Polícia

19 abr 18 | 7h30 Por Rádio Aliança

Estelionatários hackeam conta do Facebook e pedem dinheiro aos amigos da vítima

Jovem que teve as redes sociais invadidas é de Concórdia

Estelionatários hackeam conta do Facebook e pedem dinheiro aos amigos da vítima
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A dentista concordiense Diana Paula de Rossi, que mora em Xaxim, teve as contas do Facebook, e-mail e do Instagram hackeadas na última terça-feira, dia 17. Os estelionatários se passam por ela para pedir dinheiro aos contatos e amigos das redes sociais. Um Whatsapp, com a foto dela, também foi criado pelos hackers.

 

Diana conta que os “ladrões” chamam os contatos no bate-papo para tentar aplicar o golpe. Eles conversaram com pessoas de várias cidades, inclusive de Concórdia. “Eles mandam uma mensagem igual para todos se passando por mim e dizendo que estou precisando de dinheiro. Pedem entre R$ 400,00 e R$ 700,00”, detalha ela. “Fazem parecer real, pois conversam, passam várias contas e até CPFs. Falam também que nos próximos dias o dinheiro será devolvido e inclusive criaram e-mails falsos para que a pessoa envie o comprovante de depósito”, relata indignada.

 

A dentista recebeu ligações de familiares e amigos, que questionaram se era realmente ela que pedia dinheiro na rede. “Fiquei surpresa e aí vi que tinham hackeado minhas contas. Tentei recuperar, entrei em contato com o Facebook, tentei mudar as senhas, mas não consigo”, lamenta Diana. “Minha preocupação é que alguém caia no golpe e deposite dinheiro para eles”, alerta ela.

 

Diana afirma que não usava uma senha considerada “fácil” e também diz que não tem nenhuma pessoa próxima que sabia das senhas. Ela já registrou dois Boletins de Ocorrência e segue tentando excluir as contas hackeadas. “Vou tentar judicialmente. O fato tem prejudicado meu trabalho também. Os hackers pediram dinheiro até para meus pacientes”, conta constrangida.

 

O coordenador do curso de Engenharia de Softwares da UnC Concórdia, Max Pezzin, explica que recuperar as contas pode ser realmente difícil e ressalta a importância do cuidado que é preciso ter nas redes sociais. “A precaução é muito importante. Temos que ter muito cuidado com as informações que colocamos nas redes sociais”, explica ele. “A invasão das contas é facilitada quando a pessoa utiliza senhas simples e ainda usa elas em vários sites. A recomendação é não repetir e criar senhas mais complexas, sempre com caracteres especiais, como traços, o underline, a cerquilha e outros”, orienta.

 

O professor ressalta que nome de familiares e datas de aniversários também devem ser evitadas. “Muitas pessoas usam o nome da mãe ou dos filhos com datas de aniversário, por exemplo. Isso facilita muito o acesso dos invasores”, alerta.

 

Pezzin comenta ainda, que depois que as contas são invadidas, a situação fica complicada, é difícil fazer contato com estas empresas e provar que o perfil foi hackeado. “Não é fácil, o transtorno é grande para conseguir recuperar ou excluir as contas. O caso da vereadora Marielle Franco, morta no RJ há pouco tempo, por exemplo. Invadiram o Face dela e publicaram informações falsas. Foi um caso de repercussão nacional e precisou de ação na Justiça para provar e fazer o Facebook excluir as publicações feitas na página”, lembra o professor.

 

 

19 abr 18 | 7h30 Por Rádio Aliança

Estelionatários hackeam conta do Facebook e pedem dinheiro aos amigos da vítima

Jovem que teve as redes sociais invadidas é de Concórdia

Estelionatários hackeam conta do Facebook e pedem dinheiro aos amigos da vítima

A dentista concordiense Diana Paula de Rossi, que mora em Xaxim, teve as contas do Facebook, e-mail e do Instagram hackeadas na última terça-feira, dia 17. Os estelionatários se passam por ela para pedir dinheiro aos contatos e amigos das redes sociais. Um Whatsapp, com a foto dela, também foi criado pelos hackers.

 

Diana conta que os “ladrões” chamam os contatos no bate-papo para tentar aplicar o golpe. Eles conversaram com pessoas de várias cidades, inclusive de Concórdia. “Eles mandam uma mensagem igual para todos se passando por mim e dizendo que estou precisando de dinheiro. Pedem entre R$ 400,00 e R$ 700,00”, detalha ela. “Fazem parecer real, pois conversam, passam várias contas e até CPFs. Falam também que nos próximos dias o dinheiro será devolvido e inclusive criaram e-mails falsos para que a pessoa envie o comprovante de depósito”, relata indignada.

 

A dentista recebeu ligações de familiares e amigos, que questionaram se era realmente ela que pedia dinheiro na rede. “Fiquei surpresa e aí vi que tinham hackeado minhas contas. Tentei recuperar, entrei em contato com o Facebook, tentei mudar as senhas, mas não consigo”, lamenta Diana. “Minha preocupação é que alguém caia no golpe e deposite dinheiro para eles”, alerta ela.

 

Diana afirma que não usava uma senha considerada “fácil” e também diz que não tem nenhuma pessoa próxima que sabia das senhas. Ela já registrou dois Boletins de Ocorrência e segue tentando excluir as contas hackeadas. “Vou tentar judicialmente. O fato tem prejudicado meu trabalho também. Os hackers pediram dinheiro até para meus pacientes”, conta constrangida.

 

O coordenador do curso de Engenharia de Softwares da UnC Concórdia, Max Pezzin, explica que recuperar as contas pode ser realmente difícil e ressalta a importância do cuidado que é preciso ter nas redes sociais. “A precaução é muito importante. Temos que ter muito cuidado com as informações que colocamos nas redes sociais”, explica ele. “A invasão das contas é facilitada quando a pessoa utiliza senhas simples e ainda usa elas em vários sites. A recomendação é não repetir e criar senhas mais complexas, sempre com caracteres especiais, como traços, o underline, a cerquilha e outros”, orienta.

 

O professor ressalta que nome de familiares e datas de aniversários também devem ser evitadas. “Muitas pessoas usam o nome da mãe ou dos filhos com datas de aniversário, por exemplo. Isso facilita muito o acesso dos invasores”, alerta.

 

Pezzin comenta ainda, que depois que as contas são invadidas, a situação fica complicada, é difícil fazer contato com estas empresas e provar que o perfil foi hackeado. “Não é fácil, o transtorno é grande para conseguir recuperar ou excluir as contas. O caso da vereadora Marielle Franco, morta no RJ há pouco tempo, por exemplo. Invadiram o Face dela e publicaram informações falsas. Foi um caso de repercussão nacional e precisou de ação na Justiça para provar e fazer o Facebook excluir as publicações feitas na página”, lembra o professor.