Região

11 jan 18 | 10h58 Por Rádio Aliança

Prefeitura de Jaborá lança nota sobre polêmica da eutanásia de animais

Lei aprovada no fim do ano passado gerou forte repercussão nas redes sociais.

Prefeitura de Jaborá lança nota sobre polêmica da eutanásia de animais
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A Prefeitura de Jaborá lançou nota de esclarecimento sobre a Lei 1.604 de 19 de dezembro de 2017, que está provocando polêmica em nível regional. Conforme publicado pelo site da Rádio Aliança, ainda no fim da tarde da quarta-feira, dia 10, o município aprovou uma lei que cria o Centro de Controle de Zoonoses. Uma das prerrogativas desse centro, conforme a Lei aprovada, é estabelecer o controle da população de animais em situação de abandono, também, através da Eutanásia. Tal artigo gerou forte repercussão nas redes sociais.


NOTA DE ESCLARECIMENTO


Em respeito à população jaboraense e à sociedade, em virtude de notícias veiculadas na quartafeira
(10) referente à Lei Municipal 1604, de 19 de dezembro de 2017, que dispõe sobre o
controle de população e o controle de zoonoses no Município de Jaborá e dá outras
providências, a equipe técnica, composta pela Vigilância Sanitária e a médica veterinária
responsável pelo Programa, e o Município de Jaborá vêm a público esclarecer que:

1- O Projeto de Lei foi encaminhado à Câmara de Vereadores, tramitando por 03 (três)
sessões, sem que houvesse nenhuma manifestação contrária por parte dos vereadores,
de organizações de proteção aos animais ou da sociedade civil, sendo o mesmo aprovado
por unanimidade e sancionada pelo Prefeito;

2- Na tarde de ontem fomos surpreendidos com a forma que a notícia foi veiculada pela
imprensa e nas redes sociais, haja vista que, mesmo após a publicação da Lei, em
nenhum momento a administração municipal ou a equipe técnica responsável pela
elaboração e execução da referida norma foi procurada para esclarecimentos ou mesmo
para sugestões ou críticas, inclusive pela imprensa;

3- A Lei 1604/2017 ainda está sendo regulamentada e, ao contrário do veiculado, não
objetiva a simples “eliminação de animais” por eutanásia. Pelo contrário, cria um
programa de controle de zoonoses, o qual prevê a castração, inclusive com a
possibilidade de as despesas serem arcadas pelo município no caso de animais de
famílias de baixa renda, e ainda a responsabilização dos proprietários dos animais para
a garantia do bem-estar e amparo do mesmo, sem, no entanto, descuidar da segurança e
da saúde da população.

4- A proibição de animais soltos e os procedimentos de resgate, adoção, doação e eutanásia
já estavam previstos no código de posturas municipal. Dessa forma, o que está se
fazendo é criar um programa no qual essa não seja a única forma de controle.

5- Os motivos pelos quais o programa foi pensado se devem a várias situações vivenciadas

no Município de Jaborá:
 No ano de 2016 foi registrado um caso de raiva canina no Município. O animal que
contraiu a doença estava na rua, não tinha procedência e não foi possível identificar
o proprietário, evidenciando que o mesmo não era do Município.
 Em virtude disso, foi necessário realizar o bloqueio do foco, realizado em parceria
com o Ministério da Agricultura, Regional de Saúde de Joaçaba e Prefeitura
Municipal de Jaborá. Nessa ação foram vacinados contra a raiva 2572 animais, entre
cães e gatos.
 Após a realização do bloqueio do foco, foi realizada uma campanha visando a
castração dos animais, em parceria com uma ONG da região. Entretanto, mesmo
com todos os esforços, apenas 35 pessoas procuraram a Secretaria de
Desenvolvimento Rural e Gestão Ambiental, que coordenava a campanha à época,
não sendo possível, dessa forma realizar as castrações pela ONG já que não foi 
MUNICÍPIO DE JABORÁ
ESTADO DE SANTA CATARINA
atingido o número mínimo de interessados exigido pela ONG. Dessa forma, o
Município estabeleceu parceria com uma clínica da região que realizou as
castrações, e permanece realizando até a presente data, oportunizando aos
proprietários de animais que tenham interesse, valores acessíveis e
acompanhamento técnico especializado.

