neste ano.

 

A gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), Vanessa Vieira da Silva, diz que a situação é bastante preocupante. “As coberturas vacinais tiveram quedas importantes e isso pode fazer com que tenhamos a reintrodução dessas doenças aqui no nosso Estado também”, destaca.

 

Vanessa ressalta que para todas essas doenças há vacinas gratuitas disponíveis na rede pública. Os pais mais jovens nunca viram crianças com sequelas de poliomielite ou morrendo por sarampo e isso causa uma falsa segurança de que essas doenças não existem ou que a vacina não é tão importante. “Deixando de lado a vacinação, podemos abrir espaço para que essas doenças voltem. Já temos pólio na Venezuela e sarampo no Brasil. É um cenário que pode voltar se não exercermos o papel de levar nossos filhos para fazer a vacina”, alerta a gerente da Dive.

 

A recomendação é que se verifique a carteira de vacinas de adultos e crianças. O grupo de doenças pode voltar a circular no Brasil caso a cobertura vacinal, sobretudo entre crianças, não aumente. O alerta é da Sociedade Brasileira de Imunizações, que defende uma taxa de imunização de 95% do público-alvo. Em Santa Catarina a cobertura para a vacina contra o sarampo em 2017 foi de 54,9% e pólio 83,1%.

 

Sarampo

 

A vacina tríplice viral é a maneira mais eficaz de prevenção ao sarampo, além de proteger também contra rubéola e caxumba. Ela é administrada a partir dos 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses. Todo indivíduo com até 29 anos deve receber duas doses de vacina. Dos 30 anos em diante, se não vacinado anteriormente, deve receber uma dose.

 

O Brasil recebeu o registro de eliminação do sarampo pela Organização Mundial da Saúde em 2016. Agora novos casos foram introduzidos no Norte do país por uma combinação de não-imunizados brasileiros e infecções vindas da Venezuela. O Rio Grande do Sul também registra casos.

 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e os sintomas começam com febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, corrimento no nariz e manchas vermelhas na pele. Pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia e convulsões. A evolução da doença provoca lesão cerebral e morte.

 

Poliomielite

 

O último caso de pólio registrado no Brasil ocorreu em 1990. A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Normalmente atinge os membros inferiores de forma assimétrica. A pólio foi de alta incidência no Brasil em outras épocas e deixou centenas de pessoas com deficiência física.

 

A vacina contra a paralisia infantil deve ser feita a partir das seis semanas de vida e até os cinco anos de idade. No entanto, pessoas que não fizeram esta vacina podem fazer a vacinação, mesmo na idade adulto.