Moradores das ruas Horácio Sandi e Victor Sopelsa, que deixaram suas residências em função de um deslizamento de encosta, estão questionando o motivo pelo qual somente metade do valor do auxílio-moradia, acordado com a Prefeitura e proprietários dos terrenos que deslizaram, está sendo depositado na conta dos beneficiários. O pagamento parcial foi constatado nos meses de janeiro e fevereiro desse ano.

Em entrevista ao Jornal Aliança desta segunda-feira, dia 19, o representante dos moradores atingidos, Elizandro Tavares, somente a parte da Prefeitura está sendo paga. A parte dos proprietários dos terrenos que cederam, não está sendo depositada neste ano. Cada família recebe R$ 1 mil, sendo R$ 500 do Executivo e R$ 500 dos donos dos terrenos.

Conforme Tavares, ainda não há uma explicação sobre o motivo desse pagamento parcial. "Nós não conversamos com os proprietários do terreno porque nós não temos contato com eles. A gente tentou algo com o Ministério Público, onde foi confirmado que não foi depositada a parte deles", explica. Completa que têm famílias que estão pagando entre R$ 700 e R$ 800 de aluguel e esse valor não está cobrindo esses custos. Os motivos pelo qual esse depósito não está sendo feito não foram informados. "A maioria das pessoas não têm condições de pagar o aluguel", diz.

Para Elizandro, até o mês de dezembro do ano passado, os pagamentos estavam sendo realizados normalmente, conforme o acordado entre as famílias, Executivo e proprietários dos terrenos. 

Conforme já informado pela Rádio Aliança, 18 famílias tiveram que deixar suas casas no mês de junho do ano passado em função de um deslizamento de terra que comprometeu e ainda ameaça a estrutura de residências entre as ruas Horácio Sandi e Victor Sopelsa. A maioria está em outras residências, pagando aluguel e esse auxílio para os moradores atingidos foi definido em acordo com o Executivo e donos dos terrenos que cederam.