Agronegócio

01 out 17 | 19h41 Por Rádio Aliança

Credores aprovam proposta de pagamento de dívidas da Globoaves

Assembleia que deliberou sobre o assunto aconteceu na última semana, em Cascavel.

Credores aprovam proposta de pagamento de dívidas da Globoaves
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Foi realizada na tarde desta quinta-feira (28) no Centro de Eventos de Cascavel a Assembleia de Credores do Grupo Globoaves, que passa por processo de recuperação judicial. O objetivo era definir se os credores aceitavam a proposta para pagamento de mais de R$ 500 em dívidas do grupo.

 

O fato de a assembleia ter sido iniciada em junho e interrompida gerou uma situação atípica. A pedido da justiça foram realizadas duas votações em separado: uma apenas para quem estava no primeiro encontro e outra para todos. A abertura para participação de novos credores havia sido questionada pela própria Globoaves no Tribunal de Justiça.

 

Na votação com todos os participantes, no entanto, o plano foi aprovado pela maioria dos credores em todos os grupos. Já na votação apenas dos que participaram também da primeira assembleia a maioria por valor não foi atingida em um dos quatro grupos de credores.

 

Segundo os representantes da empresa o questionamento à abertura deve ser retirado do TJ, fazendo com que a aprovação do plano ocorra. Apesar da grande chance, portanto, de que a aprovação do plano seja, oficializada, tudo ainda depende da homologação do juízo.

 

O que foi proposto?

 

Credores trabalhistas terão direito a receber 100% do valor devido - corrigido pela TR - em até um ano. Mas o pagamento não é integral para todos. Credores com garantia real receberão 70% das dívidas, extraconcursais aderentes 75% e os demais 48% (quirografários, Microempresas, empresas de pequeno porte e integrados).

 

Os trabalhadores terão direito a receber primeiro, seguidos de cotas de até R$ 10 mil e R$ 30 mil para outros credores considerados prioritários. A seguir será pago os valores gastos com as desmobilizações dos bens. Do que sobrar, há percentuais definidos para quitar as demais dívidas.

 

De onde virá o dinheiro?

 

A Globoaves prometeu fazer leilão de duas UPIs (Unidade Produtiva Independente) e vários imóveis avulsos.

 

A UPI Biotec, avaliada em R$ 225 milhões, inclui toda a produção de ovos usados na produção de vacinas da gripe; a UPI Goiatuba vale R$ 21,9 milhões. O objetivo e vender os dois conjuntos de imóveis em, no máximo, um ano.

 

Além disso há um conjunto de outros bens com valores de R$ 259,3 milhões a serem comercializados. O prazo para venda é de 2 anos.

 

O problema é que alguns destes imóveis possuem pendências como hipotecas. Ficou decidido que nestes casos, quando forem vendidos, o valor será utilizado para pagar inicialmente os valores que estes credores teriam direito.

 

Se a empresa tiver saldo de caixa acima de R$ 10 milhões no ano ou se a empresa tiver vendas acima de R$ 5 milhões, estes valores excedentes serão utilizados para pagar credores.

 

Se as vendas de bens não garantirem recursos para pagar tudo o que foi proposto, a partir de uma carência de dois anos, foram definidas datas e percentuais para pagamentos do que faltar, num prazo de oito anos.

 

No cenário de possível sobra de recursos, a empresa se propôs a ficar com metade do dinheiro e usar a outra metade para pagar categorias que não tiveram recebimento integral.

 

(Fonte: CGN Cascavel)

01 out 17 | 19h41 Por Rádio Aliança

Credores aprovam proposta de pagamento de dívidas da Globoaves

Assembleia que deliberou sobre o assunto aconteceu na última semana, em Cascavel.

Credores aprovam proposta de pagamento de dívidas da Globoaves

Foi realizada na tarde desta quinta-feira (28) no Centro de Eventos de Cascavel a Assembleia de Credores do Grupo Globoaves, que passa por processo de recuperação judicial. O objetivo era definir se os credores aceitavam a proposta para pagamento de mais de R$ 500 em dívidas do grupo.

 

O fato de a assembleia ter sido iniciada em junho e interrompida gerou uma situação atípica. A pedido da justiça foram realizadas duas votações em separado: uma apenas para quem estava no primeiro encontro e outra para todos. A abertura para participação de novos credores havia sido questionada pela própria Globoaves no Tribunal de Justiça.

 

Na votação com todos os participantes, no entanto, o plano foi aprovado pela maioria dos credores em todos os grupos. Já na votação apenas dos que participaram também da primeira assembleia a maioria por valor não foi atingida em um dos quatro grupos de credores.

 

Segundo os representantes da empresa o questionamento à abertura deve ser retirado do TJ, fazendo com que a aprovação do plano ocorra. Apesar da grande chance, portanto, de que a aprovação do plano seja, oficializada, tudo ainda depende da homologação do juízo.

 

O que foi proposto?

 

Credores trabalhistas terão direito a receber 100% do valor devido - corrigido pela TR - em até um ano. Mas o pagamento não é integral para todos. Credores com garantia real receberão 70% das dívidas, extraconcursais aderentes 75% e os demais 48% (quirografários, Microempresas, empresas de pequeno porte e integrados).

 

Os trabalhadores terão direito a receber primeiro, seguidos de cotas de até R$ 10 mil e R$ 30 mil para outros credores considerados prioritários. A seguir será pago os valores gastos com as desmobilizações dos bens. Do que sobrar, há percentuais definidos para quitar as demais dívidas.

 

De onde virá o dinheiro?

 

A Globoaves prometeu fazer leilão de duas UPIs (Unidade Produtiva Independente) e vários imóveis avulsos.

 

A UPI Biotec, avaliada em R$ 225 milhões, inclui toda a produção de ovos usados na produção de vacinas da gripe; a UPI Goiatuba vale R$ 21,9 milhões. O objetivo e vender os dois conjuntos de imóveis em, no máximo, um ano.

 

Além disso há um conjunto de outros bens com valores de R$ 259,3 milhões a serem comercializados. O prazo para venda é de 2 anos.

 

O problema é que alguns destes imóveis possuem pendências como hipotecas. Ficou decidido que nestes casos, quando forem vendidos, o valor será utilizado para pagar inicialmente os valores que estes credores teriam direito.

 

Se a empresa tiver saldo de caixa acima de R$ 10 milhões no ano ou se a empresa tiver vendas acima de R$ 5 milhões, estes valores excedentes serão utilizados para pagar credores.

 

Se as vendas de bens não garantirem recursos para pagar tudo o que foi proposto, a partir de uma carência de dois anos, foram definidas datas e percentuais para pagamentos do que faltar, num prazo de oito anos.

 

No cenário de possível sobra de recursos, a empresa se propôs a ficar com metade do dinheiro e usar a outra metade para pagar categorias que não tiveram recebimento integral.

 

(Fonte: CGN Cascavel)