6- O Programa visa primeiramente a conscientização dos donos de animais de sua
responsabilidade em garantir o bem-estar dos animais tutelados, incluindo nisso a
manutenção desse animal nos limites de sua propriedade. Tal conscientização já está
sendo feita pela equipe técnica do Município, através de visitas, orientações e suporte.

7- De acordo com os dados já coletados, o número de animais efetivamente “sem dono” e
que seriam recolhidos ao depósito municipal é praticamente zero. Porém, a Lei deve
contemplar essas situações caso venham ocorrer.

8- Ainda, nas palavras da Médica Veterinária do Município, Luciane (Duda), “como uma
das coordenadoras do Programa, jamais iríamos sair recolhendo animais nas ruas e
simplesmente matando antes de serem esgotadas todas as outras possibilidades. Quem
me conhece e conhece meu trabalho em prol da defesa dos animais certamente sabe que
não sou capaz disso.”

9- Além das ações de conscientização, orientação e castração, o Município de Jaborá ainda
disponibiliza gratuitamente medicamentos inibidores do cio, tudo isso como forma de
controle populacional. Assim, a realização de eutanásia em animais somente será
realizada em situações extremas e de acordo com o Manual de Boas Práticas do
Conselho Federal de Medicina Veterinária.

10- Quanto à possível denúncia encaminhada ao MP, não temos conhecimento sobre o teor
da mesma, porém, como sempre fizemos, acataremos todas as determinações dos órgãos
competentes.


Reiteramos que estamos a disposição para maiores esclarecimentos, bem como abertos
a críticas e sugestões, entretanto nos sentimos entristecidos com a forma como a matéria
está sendo veiculada e compartilhada.

 

Jaborá (SC), 11 de janeiro de 2017.

11 jan 18 | 10h58 Por Rádio Aliança

Prefeitura de Jaborá lança nota sobre polêmica da eutanásia de animais

Lei aprovada no fim do ano passado gerou forte repercussão nas redes sociais.

Prefeitura de Jaborá lança nota sobre polêmica da eutanásia de animais

A Prefeitura de Jaborá lançou nota de esclarecimento sobre a Lei 1.604 de 19 de dezembro de 2017, que está provocando polêmica em nível regional. Conforme publicado pelo site da Rádio Aliança, ainda no fim da tarde da quarta-feira, dia 10, o município aprovou uma lei que cria o Centro de Controle de Zoonoses. Uma das prerrogativas desse centro, conforme a Lei aprovada, é estabelecer o controle da população de animais em situação de abandono, também, através da Eutanásia. Tal artigo gerou forte repercussão nas redes sociais.


NOTA DE ESCLARECIMENTO


Em respeito à população jaboraense e à sociedade, em virtude de notícias veiculadas na quartafeira
(10) referente à Lei Municipal 1604, de 19 de dezembro de 2017, que dispõe sobre o
controle de população e o controle de zoonoses no Município de Jaborá e dá outras
providências, a equipe técnica, composta pela Vigilância Sanitária e a médica veterinária
responsável pelo Programa, e o Município de Jaborá vêm a público esclarecer que:

1- O Projeto de Lei foi encaminhado à Câmara de Vereadores, tramitando por 03 (três)
sessões, sem que houvesse nenhuma manifestação contrária por parte dos vereadores,
de organizações de proteção aos animais ou da sociedade civil, sendo o mesmo aprovado
por unanimidade e sancionada pelo Prefeito;

2- Na tarde de ontem fomos surpreendidos com a forma que a notícia foi veiculada pela
imprensa e nas redes sociais, haja vista que, mesmo após a publicação da Lei, em
nenhum momento a administração municipal ou a equipe técnica responsável pela
elaboração e execução da referida norma foi procurada para esclarecimentos ou mesmo
para sugestões ou críticas, inclusive pela imprensa;

3- A Lei 1604/2017 ainda está sendo regulamentada e, ao contrário do veiculado, não
objetiva a simples “eliminação de animais” por eutanásia. Pelo contrário, cria um
programa de controle de zoonoses, o qual prevê a castração, inclusive com a
possibilidade de as despesas serem arcadas pelo município no caso de animais de
famílias de baixa renda, e ainda a responsabilização dos proprietários dos animais para
a garantia do bem-estar e amparo do mesmo, sem, no entanto, descuidar da segurança e
da saúde da população.

4- A proibição de animais soltos e os procedimentos de resgate, adoção, doação e eutanásia
já estavam previstos no código de posturas municipal. Dessa forma, o que está se
fazendo é criar um programa no qual essa não seja a única forma de controle.

5- Os motivos pelos quais o programa foi pensado se devem a várias situações vivenciadas

no Município de Jaborá:
 No ano de 2016 foi registrado um caso de raiva canina no Município. O animal que
contraiu a doença estava na rua, não tinha procedência e não foi possível identificar
o proprietário, evidenciando que o mesmo não era do Município.
 Em virtude disso, foi necessário realizar o bloqueio do foco, realizado em parceria
com o Ministério da Agricultura, Regional de Saúde de Joaçaba e Prefeitura
Municipal de Jaborá. Nessa ação foram vacinados contra a raiva 2572 animais, entre
cães e gatos.
 Após a realização do bloqueio do foco, foi realizada uma campanha visando a
castração dos animais, em parceria com uma ONG da região. Entretanto, mesmo
com todos os esforços, apenas 35 pessoas procuraram a Secretaria de
Desenvolvimento Rural e Gestão Ambiental, que coordenava a campanha à época,
não sendo possível, dessa forma realizar as castrações pela ONG já que não foi 
MUNICÍPIO DE JABORÁ
ESTADO DE SANTA CATARINA
atingido o número mínimo de interessados exigido pela ONG. Dessa forma, o
Município estabeleceu parceria com uma clínica da região que realizou as
castrações, e permanece realizando até a presente data, oportunizando aos
proprietários de animais que tenham interesse, valores acessíveis e
acompanhamento técnico especializado.

6- O Programa visa primeiramente a conscientização dos donos de animais de sua
responsabilidade em garantir o bem-estar dos animais tutelados, incluindo nisso a
manutenção desse animal nos limites de sua propriedade. Tal conscientização já está
sendo feita pela equipe técnica do Município, através de visitas, orientações e suporte.

7- De acordo com os dados já coletados, o número de animais efetivamente “sem dono” e
que seriam recolhidos ao depósito municipal é praticamente zero. Porém, a Lei deve
contemplar essas situações caso venham ocorrer.

8- Ainda, nas palavras da Médica Veterinária do Município, Luciane (Duda), “como uma
das coordenadoras do Programa, jamais iríamos sair recolhendo animais nas ruas e
simplesmente matando antes de serem esgotadas todas as outras possibilidades. Quem
me conhece e conhece meu trabalho em prol da defesa dos animais certamente sabe que
não sou capaz disso.”

9- Além das ações de conscientização, orientação e castração, o Município de Jaborá ainda
disponibiliza gratuitamente medicamentos inibidores do cio, tudo isso como forma de
controle populacional. Assim, a realização de eutanásia em animais somente será
realizada em situações extremas e de acordo com o Manual de Boas Práticas do
Conselho Federal de Medicina Veterinária.

10- Quanto à possível denúncia encaminhada ao MP, não temos conhecimento sobre o teor
da mesma, porém, como sempre fizemos, acataremos todas as determinações dos órgãos
competentes.


Reiteramos que estamos a disposição para maiores esclarecimentos, bem como abertos
a críticas e sugestões, entretanto nos sentimos entristecidos com a forma como a matéria
está sendo veiculada e compartilhada.

 

Jaborá (SC), 11 de janeiro de 2017.